A Cultura da Mitologia – Com a Palavra Padre José Ribamar Gomes

         
           O MUNDO CLÁSSICO,  LITERATURA GREGA
Pe. José Ribamar Gomes – Filólogo e Teólogo
Irei colaborar neste
blog desde de uma perspectiva filológica dos mitos gregos, ou seja, minha
pretensão é mostrar que os mitos não foram coisas do passado de uma civilização
bem distante e diferente da nossa. Os mitos são atuais e sobrevivem nas palavras
que usamos no dia a dia, exemplo: Nike, arco-íris, Via – Láctea etc. Todas
estas palavras e outras mais têm sua origem em algum mito grego.
Primeiro apresento uma
breve biografia: Sou Jose de Ribamar Gomes, nascido em Alto de Areia 2. Tenho o
bacharelato em Teologia pela Universidade pontifícia de Salamanca  y por esta mesma Universidade sou licenciado
em Filologia Clássica Trilíngue: Latim, grego e hebraico e estou terminando o
mestrado em Teologia Bíblica. Atualmente estou morando em Salamanca, cidade onde
viveu e foi professor o fundador do Direito Internacional, Francisco de
Vitoria.
Agradeço imensamente
ao Sandro Vagner  por sua cordial
acolhida  permitindo-me a escrever em seu
blog. Das portas que bati esta foi a única que se abriu de forma humilde e acolhedora.
Usarei a filologia
porque esta  é uma ciência que nos
permite navegar em vários mares do conhecimento e, esta se ocupa da analises
exaustiva da linguagem, de cada palavra em concreto. Quero levar aos leitores
de Pedreiras e outras localidades um pouco de conhecimento sobre dois grande
mundos fundadores da nossa cultura ocidental: o mundo grego com seus mitos,
deuses e heróis e o mundo latino com seus grandes clássicos  da politica e da retórica. Os primeiros
artigos serão de caráter introdutório, tentarei ser leve nas definições e claro
ao expor cada temática que merece ser estudada sobre o mundo clássico. 
Aristóteles – Filosofo
Aristóteles, filosofo
grego do século IV a. C., disse e explicou que o homem por ser um ser  político-social usava a linguagem. Mostra
claramente que existe uma interdependência entre sociabilidade e linguagem. O
nosso filosofo não fala de qualquer linguagem, mas da racional, porque o homem
não somente fala, senão que pensa e discorre sobre o que pensou, ou seja, a
linguagem é para comunicar e raciocinar, por isso o homem começou contando
mitos e terminou filosofando. Em sua obra sobre a metafisica, Aristóteles
afirma que quem é amigo dos mitos é também filosofo, porque ao sentir-se
perplexo e admirar-se do que conta os mitos, começa a raciocinar.
Nossa pretensão aqui
será de mostrar  que o mito é um tipo de
linguagem especial que não obedece aos critérios da ciência logica, senão que é
mais natural que esta  e que é mais natural
que a linguagem cientifica, pois nele impera a analogia que é o mecanismo
básico de toda linguagem. Um mito em grego, em principio, não é mais  que um discurso narrativo, uma historia. 
Prometeu e Hefesto
Foi com Xenofonte e Platão que se começou uma
critica negativa aos mitos, entretanto o grande sofista, Protágoras, expõem seu
pensamento racional em forma de mito, quando fala sobre a origem do homem, da
sociedade e da vida politica. O mito de Protágoras fala sobre Prometeu que
roubou o fogo de Hefesto e deu aos homens, 
para indicar que é justamente esta chispa divina que separa o homem do
animal irracional  e com a qual o ser
humano cria as artes e a cultura.
Hermes
O homem artista e
culto nasce do fogo que lhes foi dado por Prometeu e o homem politico nasce
quando Zeus envia a Hermes em forma de Justiça e Respeito. Em resumem, o mito,
como linguagem, ensina, entretém, exorta, comove e aporta um importante reforço
da coesão cultural. A estabilidade de uma sociedade depende da linguagem, dos
costumes e dos mitos compartidos por seus membros.
Zeus
Tenho pesquisado sobre
os mitos na Bíblia e a Bíblia nos mitos, uma leitura bíblico-tipológica dos
mitos, fazendo uma relação entre Eva e Pandora, o sacrifício de Isaac e o de
Ifigênia, Ulisses como imagem de Cristo e Prometeu acorrentado e a criação de
Adão e Eva. Espero apresentar aqui a analises de dois mitos: Édipo Rei e Helena
de Troia. Por ultimo convido você leitor a escutar a belíssima e inteligente
musica de Zé Ramalho, “Os doze Trabalhos de Hércules”.
José de Ribamar Gomes
, Salamanca –  Espanha

Filólogo
e Teólogo  

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