São Luís: Governo adota medidas para restringir viagens na Semana Santa

Flávio Dino – Governador do Maranhão

O governador Flávio Dino editou decreto nesta terça-feira (07) para restringir as viagens a partir da Grande São Luís – e também em direção à Ilha – neste feriado de Semana Santa. O objetivo é evitar a disseminação em massa do coronavírus no Maranhão.

O decreto suspende, a partir das 7h de quarta-feira (8), os serviços de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, com entradas e saídas da Ilha de São Luís. A suspensão vale até as 23h59 do dia 13 de abril, uma segunda-feira.

A medida atinge todos os tipos de transporte coletivo, sejam os convencionais, os alternativos, os de fretamento e os de turismo. A restrição vale também para os ônibus que usam o ferry boat.

Além disso, fica reduzida a um terço a quantidade de viagens dos ferry boats. Nas viagens mantidas, terão prioridade ambulâncias, viaturas policiais, caminhões e profissionais da saúde em viagem a trabalho.

O dinheiro dos bilhetes já comprados no ferry boat será devolvido.

Colaboração

“Quero pedir a colaboração de todas as famílias do Maranhão. Sei que a Semana Santa é um momento muito especial, de fé, comunhão, partilha e convivência. No entanto, precisamos lembrar que estamos num momento excepcional”, afirmou o governador.

“Por isso, quero pedir a todos que evitem viagens, uma vez que a circulação de pessoas é um caminho de disseminação do coronavírus. E certamente ninguém deseja que seus amigos e parentes de outras cidades acabem sendo acometidos por essa doença. Façam esse sacrifício, não em nome do governo, mas em nome das famílias, da população”, acrescentou.

Como o maior número de casos confirmado, que já passam de 200, estão concentrados na Grande Ilha, há o grande risco de que o vírus se espalhe simultaneamente por outras partes do território maranhense caso ocorram muitos deslocamentos na Semana Santa.

Isso levaria a uma sobrecarga nos serviços de saúde, colocando em risco a vida de muitas pessoas.

Além disso, a medida também serve para proteger os profissionais de saúde, que precisam se manter firmes e saudáveis para dar conta do atendimento crescente.

“Estamos protegendo também os profissionais de saúde, porque não adianta termos leitos, equipamentos e hospitais se os profissionais de saúde ficarem doentes”, afirmou o governador.

Municípios

Flávio Dino também enviou ofício à Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) lembrando que os prefeitos podem e devem adotar medidas protetivas das suas respectivas cidades, especialmente neste período da Semana Santa.

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O decreto desta terça-feira também estabelece que os prefeitos poderão editar normas complementares temporárias para disciplinar a entrada e saída do transporte intermunicipal de passageiros.

Novas medidas

De acordo com o governador, na próxima semana deve haver o anúncio de novas medidas em relação ao isolamento social. Isso vai depender da evolução do quadro da doença. “Onde houver condições, desejamos que o mais rapidamente possível haja a retomada das atividades profissionais, comerciais e econômicas.”

“Por outro lado, se houver agravamento do quadro, podemos ter exatamente o oposto. Em locais em que haja proliferação de casos, devemos tornar as medidas ainda mais rígidas, de modo que precisamos acompanhar tecnicamente os números e precisamos de muita colaboração da sociedade”, disse.

Ele acrescentou que o Maranhão tem mantido alinhamento técnico com a equipe do Ministério da Saúde.

fonte: ma.gov.br

Brasília: Juiz federal bloqueia fundo partidário e autoriza uso no combate ao coronavírus

Prédio da Justiça Federal em Brasília Foto: Rede Social

O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou o bloqueio do repasse de valores da União ao fundão eleitoral e ao fundo partidário e, na mesma decisão, autorizou que o governo federal utilize essa verba para as ações de combate ao coronavírus.

A decisão de Itagiba foi em resposta a uma ação popular movida na Justiça Federal. No despacho, ele afirma que a pandemia do coronavírus “é grave” e exige “sacrifícios” de todo o país, incluindo nesse grupo os partidos políticos.

O fundão eleitoral, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi criado para cobrir gastos de R$ 2 bilhões com as eleições municipais. Além dele, o fundo partidário é uma verba repassada anualmente pela União para o funcionamento dos partidos políticos, estimado em R$ 1 bilhão neste ano. Ainda cabe recurso contra a decisão.

“Nesse contexto, a manutenção de fundos partidários e eleitorais incólumes, à disposição de partidos políticos, ainda que no interesse da cidadania, se afigura contrária à moralidade pública, aos princípios da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e, ainda, ao propósito de construção de uma sociedade solidária”, escreveu o juiz federal.

“Determino, em decorrência, o bloqueio dos fundos eleitoral e partidário, cujos valores não poderão ser depositados pelo Tesouro Nacional, à disposição do Tribunal Superior Eleitoral. Os valores podem, contudo, a critério do chefe do Poder Executivo, ser usados em favor de campanhas para o combate à pandemia de coronavírus (Covid-19) ou a amenizar suas consequências econômicas”, determinou em sua decisão.

O juiz federal Itagiba Catta Preto Neto se tornou conhecido em 2016, quando concedeu uma decisão liminar suspendendo a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil da então presidente Dilma Rousseff  – posteriormente, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes também deu decisão no mesmo sentido.

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O ministro Luís Roberto Barroso, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de maio, não vai comentar a decisão. Na última sessão presencial do Supremo Tribunal Federal (STF), em 12 de março, Barroso advertiu para o risco de se judicializarem questões referentes ao combate à pandemia. Segundo ele alertou, se cada juiz começar a interferir com decisões diferentes, será criado um problema para as autoridades responsáveis pela condução das políticas públicas no setor.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: Como pedir o auxílio de R$ 600? Veja passo a passo

Página inicial no site da Caixa para cadastro no auxílio emergencial de R$ 600 — Foto: Reprodução

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (7) as formas de cadastramento disponíveis para os trabalhadores informais pedirem o auxílio emergencial de R$ 600.

Os trabalhadores podem pedir das seguintes formas:

Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, apenas para as pessoas que não tenham acesso à internet, será possível também fazer o registro em agências da Caixa ou lotéricas. O cadastro presencial será uma exceção, apenas em último caso.

Quem deve se cadastrar

O aplicativo e o site devem ser usados pelos trabalhadores que forem Microempreendedores Individuais (MEIs), trabalhadores informais sem registro e contribuintes individuais do INSS.

Aqueles que já recebem o Bolsa Família ou que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) não precisam se inscrever pelo aplicativo ou site. O pagamento será feito automaticamente. (Clique aqui para ver como saber se você está no Cadastro Único).

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O auxílio – de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras – será pago por pelo menos três meses para compensar a perda de renda decorrente da pandemia de coronavírus.

CADASTRO PELO SITE DA CAIXA

1. O trabalhador deve acessar a página inicial do site da Caixa (https://auxilio.caixa.gov.br/#/inicio):

fonte: g1.globo.com

Minas Gerais: Polícia Militar de Santa Juliana prende foragido de Igarapé Grande/MA

Foto: Polícia Militar de Santa Juliana/MG

A Polícia Militar de Santa Juliana, na manhã de ontem (06), durante operação Incursão em Zona Quente de Criminalidade, buscou informações sobre um foragido da justiça do Estado do Maranhão, que estaria residindo na cidade de Santa Juliana no bairro Céu Azul.

Diante das informações, foi cercado a residência e o foragido localizado, um cidadão de 23 anos, que cometeu um crime de homicídio e estava foragido daquele estado.

O autor foi preso e com ele localizado um revólver calibre .38 com numeração suprimida e 5 munições intactas.

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A ordem de prisão que foi cumprida é da Comarca de Igarapé Grande/MA, por crime de homicídio.

O autor foi encaminhado a Delegacia de Polícia Civil e ficou à disposição da justiça.

fonte: PM de Santa Juliana

Brasília: Após ter gavetas limpas, Mandetta se reúne com Bolsonaro e anuncia ‘vamos ficar’

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse na noite desta segunda-feira que continua no cargo. A declaração foi dada após o presidente Bolsonaro cogitar substituí-lo. Mandetta entrou em choque com o presidente Jair Bolsonaro, em razão de orientações divergentes no enfrentamento ao novo coronavírus, que já matou 553 pessoas no país. Mais cedo, o GLOBO publicou que Bolsonaro tinha decidido pela demissão de Mandetta, elaborando, inclusive, o ato de exoneração do ministro.

— Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho. Ficaram com a cabeça avoada se eu iria permanecer, se eu iria sair. Gente aqui dentro limpando gavetas. Até as minhas gavetas. Nós vamos continuar, porque continuando a gente vai enfrentar nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome: covid-19 — disse Mandetta.

O ministro destacou, ao lado de cinco secretários, que continua na pasta e afirmou que o trabalho de sua equipe começou nesta semana com “mais um solavanco”, sem citar diretamente a instabilidade no cargo. E reclamou de críticas que não são construtivas:

— Gostamos da crítica construtiva, o que temos muita dificuldade é quando em determinadas siutações, por determinadas impressões, as críticas não vêm no sentido de construir, mas que vêm para trazer dificuldade no ambiente de trabalho. Isso, não preciso traduzir, vocês sabem, tem sido uma constante — disse o ministro.

Mandetta disse que o trabalho da pasta é técnico, e que ele é apenas o porta-voz disso. Ele afirmou que a pasta procurou dar voz à ciência aos especialistas.

—  Nesse um ano e quatro meses, este Ministério da Saúde se organizou enquanto uma equipe de trabalho técnica. Tudo o que foi feito neste momento e neste episódio corona é um trabalho do qual eu sou apenas um porta-voz — disse Mandetta.

Falando sobre o coronavírus, e não sobre o vaivém de declarações de Bolsonaro, Mandetta disse que é difícil trabalhar:

— É muito difícil trabalhar nesse sistema, em que a gente não sabe ao certo como vai ser o próximo dia, a próxima semana.

Mandetta disse que, quando deixar o ministério, vai sair junto com sua equipe.

— Vocês do Ministério da Saúde que saíram dos seus setores e ficaram aqui me esperando para fazer choro, cantos, bater panela, vocês vão todos trabalhar, que é o que vocês deveriam estar fazendo enquanto eu estava lá [no Planalto]. Não é para parar enquanto eu não falar para parar. Aqui nós entramos juntos, nós estamos juntos e quando eu deixar o ministério, nós vamos colaborar muito para qualquer equipe que aqui venha, mas nós vamos sair juntos.

O ministro agradeceu a alguns músicos que fizeram shows por meio de lives no fim de semana:

— Agradeço Jorge e Mateus, a Xande do Avião, por terem veiculado nas suas lives no fim de semana a mensagem de que o show não pode parar, mas a aglomeração, essa tem que parar.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: ‘Não sei até quando ficarei ministro’, admite Mandetta em reunião

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta Foto: Adriano Machado / REUTERS

Em reunião com integrantes do Ministério Público nesta segunda-feira, o Mnistro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, admitiu a dificuldade que encontra no cenário político e que não sabe “até quando ficará Ministro da Saúde”. A reunião pode ter sido um dos últimos compromissos de Mandetta no cargo. Como O GLOBO revelou, Bolsonaro deve demiti-lo ainda nesta segunda-feira.

Na reunião, Mandetta tratou de diversos temas do combate ao coronavírus, desde a compra de equipamentos até a possibilidade de aumento exponencial nas próximas semanas. O ministro, no entanto, também afirmou que o cenário político atual é extremamente complexo, com “pessoas que almejam o cargo de ministro”.

Ao final de sua fala, o ministro admitiu que pode não ficar por muito mais tempo no cargo. A reunião foi transmitida, possivelmente por engano, no YouTube. Posteriormente, o vídeo ficou indisponível.

— Não sei até quando ficarei Ministro da Saúde. Se eu ficar aqui, enquanto ficar aqui, me coloco à disposição de vocês para eventualmente podermos fazer as tomadas de decisões que o momento requer — disse o Ministro.

A expectativa, conforme o GLOBO revelou, é que a decisão seja publicada em edição extra do Diário Oficial da União após reunião do presidente com todos os ministros, entre eles Mandetta, convocada para as 17h. A informação sobre a exoneração de Mandetta foi confirmada ao Globo por dois auxiliares do presidente da República.

Em outro ponto da reunião, Mandetta chamou o cenário político de extremamente complexo.

— Temos visões diferentes, temos pessoas que almejam o cargo de ministro e acham que o que estamos fazendo não é o correto — disse Mandetta.

O ministro criticiou diretamente a proposta de isolamento vertical defendido por, entre outros, o presidente Jair Bolsonaro. A proposta defende que apenas a população no grupo de risco fique isolada e o restante possa voltar às atividades normais.

— (Acham) que deveríamos acelerar, botar todo mundo para passar nesse desfiladeiro em marcha acelerada, como se fosse fazer uma quarentena vertical e todo mundo que tem abaixo de 50 anos possa se contaminar de uma vez. Mas dizem isso esqeucendo que não há moradia, que não temos como bloquear e, consequentemente, as pessoas com mais de 60 anos irão se contaminar — disse Mandetta na reunião.

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Um dos mais cotados para substituir o ministro Mandetta é o deputado federal Osmar Terra. Ele tem utilizado as redes sociais para criticar a quarentena que estados e municípios têm adotado contra o coronavírus. Ele almoçou com Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do Planalto nesta segunda.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: Bolsonaro convoca todos os ministros para reunião no Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro 20/ 03/ 2020 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro convocou todos os seus 22 ministros e representantes de outros órgãos do governo federal para uma reunião no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira. O encontro está previsto para as 17h, mesmo horário em que, desde a semana passada, ocorre entrevista coletiva capitaneada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, sobre as ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Até o momento, no entanto, a coletiva não foi cancelada.

A convocação ocorre em meio à crise do presidente com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cuja permanência no cargo está em xeque.

No domingo, Bolsonaro disse a apoiadores na frente do Palácio da Alvorada que “algumas pessoas” do seu governo “de repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos”, e que não tem medo nem “pavor” de usar a caneta contra eles. Ele, no entanto, disse que “a hora deles não chegou ainda”.

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A declaração ocorreu três dias depois de o presidente declarar, em entrevista, que nenhum de seus ministros é ‘indemissível’ e que ‘falta humildade’ ao titular da Saúde, com quem admitiu estar “se bicando”.

fonte: oglobo.globo.com

Rio e Brasília: Documento do Exército defende isolamento social como estratégia mais efetiva de combate ao coronavírus

Equipes do Exército Brasileiro fazem a limpeza e desinfecção de hospitais em Brasília Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Um documento do Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEX) defende o isolamento social como estratégia de combate ao novo coronavírus e diz que só a testagem em massa da população, para aferir com mais precisão o número de infectados no país, cria as condições necessárias para a retomada gradual das atividades econômicas. O distanciamento é a estratégia defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, além de ter sido adotado por governadores, que determinaram a suspensão de aulas e restringiram o comércio. Já o presidente Jair Bolsonaro passou a defender o isolamento vertical, estabelecendo a quarentena para grupos de risco, como idosos, e permitindo a reabertura de estabelecimentos.

O estudo sustenta que num cenário de aumento de casos, situação do Brasil no momento, são necessárias medidas como “isolamento horizontal”, “redução da atividade aos serviços essenciais”. “restrições ao movimento”, “testagem maciça” e “mobilização de instalações temporárias” – hospitais de campanha estão sendo erguidos no Rio, em São Paulo e em Goiás, por exemplo.

“Embora ainda seja cedo para uma avaliação mais conclusiva, observa-se que a adoção precoce de estratégias de isolamento horizontal tem apresentado resultados parciais mais efetivos no achatamento da curva”, diz o documento, que em outro trecho acrescenta que as consequências do isolamento apenas de públicos específicos ainda precisam de mais tempo para serem avaliadas. “Há um consenso mundial entre os especialistas em saúde de que o isolamento social seja a melhor forma de prevenção do contágio, especialmente o horizontal, para toda a população. O isolamento seletivo, ou vertical, para determinados grupos de risco, é defendido por alguns especialistas e vem sendo adotado por alguns países. No entanto, ainda é prematuro para que sejam elaboradas conclusões acerca de seus resultados”.

O texto ressalta que o isolamento por um tempo prolongado terá um forte impacto sobre a economia e, por isso, defende que o poder público priorize a construção de um caminho para amenizar os efeitos da pandemia – o documento recebeu o título de “Crise Covid-19: estratégias de transição para a normalidade”.

As autoridades de saúde têm priorizado a realização de testes em pacientes com quadros graves, porque não há insumos suficientes. De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que cerca de 23 milhões de testes sejam entregues aos estados, somando os de biologia molecular (RT-PCR) e os testes rápidos. O documento do Exército ressalta que a ampliação dessa capacidade é necessária antes de ser implementado um modelo com menos restrições à circulação de pessoas.

“Parece essencial a migração do modelo atual de testagem para o coronavírus, prevista para a fase de mitigação da doença (apenas os casos graves são testados). O que se observa, em termos de boas práticas mundiais, seria a adoção de um modelo de realização massiva de testes rápidos para identificação tempestiva do maior número de casos e determinação de seu isolamento. Só essa medida parece criar a segurança necessária para a retomada gradual e progressiva das atividades econômicas”, argumenta o texto.

O documento traça ainda um panorama dos possíveis impactos econômicos da pandemia no Brasil – um dos reflexos citados é a hipótese da queda no preço das commodities – e defende a ação do Estado para a preservação da renda e dos postos de trabalho:

“As ações devem priorizar práticas com maior impacto para a manutenção de empregos, assim como para recuperação da capacidade produtiva dos setores estratégicos, visando a estabilidade econômica e social do país (…) Soluções que agilizem a transferência de renda, no mais curto prazo, são fundamentais e urgentes”.

O texto também sugere que municípios sejam envolvidos mais diretamente no enfrentamento à crise, em função das diferenças regionais do país. Para isso, o documento avalia que o Ministério do Desenvolvimento Regional poderia coordenar esta parte das ações, por meio do Sistema Nacional de Proteção e Defesa. De acordo com o documento, seria um mecanismo eficiente para realizar a coordenação entre órgãos técnicos de governo, “reduzindo desgastes políticos que vêm sendo verificados”.

O Centro de Estudos Estratégicos destaca em seu site que os textos publicados são de “caráter acadêmico” e “não representam a posição oficial do Exército”. Em vídeo divulgado há dez dias nas redes sociais, o comandante do Exército, Edson Pujol, afirmou que o combate ao coronavírus “talvez seja a missão mais importante da nossa geração”.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: CMN autoriza linha de crédito para comércio e serviços em municípios em estado de calamidade pública

Os recursos serão voltados principalmente para o comércio e o setor de serviços Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta segunda-feira a criação de uma linha de crédito voltada para o setor privado de municípios que tenham declarado estado de calamidade pública por conta da crise do coronavírus.

A linha de crédito vai usar os recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). Os recursos serão voltados para os setores produtivos, industrial, comercial e de serviços.

Segundo a resolução do Banco Central (BC), o objetivo da medida é “promover a recuperação ou a preservação” das atividades produtivas não rurais nessas regiões. O documento destaca os setores comercial e de serviços.

A informação foi antecipada pelo GLOBO na quinta-feira. O Ministério do Desenvolvimento Regional enviou um ofício ao Ministério da Economia com a proposta na semana passada.

O Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e o Banco do Brasil, que são os administradores dos fundos constitucionais, serão os responsáveis por conceder os empréstimos.

A taxa de juros será de 2,5% ao ano, menor do que a taxa básica de juros, a Selic, que está em 3,75%. A carência máxima será até 31 de dezembro de 2020.

Os recursos poderão ser destinados para capital de giro e investimentos e podem ser tomados por pessoas físicas ou jurídicas, incluindo cooperativas.

Para o capital de giro, o limite de financiamento é de R$ 100 mil e pode ter como finalidade as despesas de custeio, de salário e outras despesas que estão em risco de não serem pagas por conta dos efeitos do coronavírus na economia. O prazo máximo de pagamento é de 24 meses.

Os investimentos têm limite de R$ 200 mil e devem ser destinados ao “enfrentamento” das consequências econômicas do coronavírus.

fonte: oglobo.globo.com