Na manhã do dia 13 de dezembro de 2019, foi realizada solenidade de entrega de Títulos de Cidadão Lagopedrense aos PMs que se destacaram por sua atuação e pela abnegação daqueles q dedicaram suas carreiras no desempenho de suas funções em defesa da população no combate a criminalidade e a violência.
Foto: Reprodução
Na ocasião foi realizada ainda uma monção de aplausos aos PMs e GCMs que tiveram relevante atuação no atendimento da ocorrência de assalto com tomada de reféns ocorrido na agência dos correios de Lago da Pedra em julho deste ano.
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A solenidade teve seu embasamento no Decreto Legislativo 15/2019 de 06/12/2019, cuja autoria foi de iniciativa da presidência da Casa, sendo acompanhado de aprovação por unanimidade por parte dos demais membros da casa.
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Na ocasião foram homenageados ainda o Major QOPM Ricardo, Cmt do 19° Batalhão, bem como o Cap QOPM Oliveira, ex-comandante da Cia responsável por relevantes serviços prestados a frente da segurança pública no município.
Carlito Gomes – Suspeito/Foto: Polícia Civil do MA
Uma operação realizada pelas polícias Civil e Militar do Maranhão prendeu neste domingo (15) no município de Carolina, localizado a 860 km de São Luís, Carlito Gomes Mendes, de 20 anos, por suspeita de estuprar uma criança de 11 anos. De acordo com a polícia, a vítima é irmã do suspeito. As informações são do G1.
O crime foi cometido em Estreito, município localizado a 750 km da capital. Após o estupro, o suspeito fugiu para a zona rural de Carolina e estava foragido. A polícia apreendeu também, junto com Carlito Gomes, uma espingarda cartucheira calibre 28.
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Além de responder pelo crime de estupro de vulnerável, o suspeito também foi autuado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Carlito Gomes Mendes foi encaminhado para o presídio de Porto Franco onde permanecerá a disposição da Justiça do Maranhão.
Presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio do Alvorada, nesta segunda-feira, em Brasília Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira a TV Escola, dizendo que investir no canal é jogar dinheiro fora porque ninguém o assiste. Ao mesmo tempo, afirmou que a programação é “totalmente de esquerda” e “deseduca” o público.
Na sexta-feira, o Ministério da Educação informou que o contrato de gestão com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, responsável por gerenciar a TV Escola, encerra no fim deste ano e não será renovado. De acordo com Bolsonaro, a renovação custaria R$ 350 milhões.
Em nota ao GLOBO a Roquette Pinto disse que tentou “inúmeros contatos” com o MEC e com o ministro Abraham Weintraub para solicitar a prorrogação do prazo de desocupação, mas alegou que não recebeu respostas. O assessor jurídico da empresa, Flávio Souza, disse que a relação passou de amistosa nos cinco anos que tiveram de contrato para hostil nos últimos 10 meses.
— TV Escola? Você conhece a programação da TV Escola? Deseduca. Por que a educação do Brasil está lá embaixo? Por causa dessas programações. Agora, tem um pessoal aproveitando, (dizendo): “Querem acabar com a cultura”. Esse tipo de cultura eu vou acabar. Queriam renovar o contrato, (por) R$ 350 milhões. Ia ser jogado no lixo — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, ao ser questionado por uma apoiadora sobre o assunto.
Minutos depois, Bolsonaro voltou ao assunto e afirmou que o canal propagandeava “ideologia de gênero”:
— TV Escola, (estou) levando pancada por causa da TV Escola. Queriam que assinasse um contrato agora, o Abraham Weintraub, de 350 milhões. Quem assiste a TV Escola? Ninguém assiste. Dinheiro jogado fora. Era uma programação totalmente de esquerda. Ideologia de gênero. Dinheiro público para ideologia de gênero. Tem que mudar. Daqui a cinco, dez anos, quinze, vai ter reflexo.
Bolsonaro ainda criticou o educador Paulo Freire, chamando ele de “energúmeno”, e relacionando suas ideias ao baixo resultado do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
— Tem muito formado aqui em cima dessa filosofia desse Paulo Freire da vida, esse energúmeno. Foi ídolo da esquerda. Olha a prova do Pisa, estamos em último lugar do mundo. Se não me engano, em matemática, ciência e português, acho que um ou dois itens, somos o último da América do Sul. Vamos esperar o que desse tipo de educação?
Pelos rios próximos à capital amazonense é comum encontrar pescadores nas portas das casas (Tomaz Silva/Agência Brasil)
A Caixa começa a pagar hoje (16) a primeira parcela do Auxílio Emergencial Pecuniário para os pescadores profissionais artesanais de municípios da costa brasileira afetados pelo derramamento de petróleo. O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro possibilitado pela Medida Provisória (MP) nº 908/2019, editada pelo governo federal no dia 29 de novembro.
Cerca de 65 mil pescadores ativos no Registro Geral da Atividade Pesqueira que tiveram sua atividade profissional prejudicada até a data da edição da MP poderão receber o benefício de R$ 1.996, pago em duas parcelas de R$ 998 cada.
Os pagamentos seguem o calendário de escalonamento dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, que estipula o dia do saque conforme o final do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário, de acordo com a tabela abaixo:
Os trabalhadores poderão sacar os valores, utilizando o cartão social, em qualquer canal da Caixa, como casas lotéricas, terminais de autoatendimento e correspondentes Caixa Aqui. Quem não tem o cartão poderá sacar em qualquer agência do banco com a apresentação de documento de identificação com foto.
O direito ao auxílio emergencial pecuniário não interfere no recebimento de demais benefícios financeiros aos quais o pescador tenha acesso, como o Programa Bolsa Família ou Seguro Defeso, e o saque poderá ser feito no mesmo momento do pagamento dos demais programas.
A identificação, registro e publicação de listagem, em sítio eletrônico, dos municípios atingidos pelas manchas de óleo é realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A Caixa esclarece que a seleção do público-alvo de pescadores elegíveis ao recebimento do benefício é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As dúvidas e informações referentes aos critérios de elegibilidade e seleção dos pescadores são tratadas por meio dos canais de comunicação daquele ministério.
A Caixa disponibiliza atendimento aos beneficiários por meio do telefone 0800-726-0207, para informações referentes aos pagamentos. Demais informações estão disponíveis na página do Mapa.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realiza, a partir de terça-feira (17) até às 23h59 do dia 27 de dezembro, a pré-matrícula online para a 1ª série do Ensino Médio nas escolas da rede estadual de ensino. Podem se inscrever, estudantes que estão concluindo o 9º ano do Ensino Fundamental em escolas das redes federal, estadual, municipal ou privada. Ao todo, estão sendo ofertadas 91 mil vagas, em 642 escolas da rede estadual de ensino. A pré-matrícula será feita pelo site: www.educacao.ma.gov.br/matricula2020
No ato da pré-matrícula, os candidatos poderão optar por uma das escolas da rede estadual, sejam elas de ensino parcial ou em tempo integral, localizadas nos 217 municípios maranhenses, exceto as unidades escolares das modalidades de Educação do Campo, Educação Especial, Educação Indígena, Educação Quilombola e Educação de Jovens e Adultos (EJA), que têm calendário diferenciado.
O estudante fará opção pelo município que deseja estudar, informando seus dados pessoais. Em seguida, fará opção pela escola na qual deseja cursar a 1ª série do Ensino Médio Regular, no ano letivo de 2020, conforme vagas disponíveis.
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Ao escolher o município da escola para a qual deseja se inscrever, o estudante só poderá optar por instituições pertencentes àquela localidade. Ao selecionar uma unidade escolar, automaticamente assume a vaga disponível na escola de sua preferência, até que as vagas se esgotem. Cada estudante só poderá solicitar a pré-matrícula em uma única escola.
Período de matrículas
As matrículas serão efetivadas no período de 13 a 17 de janeiro de 2020. Neste período acontece, também, a matrícula e rematrícula para as 2ª e 3ª séries do Ensino Médio.
Paulino Guajajara foi assassinado em emboscada no início de novembro Foto: Ueslei Marcelino / Reuters 10/09/2019
Epicentro da escalada de violência contra indígenas, com quatro mortes em menos de um mês e meio, o Maranhão registrou o maior número de assassinatos de índios em conflitos por terra da última década. Dos 68 óbitos registrados em disputas por território em todo o país desde 2009, quase um terço (19) ocorreu no estado nordestino, segundo dados apurados pela Comissão Pastoral da Terra. No sábado, a polícia do Maranhão prendeu quatro suspeitos pela morte de Erisvan Guajajara, de 15 anos, na sexta-feira, em Amarante do Maranhão.
Três municípios — Amarante do Maranhão, Grajaú e Jenipapo dos Vieiras — concentram mais de 70% dos casos (14). Essas cidades estão localizadas entre as Terras Indígenas Araribóia e Cana Brava, onde foram registradas as últimas mortes de indígenas.
Já homologada, a Terra Indígena Araribóia — habitada pelas etnias awá guajá, awá isolados e guajajara — tem 413 mil hectares e 5.300 índios. A Cana Brava tem 4.500 moradores em 137 mil hectares. As duas áreas são as mais cobiçadas por invasores, madeireiros e caçadores ilegais.
O clima é tenso na região desde o assassinato de Paulino Guajajara, do grupo de fiscalização Guardiões da Floresta, em 1º de novembro. Ele foi morto a tiros numa emboscada.
A coordenação regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Maranhão fica em Imperatriz, mas a Terra Indígena Araribóia tem dois chefes das chamadas coordenações técnicas locais que atuam sozinhos. Regularmente, há atuação da Frente de Proteção Etnoambiental Awa, que faz apenas missões pontuais.
O coordenador regional da Funai, Guaraci Mendes, não quis comentar os episódios de violência. O GLOBO apurou que ele foi proibido de falar com a imprensa.
A presença da Polícia Federal na região para investigar o caso de Paulino — ainda sem conclusão — não impediu que mais três assassinatos fossem cometidos.
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Sobre a morte de Erisvan Guajajara na sexta-feira, a Funai disse, em nota, que a polícia descartou motivações de crimes de ódio, disputa por madeira ou terra. Investigadores ouvidos pela reportagem, entretanto, não afastam a hipótese de que a morte esteja relacionada à defesa do território indígena.
No último dia 7, outros dois indígenas da etnia Guajajara — Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara — foram mortos e outros dois ficaram feridos após sofrerem um atentado a tiros no município de Jenipapo dos Vieiras, a 506 quilômetros da capital maranhense de São Luís.
Rotina de Medo
Uma liderança da Araribóia, que falou sob condição de anonimato, relatou a rotina de tensão da etnia guajajara para evitar com que a terra seja invadida por madeireiros. Ele frisou a importância de reforço na segurança das estradas que dão acesso às terras.
— As ameaças têm aumentado. Sabemos que a nossa cabeça tem valor. E que podemos ser mortos. Pedimos medidas protetivas e mais segurança, mas ainda não veio ajuda — afirmou o líder guajajara, que contou que já escapou de emboscadas recentemente: — Há alguns meses, pistoleiros estavam me esperando encapuzados na estrada que dá acesso à Terra Araribóia, mas não me reconheceram. No outro caso, semanas atrás, a espingarda não disparou e consegui fugir.
O assessor jurídico da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Luís Antônio Pedrosa, relaciona os conflitos ao descaso do poder público no desenvolvimento da região. Ele explica que, quando as terras dos guajajaras foram reconhecidas nas proximidades da BR-226, foram picotadas, intercaladas em vários pontos por pressão de fazendeiros que detêm a força política e econômica.
— O território desse povo tem em suas bordas um corredor indígena que liga o Alto Turiassu até Araribóia, passando pela BR-226, onde transitam os segmentos interessados na madeira e onde funcionam as madeireiras, uma área rica em materiais cobiçados.
Um dos pontos que fontes dos órgãos de inteligência destacam como sensível nos conflitos dentro das terras indígenas é a baixa taxa de esclarecimento das investigações sobre as mortes.
Um caso que chama a atenção é a morte do indígena Eusébio Kaapor, em abril de 2015, no município de Santa Luzia do Paruá, cujo desmatamento da cobertura florestal chega a 95%, segundo dados do Deter, do governo federal. Familiares do indígena disseram no inquérito que Eusébio foi morto a tiros por invasores que exploram madeira ilegal. Segundo o advogado Diogo Cabral, que acompanha o caso, mesmo após quatro anos e sete meses, a investigação não virou processo criminal. Questionada, a PF não comentou.
Para a antropóloga Manuela Ligeti Carneiro da Cunha, professora titular aposentada de Antropologia na Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Chicago, o que mais preocupa agora é a postura do governo em relação aos crimes:
— Há um discurso oficial e iniciativas expressamente dadas para atacar não só o meio ambiente, mas também os povos indígenas. Esses discursos, essas ações e essas omissões são sem precedentes na história recente do Brasil.
Foi uma semana repleta de muitas atividades, que começaram na própria Faculdade, mas a culminância do evento aconteceu sexta-feira (13) e sábado (14), no Auditório do Hotel San Pedro, repleto de atrações literárias e apresentações culturais.
Dr. Sérgio de Jesus – Palestrante/Foto: Sandro Vagner
Mais de mil pessoas participaram do encerramento, onde aconteceram as magníficas palestras por renomados nomes conhecidos em nível nacional, professor Dr. Zatur Giglio, Drª Elaine Nascimento e o e reitor da Universidade Projeção, em Brasília, Dr. Sérgio de Jesus.
Fotos: Sandro Vagner
Foi uma semana de oficinas, cursos, minicursos, debates, exposição de artigos científicos, lançamento de um livro e fóruns.
Francisco Rodrigues – Diretor – geral da FEMAF/Foto: Sandro Vagner
“O IV Simpósio veio num gráfico de ascensão muito alta, fruto de um trabalho integrado da família FEMAF com os seus professores e coordenadores de cursos. Estamos contemplados, estamos felizes por ter um público que acredita no nosso trabalho e, sobre tudo, temos bons palestrantes, que deram qualidade para esse público.” Disse o Diretor-geral, Francisco Rodrigues.
Francisco Rodrigues (Diretor-geral) e Marcus Franco(Vice-diretor da FEMAF)/Foto: Sandro Vagner
“Afirmo isso sem medo de errar, que esse nosso evento da Faculdade da FEMAF entra para a história como um dos maiores eventos acadêmicos do Estado do Maranhão. Os palestrantes que aqui vieram são palestrantes que é comum pra eles estatem no eixo Rio/São Paulo, e eles relatam que lá é raro, é difícil ter uma quantidade de acadêmicos igual a que a Faculdade FEMAF colocou aqui.” Destacou o Vice-diretor, Marcus Franco.
Foto: Sandro Vagner
O livro lançado sexta-feira (13), “Temas Contemporâneos e as Políticas Públicas no Brasil” teve uma grande aceitação do público, que depois foi contemplado com dança e o “Show da Golada Pro Brasil”, com os artistas de Pedreiras.
Autores do Livro autografando a obra literária/Foto: Sandro Vagner
No ano que vem, segundo os organizadores, será melhor ainda.
Show da Golada Pro Brasil/Foto: Sandro VagnerFotos: Sandro Vagner
O presidente Jair Bolsonaro quer iniciar 2020 com um mapa definido da reestruturação no primeiro escalão de seu governo para ser anunciado até fevereiro.
Onyx passa por um longo processo de desgaste desde o início do governo. Perdeu funções relevantes, como a articulação política, transferida para Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), e a coordenação jurídica da Presidência, hoje subordinada à Secretaria-Geral, sob o comando do ministro Jorge Oliveira.
Pesa contra ele também o fato de Bolsonaro estar insatisfeito com o apoio frágil do DEM à pauta governista no Congresso. Onyx é um dos três ministros da legenda, junto com Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). O DEM tem hoje o comando da pauta legislativa, já que são filiados ao partido os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP).
De acordo com interlocutores do presidente, as mudanças na equipe devem ter início no final de janeiro, antes da retomada das atividades do Congresso, em fevereiro. Bolsonaro não pretende fazer uma reforma ampla.
Um aliado disse à reportagem que as trocas devem ser graduais.
Onyx ainda não tem destino certo. Uma possibilidade é voltar à Câmara, para a qual foi reeleito deputado. Outro cenário é que o ministro assuma uma assessoria especial.
A mudança na Casa Civil impacta diretamente uma pasta estratégica para Bolsonaro, o Ministério da Educação, hoje comandado por Abraham Weintraub.
Weintraub também se enfraqueceu na medida em que Onyx foi perdendo prestígio no Planalto. O ministro é próximo ao chefe da Casa Civil, de quem foi secretário-executivo.
Uma possível saída dele tem sido aventada pelo menos desde novembro. Sua postura ideológica agrada ao presidente e seus filhos, mas o comportamento agressivo nas redes sociais e a capacidade de criar crises na área o desgastaram em alguns núcleos do governo, como a área moderada, formada pelo comando militar e pela equipe econômica.
Um exemplo foi a ida do titular da Educação ao Congresso na última quarta-feira (11). Weintraub atendeu a uma convocação da Comissão de Educação, mas seu tom agressivo causou desconforto em aliados.
Congressistas indicam que o ministro virou motivo de piadas na Casa, o que desmoraliza o Planalto.
A exoneração na quinta-feira (12) de sua principal assessora, Priscila Costa e Silva, serviu de pista para que aliados e grupos que buscam influência no MEC intensificassem as articulações para uma troca.
Causou mal-estar a forma como o ministro decidiu não renovar o contrato de gestão com a Associação Roquette Pinto, que gerencia a TV Escola. Weintraub determinou um despejo da TV Escola das dependências do MEC, cumprido na sexta (13).
Não há certeza sobre a continuidade do canal. De acordo com relatos à Folha, Weintraub teria tentado indicar pessoas para a associação e influenciar nos rumos na TV.
O ministro entrou em férias a partir deste sábado (14), o que tem sido visto nos bastidores com presságio de uma saída definitiva. A previsão de volta é só no dia 4 de janeiro.
Ele teve uma reunião com Bolsonaro no Planalto na sexta, em agenda não prevista. O assunto não foi informado.
Entre as opções de substitutos passam indicações de um nome evangélico, o que garantiria a visão ideológica de Bolsonaro à frente da Educação. A saída de Weintraub, se confirmada, será a segunda baixa na pasta vista como chave por Bolsonaro desde a campanha eleitoral.
O presidente é crítico das universidades públicas por entender que há uma dominação da ideologia de esquerda.
Na última quinta (12), em viagem ao Tocantins, o presidente fez um discurso duro, criticando publicamente a educação no país. Bolsonaro disse ser um vexame que universidades brasileiras não estejam entre as melhores do mundo. “Todos nós aqui somos responsáveis pela educação”, disse a uma plateia de prefeitos da região. “E como está a educação no Brasil? Péssima”, disse.
Mesmo que deixe o MEC, a aposta é que Weintraub possa ocupar outro cargo na gestão Bolsonaro.
Ele chegou à pasta em abril para ocupar o lugar que era de Ricardo Vélez Rodríguez, demitido após um processo de disputas internas.
Na equipe econômica, é dada como certa a saída do almirante de esquadra Bento Albuquerque, de Minas e Energia. Com ele, o segundo escalão também deve ser trocado, com mudanças nas quatro secretarias (Óleo e Gás, Energia, Mineração e Planejamento), coordenadas pela secretaria-executiva.
Como uma saída honrosa, Bolsonaro estuda indicar o ministro para a vaga destinada à Marinha no STM (Superior Tribunal Militar). O posto será aberto em maio do ano que vem com a aposentadoria do ministro Alvaro Luiz Pinto, que completará 75 anos.
Bento preenche quase todos os pré-requisitos: é almirante de esquadra, está na ativa e é um dos veteranos. No entanto, não é o mais antigo na carreira, critério que costuma ser levado em conta na escolha.
Para o comando de Minas e Energia, o nome mais forte, no momento, é o do deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), ex-ministro da pasta no governo de Michel Temer.
Embora seja alvo de críticas de parlamentares, a saída do general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, é vista como remota.
Premier britânico Boris Johnson discursa em Downing Street após vitória eleitoral Foto: ADRIAN DENNIS / AFP
Durante mais de sete décadas, as potências globais atuaram a partir do princípio de que uma maior integração econômica equivale a progresso histórico. Mas essa era chegou ao fim, como eleitores britânicos deixaram claro.
Outra complexa fase do enrolado processo de divórcio está à frente — negociações sobre os termos da futura relação econômica do Reino Unido com a Europa. Mas, de uma forma ou de outra, o mantra de “entregar o Brexit” prometido por Johnson marca uma profunda mudança no sistema comercial do mundo.
Depois da Segunda Guerra Mundial, os Aliados vitoriosos promoveram uma ordem internacional construída a partir do entendimento de que, quando países trocam bens, eles se tornam menos inclinados à artilharia.
A saída do Reino Unido da União Europeia é a mais clara manifestação de que este princípio não tem mais um apelo decisivo. Ainda assim, a decisão está longe de ser o único sinal de que o sistema comercial global está entrando em um estado no qual os interesses nacionais têm prioridade sobre preocupações coletivas.
Ainda que a guerra comercial entre Estados Unidos e China tenha chegado a uma trégua na sexta-feira, os dois países chegaram a um estado de tanta rivalidade que possivelmente irão continuar buscando alternativas à troca de bens e investimentos. As empresas que produzem bens na China irão enfrentar pressão para explorar outros países, o que apresenta uma ruptura na cadeia global de suprimentos.
O meio tradicional de arbitragem em disputas comerciais internacionais, a Organização Mundial do Comércio, se aproxima da irrelevância, à medida que países passam por cima de seus canais para impor tarifas.
O desgaste dos acordos comerciais internacionais tem sido impulsionado pela crescente irritação pública em muitos países com o aumento da desigualdade econômica e a percepção de que o comércio tem sido generoso com os executivos, enquanto deixa o povo comum para trás.
No Reino Unido, comunidades em dificuldades usaram o referendo de junho de 2016 que deu início ao Brexit como um voto de protesto contra os banqueiros de Londres que haviam desencadeado uma catastrófica crise financeira, e depois forçaram a população a absorver os custos através de uma rígida austeridade fiscal.
Nos Estados Unidos, a base política do presidente Donald Trump se uniu à sua guerra comercial, inclinada a vê-la como um corretivo necessário para a destruição da economia industrial americana por fábricas chinesas.
Da Itália à França e Alemanha, movimentos populares furiosos miraram no comércio como uma ameaça aos meios de subsistência dos trabalhadores, enquanto ao mesmo tempo abraçam respostas nacionalistas e nativistas que prometem cessar a globalização.
— A era dos mercados livres e do liberalismo está acabando — disse Meredith Crowley, especialista em comércio internacional da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. — As pessoas sentem que aqueles que ditam as políticas estão, de alguma maneira, fora de seu alcance.
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Incertezas
O Reino Unido envia quase metade de suas exportações para a União Europeia, um fluxo de bens possivelmente em perigo por conta do Brexit. A saída do Reino Unido do mercado comum europeu pode mudar a história do país como sede de diversas multinacionais.
Desde que o Reino Unido chocou o mundo ao votar para deixar o bloco, suas instituições políticas tentam decidir o que fazer com o nebuloso mandato de saída. Algumas empresas pararam de contratar e de investir, esperando os detalhes dos futuros termos de comércio.
Embora a eleição de quinta-feira tenha dado clareza sobre o Brexit, variáveis significativas ainda permanecem. Assumindo que o plano de Johnson para o Brexit seja aprovado pelo Parlamento, o Reino Unido precisa negociar os novos termos da relação com a Europa antes do fim de um período de transição que vai até o final de 2020 — uma tarefa colossal.
Johnson descartou uma extensão do prazo final, renovando a perspectiva de que o Reino Unido pode novamente flertar com a ideia de deixar o bloco europeu sem um acordo. Esta ameaça pode fazer novamente que empresas armazenem bens e implementem complicados planos de contingenciamento.
Segundo alguns analistas, porém a eleição aumentou a possibilidade de Johnson seguir uma forma mais flexível de Brexit, que mantenha o Reino Unido mais perto do mercado europeu. Sua maioria no Parlamento também é confortável o suficiente para que ele não tenha que se preocupar com a linha-dura conservadora, que defende uma ruptura total com a Europa.
Mas há mudanças à frente. Se a incerteza do Brexit tem sido prejudicial, o que a substitui é a quase certeza de um crescimento econômico mais fraco e da queda nos padrões de vida. O mandato dado a Boris Johnson para “retomar o controle do país” terá custos.
Índígena de 15 anos é morto a facadas durante festa no interior do Maranhão Foto: Reprodução TV Globo
A Polícia Militar prendeu neste sábado quatro suspeitos do assassinato do indígena Erisvan Guajajara, de 15 anos, morto a golpes de faca durante uma festa na madrugada de sexta-feira, no município de Amarante do Maranhão, localizado a 687 km de São Luís. A Fundação Nacional do Índio havia divulgado que a vítima era Dorivan Soares Guajajara, de 28 anos, que na verdade é o irmão de Erisvan. A informação foi corrigida hoje. Além do jovem, o não indígena José Roberto do Nascimento Silva, de 23 anos, também foi morto.
Segundo a Polícia Militar, a principal suspeita é que as vítimas tenham sido mortas por envolvimento com roubos e tráfico de drogas na região.
— Eles têm histórico de roubos e furtos de celulares e envolvimento com o tráfico de drogas. Estamos com a Polícia Civil buscando com os nossos serviços de inteligência mais informações para resolver essa questão e dar reposta a essa comunidade de Amarante — disse o coronel Jorge Araújo, comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar de Amarante do Maranhão.
De acordo com um dos irmãos do jovem indígena, Erisvan havia saído há 25 dias da Terra Indígena Araribóia, localizada a 20 quilômetros do centro de Amarante.
Os corpos de Erisvan Guajajara e José Roberto Nascimento foram liberados pelo Instituto Médico Legal de Imperatriz (IML) na noite dessa sexta (13) após passarem por exames.
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A Funai divulgou uma nota sobre a morte do indígena e descartou a possibilidade do assassinato ter sido motivado por crime de ódio, disputa por madeira ou por terras. O órgão disse estar à disposição para contribuir nas investigações. Fotos que circularam em grupos de WhatsApp mostram dois corpos em uma área de gramado com ferimentos compatíveis com golpes de facão.
A região onde a nova morte foi registrada é marcada pela tensão entre índios e madeireiros. O assassinato de indígenas nos últimos dois meses começaram em novembro, quando Paulo Paulino Guajajara foi morto a tiros enquanto caçava. Ele era integrante de um grupo de indígenas conhecido como “guardiões da floresta”, que tentava impedir a invasão de terras indígenas por madeireiros.
No último sábado, outros dois índios da etnia guajajara foram mortos em um atentado no município de Jenipapo dos Vieiras (MA). Outros quatro índios ficaram feridos. Foi depois dessas mortes que o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou o envio da Força Nacional à região.