Frank – Condenado/Foto: Polícia Civil de Pedreiras – MA
A Polícia Civil do Estado do Maranhão, através da 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil, deu cumprimento, hoje (30), ao mandado de prisão exarado, em desfavor de Frank Rodrigues Santos, pelo juízo de direito da 3ª vara da comarca de Pedreiras, em decorrência do trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Segundo o Delegado Regional de Pedreiras, Diego Maciel Ferreira, o autor já tinha sido condenado, e, foi preso por não caber mais recurso.
Frank Rodrigues cumprirá pena por crime de roubo majorado (Crime contra o patrimônio, consiste em subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. Da mesma forma se o agente, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.)
Depois da pavimentação asfáltica das ruas que compreendem todo o Loteamento Pedra Grande, a Prefeitura Municipal de Trizidela do Vale iniciou as reformas e construções de sarjetas e meio fio de ruas e avenidas da cidade, dando assim mais durabilidade ao asfalto e, consequentemente, a acessibilidade e locomoção dos habitantes, trazendo mais qualidade no processo de urbanização e fluência no escoamento de água das chuvas .
Foto: ASCOM – Trizidela do Vale
“A luta por uma Cidade melhor e para todos, ainda é uma das marcas que nosso governo sempre vem primando, pela continuidade do trabalho que não para, possibilitando aos munícipes mais comodidade e a certeza de uma cidade próspera”. Afirmou o prefeito Fred Maia.
Foto: ASCOM – Trizidela do Vale
fonte: Assessoria de Comunicação de Trizidela do Vale – MA
Uma rebelião com cinco horas de duração deixou 57 mortos nesta segunda-feira no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Sudoeste do Pará. Foto: STRINGER / REUTERS
ALTAMIRA (Pará) — Uma rebelião com cinco horas de duração deixou 57 mortos nesta segunda-feira no Centro de Recuperação Regional de Altamira , no Sudoeste do Pará. O massacre é o maior ocorrido em um mesmo presídio desde o do Carandiru, em 1992, quando 111 detentos foram assassinados, e o quinto com alta letalidade registrado no sistema prisional do país desde janeiro de 2017 — em dois anos e meio, o saldo é de 227 vítimas fatais. O mais recente ocorreu em unidades prisionais de Manaus, em maio, e deixou 55 mortos.
A chacina em Altamira teria sido motivada por uma briga entre as facções e ficou marcada pela brutalidade das mortes. Ao menos 16 detentos foram decapitados. A violência extrema tem sido marca da disputa entre facções nos presídios e serve como forma de intimidação entre os grupos criminosos.
Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), presos de uma mesma facção criminosa invadiram, às 7h, o anexo do presídio, onde estavam integrantes de um grupo rival, e atearam fogo no local. A fumaça invadiu o anexo e alguns detentos morreram por asfixia. O motim só terminou por volta de 12h. Dois agentes penitenciários chegaram a ser mantidos reféns por uma hora, mas foram liberados.
O governo do Pará determinou a transferência de 46 detentos suspeitos de participação no massacre . Desses, dez líderes de facções irão para um presídio federal, em vagas oferecidas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os demais serão distribuídos em unidades estaduais, no Pará. Moro convocou nesta segunda-feira uma reunião de emergência sobre a situação no presídio. Segundo sua assessoria, o ministro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.
O secretário da Susipe, Jarbas Vasconcelos, disse ao GLOBO que o serviço de inteligência do Pará não apontou risco de ataques no presídio.
— Nenhum de nossos detentos fez exigências recentemente que pudesse levar a essa possibilidade. Tudo ocorreria normalmente — declarou.
Ao jornal “Folha de S.Paulo”, porém, o secretário adjunto de Inteligência e Análises Criminais do Pará, delegado Carlos André Costa, afirmou no início do mês que monitorava ações de uma das facções criminosas envolvidas no massacre e sabia que o grupo estava decidido a investir sobre as áreas no estado dominadas pela facção rival.
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) classificou como “péssimas” as condições do Centro de Recuperação de Altamira. A unidade possui 343 presos, mais que o dobro da capacidade projetada, que é para 163 vagas. Além da superlotação, o CNJ também constatou um número baixo de agentes penitenciários, apenas 33.
Do lado de fora do presídio, cerca de 40 famílias se aglomeravam na noite de ontem em busca de informações. Com o telefone nas mãos, a dona de casa Clarissa Silvano aguardava notícias do sobrinho:
— Na esperança que alguém ligue para dizer que ele está vivo. Não saio daqui enquanto não souber dele — afirmou a dona de casa.
Agora não é mais expectativa, é realidade. O que se era de ver nas maiores cidades agora também iremos ter o privilégio de ter em nosso Município o melhor e maior serviço de mobilidade urbana. Trata-se do serviço de transporte particular que você irá ter comodidade, conforto e segurança com um simples toque em seu aplicativo.
UPER.driver a sua melhor opção de transporte irá atendê-lo inicialmente em três Municípios: Pedreiras, Trizidela do Vale e Lima Campos.
Em conversa com o empresário responsável por esse empreendimento, ele disse o seguinte: “Além de trazer todo este conforto para nós usuários, a UPER.driver também estará trazendo a oportunidade para muitos pais de família que hoje se encontram desempregados, sem uma renda sustentável e digna do seu sustento“.
Veja os procedimentos para se tornar um motorista parceiro da UPER.driver:
Ter na CNH a observação “EAR” exercer atividade remunerada;
Carro de ano de fabricação de 2012 a 2019. Obs.: 4 portas, arcondiconados, e não pode ter propaganda;
Certidão de Nada Consta da Polícia Civil e Federal:
Ontem (28), uma casa teve a cozinha destruída, na Rua José de Freitas, em Pedreiras, no bairro do Engenho, ocasionada pela explosão de um botijão de gás. Diante a situação da dona de casa, Samantha da Costa Pereira, mãe de quatro filhos menores de idade, inclusive um bebê de apenas um mês, está passando por momentos difíceis.
O Projeto Coração Cidadão, idealizado pelo Reitor do Santuário São Benedito, Padre José Geraldo, iniciou uma campanha para arrecadar móveis e eletrodomésticos, que venham suprir a necessidade da dona de casa.
Padre José Geraldo e Silvana
“Se você tiver interesse em ajudar, procure a Mim ou a Silvana do Sousa, queremos em seu nome levar um pouco de paz para esta nossa irmã. Agradecemos também a quem ajudar com alimentos. A Churrascaria o Sousa já fez a doação de um fogão, mas sua contribuição é importante.” Disse o Reitor.
Quem quiser participar da campanha, deve procurar o Padre José Geraldo ou a Silvana, na Churrascaria O Sousa.
Antônio França – Prefeito de Pedreiras – MA/Foto: Reprodução
O prefeito de Pedreiras, Antônio França, está em São Luis (MA), nesta segunda-feira (29/07), participando de reunião na Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, atendendo a convocação do presidente da entidade, Erlanio Xavier, juntamente com outros prefeitos e prefeitas que tiveram o Fundo de Participação dos Municípios, FPM, retidos ou bloqueados.
Antecipando-se à convocação da FAMEM, a Prefeitura de Pedreiras por meio de seus procuradores e do Controle Interno já está atuando neste sentido há três semanas, tendo um trabalho jurídico bastante adiantado, junto às entidades federais, inclusive no âmbito jurídico, tratando da relação a bloqueios e retenções destes fundos.
Antônio França está participando ativamente dos esforços da entidade representativa dos gestores municipais maranhenses para a devida regularização das pendências, e para isso na próxima semana estará integrando uma comissão que seguirá para Brasília (DF), para angariar apoio dos parlamentares na efetiva resolução deste problema.
A medida, considerada extrema e de consequências drásticas para a população não apenas de Pedreiras, mas de todos os municípios afetados, foi adotada pela Receita Federal como forma de quitação de supostos débitos previdenciários e fiscais. Dezenas de prefeitos maranhenses tiveram parte dos decêndios do mês de julho bloqueados ou retidos.
Dentre os passos que os prefeitos podem trilhar estão: a ciência integral dos motivos que ensejaram a suposta inadimplência, obtida através do E-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) ou pessoalmente na Receita Federal; a verificação de eventuais falhas formais e/ou materiais nos processos administrativos geradores do suposto débito; e, Ingressar com Requerimento Administrativo de Anulação do Débito Fiscal ou Previdenciário junto a Receita Federal.
Reflexos no pagamento de servidores e de outras despesas
Embora os embaraços a partir da retenção e bloqueios de fundos constitucionais da Prefeitura de Pedreiras seja algo significativamente negativo, a equipe econômica da gestão Honra e Trabalho vem trabalhando no sentido destes problemas não afetarem o pagamento de servidores e outras despesas.
“Já tivemos problemas semelhantes em outros momentos, e com muito esforço, conseguimos manter a normalidade dos nossos compromissos, e continuaremos empreendendo todos os esforços neste sentido”, assinala o prefeito Antônio França, complementando que vários outros municípios maranhenses estão na mesma situação, requerendo a compreensão de todos diante das dificuldades financeiras. “Estamos vivendo momentos difíceis em arrecadação, nos repasses que diminuem sensivelmente, e agora também com estes bloqueios e retenções, então trabalhamos dentro dos limites, contingenciando gastos para mantermos nosso município em dia com suas obrigações”, finaliza.
O juiz Rômulo Lago e Cruz, titular da 1ª Vara de Vitorino Freire, vai presidir uma sessão do Tribunal do Júri no próximo dia 7 de agosto. No banco dos réus, Elitan Silva dos Santos, acusado de prática de crime de homicídio simples tendo como vítima Francisco Jaderson Sousa Lima em janeiro de 2017. A sessão será realizada no Fórum Juiz João Batista Lopes da Silva, o fórum de Vitorino Freire, às oito horas da manhã.
Destaca a denúncia que Elitan Silva dos Santos, conhecido pelo apelido de ‘Piupiu’, teria matado a tiros o homem Francisco Jaderson, conhecido pelo apelido de ‘Facção’, na data de 1o de janeiro de 2017. O crime ocorreu durante uma festa no local conhecido como ‘Espaço M’, quando acusado e vítima se cruzaram, instante em que ‘Facção’, portando uma faca, teria dito a ‘Piupiu’ pra ele “ficar esperto”. Narra a denúncia, ainda, que ‘Piupiu’ saiu da festa e foi até sua residência, voltando algum tempo depois armado de revólver calibre 38.
Ao se deparar com Francisco Jaderson nas imediações do local da festa, o acusado teria disparado quatro tiros, causando a morte de ‘Facção’. Quando interrogado, Elitan disse que Francisco Jaderson representava um perigo. Foi investigado que Francisco Jaderson já havia ameaçado o pai de Elitan Silva, que confessou o delito na delegacia. Após o crime, Elitan fugiu por um matagal, momento em que perdeu a arma. Ele se apresentou dias depois à polícia, acompanhado de um advogado.
Ao comentar as investigações sobre seu agressor Adélio Bispo de Oliveira, nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, com acusações de que seu pai, Fernando Santa Cruz, desaparecido durante a ditadura militar, fazia parte do grupo “mais sanguinário” do movimento Ação Popular. Bolsonaro questionou a ação da OAB durante o processo para apurar o atentado sofrido em Juiz de Fora (MG) no ano passado e afirmou que se o presidente da OAB quiser saber sobre a “verdadeira história” do que aconteceu com seu pai, ele pode contar o que ocorreu.
— Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele. Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar e essas conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco e veio desaparecer no Rio de Janeiro — afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro fez o comentário ao falar do processo de Adélio, absolvido por ser doente mental e não poder ser responsabilizado criminalmente em razão disso, era representado por um advogado que não informava quem estava bancando seus honorários.
Não é a primeira vez que o presidente ataca o presidente da OAB ou o pai dele. A entidade deve soltar uma nota nesta segunda-feira em resposta às últimas declarações de Bolsonaro.
A primeira confirmação oficial da prisão de Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira saiu após 40 anos, em março de 2014.
“Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira. 20 de fevereiro de 1948. Casado. Citado por militantes presos como membro da Ação Popular Marxista-Leninista (APML). Preso em 22 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro. Considerado desaparecido em uma relação feita pelo Comitê Brasileiro de Anistia”, dizia o ofício RPB 655/A2-Comcos do Ministério da Aeronáutica, de escrito em 22 de setembro de 1978, classificado como secreto (nível acima de reservada e confidencial).
Ele tinha 26 anos.
Fernando, que havia se mudado para São Paulo, onde trabalhou no Departamento de Água e Energia Elétrica do estado até a véspera da prisão, estava no Rio para festejar o aniversário do irmão Marcelo. Devido ao novo endereço, ele pleiteava uma transferência da UFF para a USP. Após rever a família, Fernando saiu às 16h para encontrar o amigo Eduardo Collier e marcou de ir ao cinema às 18h com sua mulher, Ana Lúcia Valença. Não apareceu. Era sábado de carnaval, e nunca mais se soube de Fernando e Eduardo.
O irmão dele, Marcelo Santa Cruz, teve cassado o direito de estudar no Brasil. Rosalina, irmã mais velha, ficou um ano presa, sofreu um aborto provocado pela violência, por choques elétricos. Mas Marcelo classificou o caso de Fernando como o “mais perverso”.
O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, – que completou seis meses na última quinta-feira (25) – ainda tem causado reflexos no turismo da cidade mineira de Brumadinho, a cerca de 50 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte.
No Instituto Inhotim, maior espaço cultural ao ar livre da América Latina, localizado em Brumadinho, o número de visitantes este ano já registra queda significativa. Entre os anos de 2014 e 2018, a média de visitantes no mês de janeiro era de 35.188. Este ano, o número ficou em 33.480. Em fevereiro, o recuo foi de 15.472 para 6.739. No mês de maio, a média de visitantes caiu de 21.212 para 12.916.
A ocupação da rede hoteleira da cidade também sofreu impactos. Segundo a Associação de Turismo de Brumadinho, a média de ocupação nos hotéis e nas pousadas caiu mais de 50% desde janeiro, mas já apresenta sinais de retomada.
Inhotim
Apesar de se localizar na cidade mineira onde ocorreu o desastre, o Instituto Inhotim não teve as instalações atingidas e não ficou na rota do fluxo de lama.
A diretora-executiva do instituto, Renata Bittencourt, espera que o número de visitantes em julho seja melhor por conta das férias escolares. “Isso é significativo não só pela nossa renda que cai, mas por toda a rede turística da cidade que surgiu a partir de Inhotim. Toda essa rede tem prejuízos. Os restaurantes, os hotéis e as pousadas. Então, a perspectiva de ter uma atividade regular continuada aqui em Inhotim é boa para a instituição, mas também é um modo de seguir ancorando todo um segmento econômico de lazer do território de Brumadinho”, destacou.
A queda no número de visitantes não foi o único impacto que Inhotim sofreu com o rompimento da barragem. Renata lembrou que o museu tem cerca de 600 empregados, entre diretos e indiretos. Uma parte deles ainda se encontra traumatizada pela perda de parentes e amigos na tragédia.
“Isso foi o que a gente sentiu mais. É o que veio em primeiro lugar. 80% dos funcionários são da região e 41% deles tiveram perdas diretas e outros tantos perderam conhecidos e amigos”, explicou.
Social
A diretora executiva explica que o Instituto Inhotim é uma importante fonte de renda da cidade e de geração de emprego. Muitos dos jovens de Brumadinho têm seu primeiro emprego no espaço cultural.
Mesmo com as dificuldades de público, o instituto manteve seus projetos sociais. Para Renata, antes de ser um jardim botânico, Inhotim é um museu e mantém uma função social com a memória, com a arte, com a cultura e ainda com as populações.
“A existência de Inhotim aqui nesse território já chama para uma atividade social, que no nosso caso está vinculada ao econômico, ao nosso engajamento aos públicos próximos a nós e nos empregos”, afirmou.
Como exemplo, ela afirma que o instituto manteve em funcionamento a escola de música para jovens que aprendem instrumentos como violino e contrabaixo. A escola também ministra aulas para crianças pequenas que fazem experimentação musical e adultos que aprendem canto.
Em julho, teve início um projeto de cinema. “Brumadinho é uma cidade sem cinema. Nós começamos com edição de filmes, com animações atraindo o público familiar e infantil”, disse.
“A partir de agosto teremos o projeto Palco Brumadinho. Uma programação musical que vai atravessar todo o segundo semestre para que a gente possa convidar a cidade toda a comparecer e fortalecer os talentos locais”, completou.
Moradores
O instituto criou ainda um cadastro para conceder entradas gratuitas aos moradores da cidade. Até o momento, 4 mil moradores se cadastraram e mais de 1 mil passaram pelas instalações do museu.
“É uma cidade que passou por um trauma e acreditamos que o ambiente de Inhotim pode ser de relaxamento e de convivência onde os moradores possam se encontrar, desfrutar dos jardins, ver as obras da nossa coleção de orquídea, sentar para ler um livro. Estamos de portas abertas para a cidade e muito comprometidos com a sua recuperação”, afirmou.
Na avaliação de Renata, a cultura tem grande força para impulsionar economias locais e mobilizar fluxos de turistas. Para ela, esse é um modelo que tem muito espaço para crescer no Brasil.
“O Inhotim é uma instituição que tem 13 anos, mas antes de dele, não havia hotel nenhum [na cidade]. Não havia pousada. O que já foi implementado pode crescer, pode ser uma presença de empregos fortes”, avaliou.
O aeroviário Perterson Patrício, 33, de jaleco verde, chegava à sede do Deic na última quinta-feira, para prestar depoimento sobre o roubo – Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress
A polícia prendeu na madrugada desta segunda-feira um terceiro suspeito de participação no roubo dos 720 quilos de ouro de aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, ocorrido na última quinta-feira (25).
O nome dele é Célio Dias, arrendatário de um terreno na zona leste da capital. Os policiais acreditam que ele ajudou o grupo ao fornecer o local como o segundo ponto de transbordo para o crime, na avenida São Miguel, atrás de um forró.
Foi ali no terreno que o bando abandonou as caminhonetes, branca e prata —que não têm registro de roubo—, e seguiram para um destino ignorado.
Antes disso, a quadrilha já havia deixado os carros clonados da Polícia Federal em um terreno na região do Jardim Pantanal.
Dias foi preso em flagrante porque a polícia encontrou com ele um carregador de fuzil, com munições .556.
Segundo a Folha apurou, se não tivesse ocorrido a prisão em flagrante pelo porte de munição de uso restrito, a polícia pediria a prisão temporária de Dias.Ao ser interrogado pelos investigadores, o suspeito preferiu ficar em silêncio.
Os policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) investigam um quatro suspeito, ligado ao local de transbordo. Ele chegou a ser levado ao departamento de investigação na noite domingo, mas foi liberado horas depois.
Dois suspeitos já estavam presos. Um deles é o aeroviário Peterson Patrício, 33, preso na noite do último sábado (27). Ele é funcionário do terminal de cargas do aeroporto e alegou, horas depois do crime, ter sido obrigado pelos criminosos a ajudar no roubo após ser mantido refém, junto da família desde o dia anterior.
O funcionário mora na travessa Nem Ouro Nem Prata, no Jardim da Conquista, zona leste da capital —onde teria funcionado um dos cativeiros.
O outro suspeito preso, Peterson Brasil, também é funcionário do aeroporto. A Justiça determinou a prisão dele no começo da noite deste domingo (28). O suspeito já estava detido no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Ambas as prisões são temporárias e foram determinadas pela Justiça de São Paulo a pedido dos policiais.
Nas imagens registradas no momento do roubo, captadas pelo sistema de segurança do aeroporto, Patrício é o primeiro a aparecer descendo de uma caminhonete clonada da Polícia Federal.
É ele também quem indica aos outros integrantes da quadrilha o local exato onde estavam os malotes de ouro —cujo valor supera R$ 120 milhões— e chega a carregar com as mãos peças que estavam soltas em um contêiner.
Até agora nenhum grama do ouro foi recuperado. Os investigadores estimam que a quadrilha tenha gasto cerca de R$ 1 milhão para levar a cabo o roubo.
Segundo a Folha apurou, as suspeitas começaram a recair sobre o funcionário após uma série de contradições na versão contada por ele. Após admitir o crime, ele apontou o colega como comparsa.
Desde o início das investigações, uma das principais linhas seguidas pela polícia era tentar descobrir qual teria sido o funcionário do aeroporto (ou da empresa de transporte de valores) responsável pelo vazamento de informações privilegiadas.
A polícia tinha certeza de que havia esse colaborador (ou colaboradores), porque os bandidos não tinham como obter tantos detalhes precisos sobre a carga, como o dia e horário que estaria ali.
A polícia só não sabia que era o próprio Patrício essa pessoa quem estaria ajudando a quadrilha, até porque, segundo os colegas, era um funcionário exemplar.
De acordo com o delegado João Carlos Miguel Hueb, o aeroviário trabalhava havia sete anos no aeroporto de Guarulhos e nunca apresentou nenhum problema que pudesse levantar suspeitas.
Conforme reportagem da Folha, a cúpula da Polícia Civil considera muito difícil reaver o ouro roubado na quinta —isso não muda com a prisão desses suspeitos agora.
Isso porque o material é facilmente derretido e vendido no mercado sem deixar indício de ser produto de crime. Os policiais acreditam que a quadrilha pudesse ter até mesmo um comprador do ouro antes de executar o plano.
A Polícia Civil também aguarda para esta segunda informações sobre os donos do ouro. Até o final de semana, segundo a reportagem apurou, a polícia tinha recebido parte delas —sabia apenas serem integrantes de um grupo de investidores.
De acordo com o registro policial, todo o ouro estava dividido em 31 malotes.
Vinte e quatro deles, pesando 565,5 quilos e avaliados em U$ 24,4 milhões, tinham como destino final o aeroporto JFK em Nova York.
Os outros sete malotes, pesando 153,4 quilos e avaliados em U$ 4,8 milhões, tinham como local de desembarque o aeroporto YYZ, no Canadá.
O roubo que levou a prisão do aeroviário ocorreu na tarde da última quinta (25) quando criminosos disfarçados de policiais federais entraram no terminal de cargas. Com ajuda de um empilhadeira, eles colocaram a carga de ouro em um caminhonete e fugiram.
Os carros clonados da Polícia Federal forma abandonados minutos depois em um terreno na zona leste, na região do Jardim Pantanal.
Nesse local, os bandidos fugiram em outras duas caminhonetes (uma branca e outra prata), que seriam também abandonadas minutos depois, também na zona leste.
Para a polícia, todos os veículos usados na ação foram comprados pelos bandidos. Estima-se que o grupo gastou quase R$ 1 milhão na organização do crime, entre compra de ao menos sete carros, armas e equipamentos.
Na versão de Patrício, toda ação começou quando um ambulância cruzou a frente do veículo dele, levando a mulher dele como refém.
Dois bandidos voltaram a encontrar o funcionário no final da tarde, e todos foram para casa dele, fazendo a família de Peterson refém. Os familiares foram liberados no começo da noite.