Rio: Mulheres negras marcham por direitos e contra o feminicídio

O Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro realizou pelo quinto ano consecutivo, a Marcha das Mulheres Negras, na orla de Copacabana, zona sul da capital. – Fernando Frazão/Agência Brasil

O Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro realizou hoje (28), pelo quinto ano consecutivo, a Marcha das Mulheres Negras, na orla de Copacabana, zona sul da capital, com o tema “Mulheres Negras resistem: em movimento por direitos, contra o racismo, o sexismo e outras formas de violência”. O ato contou com a presença de mulheres negras de todas as idades, desde bebês a “vovós” de mais de 80 anos.

Coordenadora do fórum, Ana Gomes disse à Agência Brasil que o intuito do evento é mostrar para o público as questões que afligem e mobilizam as mulheres negras no Rio de Janeiro e no país. Uma das reivindicações é dar visibilidade ao fato de que as mulheres negras são as maiores vítimas do feminicídio. Ainda segundo ela, apesar de a violência doméstica contra as mulheres brancas ter diminuído, os números referentes às mulheres negras aumentaram.

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O ato também denuncia o genocídio da juventude negra.  “Na medida em que morre um jovem negro, é uma mulher negra que está na ponta sofrendo”, destacou Ana.

A falta de creches, a precariedade das escolas e o acesso restrito às urbanidades, além da violência praticada contra os povos tradicionais de matriz africana também estão entre as críticas das mulheres negras. “Tanta coisa que o racismo acaba nos colocando nessa situação de desprestígio, de desumanização”, explicou Ana Gomes.

A Marcha das Mulheres Negras também comemora o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, instituído no dia 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado na República Dominicana.

Homenagens

Uma oficina de cartazes, realizada pela manhã no Posto 4 da Praia de Copacabana, abriu a marcha que se estendeu até o Leme. Durante o evento, várias homenagens à vereadora Marielle Franco, assassinada com seu motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.

Na Praça Heloneida Studart, foi montada a exposição “Vitrine Negra”, com trabalhos artesanais de afro-empreendedoras. O evento será encerrado à noite, com a roda de samba “Divas Negras – Nossa Africanidade”.

A marcha contou com a participação de movimentos de mulheres negras de vários municípios e regiões fluminenses. A organização não governamental (ONG) Mulheres Yepondás, que desenvolve ações sociais, culturais e artísticas, montou um “painel de afroestima”, no qual as pessoas podiam colocar um turbante ou outro acessório disponibilizado pelo grupo e tirar fotografias.

O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Walkimar Carneiro compareceu à marcha pela primeira vez. “As mulheres e, particularmente, as mulheres negras, ainda estão em uma situação difícil no país. Se a gente olhar para o mercado de trabalho, para as condições de vida como um todo, para o tratamento das pessoas, ainda há muita discriminação. Portanto, acho importante que haja essas manifestações. Todos temos que apoiar”, destacou.

Luíza de Figueiredo, 12 anos, disse que os cartazes cobrando respostas para o assassinato de Marielle chamaram a sua atenção. Estudante da 8ª série do ensino fundamental, Luíza defendeu as mulheres de todas as raças.

“Nós, mulheres, em geral, somos sempre diminuídas. E as mulheres negras, principalmente, são colocadas em um patamar muito inferior ao dos homens e das mulheres brancas. Então, acho muito importante a mulher negra mostrar que ela é também mulher e tem os mesmos direitos de todo mundo, assim como as mulheres têm os mesmos direitos dos homens.”

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Rio: Bolsonaro defende carona a parentes em voo da FAB: Vou negar helicóptero e mandar de carro?

Jair Bolsonaro em cerimônia de brevetação de novos paraquedistas, no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro – Marcos Correa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que não vê nada de errado em ter usado helicóptero da presidência para transportar parentes ao casamento de seu filho, Eduardo Bolsonaro, em maio. 

“Eu vou responder. Eu fui a casamento do meu filho. A minha família ia comigo. Eu vou negar o helicóptero a ir para lá e mandar ir de carro? Não gastei nada do que já ia gastar”.

Antes da cerimônia, o presidente fez gestos de indignação dirigidos à imprensa e reclamou: “Só fazem pergunta esquisita. Irã, OMC, Mercosul, futuro do Brasil, Forças Armadas. Ontem, lá (em Goiânia). Uma pergunta que pelo amor de Deus…”, disse Bolsonaro.

“Com licença, estou numa solenidade militar, tem familiares meus aqui, eu prefiro vê-los do que responder uma pergunta idiota para você. Tá respondido? Próxima pergunta”, disse, interrompendo a pergunta antes mesmo de sua conclusão.

O presidente não quis dizer se via incompatibilidade no uso ou se estava dentro da aeronave. “Toda vez que eu viajo com o helicóptero, vão dois helicópteros comigo. Por que vocês não veem meu gasto mensal com o cartão corporativo?”, questionou Bolsonaro.

“A minha preocupação é com o Brasil. Se eu errar, assumo meu erro e arco com as consequências. Até o momento, pelo que eu vejo, nada de errado aconteceu”, continuou o presidente.

Jair Bolsonaro compareceu à cerimônia de brevetação de novos paraquedistas, no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.

O governo alegou “razões de segurança” para autorizar o voo. Vídeos da ocasião foram divulgados em redes sociais por um sobrinho do presidente, Osvaldo Campos Bolsonaro. A informação foi revelada nesta sexta pelo site G1.

De carro, o trajeto tem cerca de 35 km e levaria 35 minutos. Segundo o site, foram 14 minutos de voo na aeronave da FAB.

Nas imagens que foram publicadas, é possível ver que o grupo de aproximadamente dez pessoas chegou de van à pista de embarque. No veículo estavam irmãs de Bolsonaro e o deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, amigo do presidente.

Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que “por razões de segurança, o coordenador de segurança de área neste evento, exercendo competências contidas no decreto nº 4.332, de 12 de agosto de 2002, decidiu que o presidente da República e familiares fossem transportados em helicópteros da Força Aérea Brasileira”.

fonte: folha.uol.com.br

Brasília: Hacker diz que não adulterou mensagens de Moro repassadas a site

A ex-parlamentar, Manuela D’Ávila, foi candidata a vice-presidente da República na chapa do petista Fernando Haddad, nas eleições de outubro: ela se dispôs a entregar o celular para perícia
(foto: AFP / Itamar AGUIAR)

Em depoimento à Polícia Federal, o hacker Walter Delgatti Neto, um dos quatro detidos por invasão de celulares de autoridades da República, afirmou que obteve o contato do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, por meio da ex-deputada Manuela D’Ávilla (PCdoB), candidata a vice-presidente da República na chapa do petista Fernando Haddad nas eleições de outubro. O site tem veiculado uma série de reportagens baseadas em supostos diálogos entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato. Nesta sexta-feira (26/7), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, decidiu prorrogar por cinco dias a prisão preventiva de todos os detidos para preservar a investigação e impedir que eles interfiram nas diligências em andamento.

Delgatti afirmou no depoimento, divulgado pela Globo News, que ligou para Manuela D’Ávila pedindo o contato de Greenwald, mas que, diante da descrença dela em relação ao conteúdo vazado, enviou um áudio de uma conversa entre dois procuradores do Paraná para comprovar que falava a verdade. O acusado disse que se comunicou com o jornalista pelo aplicativo Telegram e que não pediu nem recebeu nenhum tipo de pagamento em troca dos dados que forneceu. Ele também contou que não repassou nenhum tipo de informação pessoal dele ao americano.

Procuradores da Lava-Jato e Sérgio Morto lanças dúvidas sobre a integridade das mensagens que são publicadas desde 9 de junho pelo Intercept. No entanto, o hacker negou que tenham sido realizadas edições do material. “(Walter Delgatti) disse que pode afirmar que não realizou qualquer edição dos conteúdos das contas de Telegram das quais teve acesso. Acredita não ser possível fazer a edição das mensagens do Telegram em razão do formato utilizado pelo aplicativo”, menciona um dos trechos do depoimento.

Em nota, Manuella D’Ávila confirmou que passou o contato de Greenwald, mas contradisse algumas declarações do hacker. A ex-deputada afirmou que foi comunicada pelo Telegram, em maio, de que o aparelho dela havia sido invadido no Estado da Virginia, nos Estados Unidos. Ela recebeu uma mensagem, e não uma ligação, como disse Walter, de uma pessoa que se identificou como alguém inserido na lista de contatos dela.

A pessoa teria informado que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras. “Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza”, disse Manuela na nota. “Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald”, emendou.

A ex-deputada disse que desconhece, portanto, a identidade de quem invadiu o celular dela. “Desde já, me coloco à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração”, destacou. A ex-parlamentar ainda declarou que vai orientar os advogados a procederem a “imediata entrega das cópias das mensagens” à Polícia Federal. “Estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial”, frisou.

Dificuldade

Em um relatório enviado à Justiça Federal, a PF afirmou que está prestes a acessar informações importantes para as investigações. Entre elas, estariam dados de celulares dos suspeitos. O aparelho usado pelos acusados, apesar de comum, dificulta o acesso às mensagens, o que demanda mais tempo de atividade para que os peritos consigam extrair o conteúdo.

Caso Snowden

O hacker disse que procurou Glenn Greenwald por causa da atuação dele no caso em que foram divulgados arquivos secretos da NSA, agência do governo dos Estados Unidos. O jornalista obteve de Edward Snowden, ex-analista de sistemas da NSA, dados sigilosos sobre a espionagem dos serviços de inteligência norte-americanas sobre outras nações. O alvo principal entre os países estrangeiros era o Brasil.

fonte: correiobrziliense.com.br

Rio: Bolsonaro diz que decisão sobre possível destruição de mensagens hackeadas não é de Moro

O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado de solenidade de formatura de novos paraquedistas no 26º Batalhao de Infantaria Paraquedista na Vila Militar Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro foi questionado neste sábado sobre a possível destruição das mensagens obtidas nas investigações sobre os hackers e mencionada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Bolsonaro participou nesta manhã da formatura anual da turma de novos paraquedistas das Forças Armadas no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. Ao todo, foram 638 formandos.

–  A decisão de possível destruição não é dele (Moro). Podemos pensar e torcer por alguma coisa, mas o Moro não fará nada do que a lei não permite. Agora, foi uma invasão criminosa. Eu não tive esse problema porque nada trato de reservado nos meus telefones – afirmou ele. 

Depois fez uma alusão à investigação sobre seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que alega ter tido o sigilo quebrado nos relatórios do Coaf. 
  
– Invadir a privacidade das pessoas, quebrar sigilo sem autorização judicial também é crime – completou. 

Os relatórios do Coaf, porém, são feitos a partir de comunicação dos bancos a partir de operações atípicas. Não são propriamente  o sigilo bancário.

Ao final, o presidente comentou o uso de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) por seus parentes para ir no casamento de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

fonte: oglobo.globo.com

Peritoró: Bandidos são presos pela PM após assalto à Casa Lotérica

Colaboração do repórter Sena Freitas (Codó)

Foto: PM de Peritoró – MA

O assalto, segundo informações, aconteceu ontem (24), por volta das 12:30h, na cidade de Peritoró. Dois elementos armados renderam os servidores da Casa Lotérica, levaram uma quantia em dinheiro e fugiram após o crime, sentindo ao Município de Coroatá. A Polícia Militar foi informada e saiu em perseguição dos assaltantes, que foram alcançados na entrada da cidade, mas com o cerco policial, eles saíram com destino ao Areial, pegando a estrada do Benfica, onde foram presos.

Foto: Polícia Civil

Com eles foram encontrados as armas usadas durante o assalto, dinheiro e a motocicleta, uma Bros vermelha.

Suspeitos/Foto: Polícia Civil

Os presos são: Francisco Linhares de Araújo, 31 anos, de Caxias, e Marcos de Oliveira Bezerra, o Marquinhos, 19 anos, morador da cidade de Coroatá.

Lago da Pedra: Militares e Guardas Municipais que evitaram assalto são homenageados

Foto: Assessoria da PM de Lago da Pedra

Ontem (25), no salão do júri da Comarca de Lago da Pedra, o juiz titular da 1ª Vara e diretor do Fórum, Dr Marcelo Santana Farias, promoveu a solenidade de entrega de portaria elogiosa aos profissionais de segurança que participaram da ação policial que impediu o assalto na agência dos Correios, ocorrido dia 12.

Durante o evento, foram homenageadas as guarnições da Polícia Militar e os Guardas Municipais, que conjuntamente atuaram no atendimento da ocorrência, sendo elevada para um sequestro, resultou na liberação dos reféns e a consequente prisão em flagrante dos suspeitos.

1° Ten QOPM Stanley/Foto: Assessoria da PM de Lago da Pedra

A solenidade adotou protocolo de formatura Cívico Militar, sendo presidida pelo CMT do 19° BPM, Maj QOPM Ricardo Almeida de Carvalho, que enalteceu a parceria da instituição entre a PM e o poder judiciário, e agradeceu a iniciativa do Dr Marcelo na organização do evento.

Dr Marcelo Santana exaltou a atividade policial e reconheceu o profissionalismo demonstrado pelos policiais e guardas municipais na resolução da crise gerada durante o assalto à Agência dos Correios naquele fatídico dia.

Major Ricardo – Comandante do 19º BPM de Pedreiras – MA/Foto: Assessoria da PM de Lago da Pedra

O Comandante do 19º BPM de Pedreiras, Major Ricardo, fez a leitura da nota de elogio emitida pelo Comando do 19° Batalhão e direcionada aos PMs que foram homenageados. A solenidade, que foi aberta ao público, contou ainda com as presenças de várias autoridades: Rodrigo Neto (vice prefeito de Lago da Pedra), Walman Oliveira (secretário de segurança pública do município), vereador Sales, GCM Rogério Vieira (sub secretario de segurança pública) além de Guarda Municipais, agentes de trânsito, Policiais Militares lotados em Lago da Pedra e região, bem como representantes da sociedade civil em geral.

Foto: Assessoria da PM de Lago da Pedra – MA

Após a solenidade, as guarnições da PM e GM dirigiram-se a uma pizzaria da cidade onde foi servido um rodízio de pizzas em ato de confraternização pelo sucesso da ação policial.

Foto: Assessoria da PM de Lago da Pedra – MA

Pedreiras: Polícia Militar recupera motocicleta que foi tomada de assalto no Maria Rita

Foto: Polícia Militar de Pedreiras – MA

Segundo informações do comandante do 19º BPM de Pedreiras, Major Ricardo, o veículo foi encontrado no local identificado como “Pau Gelado”, nas proximidades do bairro Matadouro, em Pedreiras.

O caso

Um casal de namorados estava tomando banho no açude que fica localizado no final do bairro Maria Rita, na noite de ontem (24), por volta das 21:00h, quando foi surpreendido por dois elementos. Eles pediram a chave da motocicleta, e, segundo a jovem, a todo instante ela e o namorado foram ameaçados por um dos bandidos que segurava algo como se fosse uma arma de fogo.

Os assaltantes ainda não foram identificados, mas segundo o Major Ricardo, eles já estão sendo monitorados.

Pedreiras: Suspeitos de assaltos foram preso pela Polícia Civil

Loirinho e Neném – Suspeitos/Foto: Polícia Civil de Pedreiras – MA

A Polícia Civil do Estado do Maranhão, através da 14ª Delegacia Regional de Pedreiras/MA, prendeu em flagrante delito Carlos Henrique Moreira Silva, conhecido como “NENÉM”, e Marcílio Borba Moita, conhecido como “LOIRINHO” ou “LÉO”, pela prática do crime de roubo majorado ocorrido no Bairro Seringal, na cidade de Pedreiras/MA, durante a madrugada do dia (24), de onde teriam subtraído das vítimas um aparelho Iphone e um LG k10.

Após a condução pela Polícia Militar de suspeitos pela prática do crime de receptação, a Polícia Civil iniciou a investigação e conseguiu produzir elementos informativos em desfavor dos indivíduos que de fato praticaram o crime de roubo majorado.

Diligências foram empreendidas pela Polícia Civil e ontem, (24), por volta das 16 horas, os dois suspeitos do roubo foram presos, autuados em flagrante delito e encaminhados para a Unidade Prisional Regional de Pedreiras/MA, local onde estarão à disposição do Poder Judiciário.

Pedreiras: Suspeito de assaltos confessa crime e diz que teve a participação de outros comparsas

Daniel, sendo conduzido pelos Policiais Militares/Foto: Sandro Vagner

Desde ontem (24), que a Polícia Militar, ao comando do Major Ricardo, está nas ruas para prender os suspeitos de terem participado de vários assaltos, que chegou a ser considerado um arrastão, no bairro Pão de Açúcar, em Pedreiras. Um suspeito foi preso, mas Daniel negou participação do comparsa nos crimes, identificou outro elemento, que vamos manter o nome em sigilo, para não atrapalhar as investigações.

Daniel – Suspeito/Foto: Sandro Vagner

Daniel, que completa 18 anos hoje (25), confessou aos policiais que teve sim, participação nos assaltos, ele e o outro criminoso estavam usando revólveres e teriam tomado de assalto três celulares, que foram repassados a uma receptadora, que foi detida, e levou os PMs ao local onde os aparelhos estavam guardados. Daniel confirmou a participação de outros elementos no crime, que ficaram na entrada do morro, dando cobertura.

O suspeito também disse aos policiais quem são os donos das armas usadas nos assaltos. Todos estão sendo procurados pela Polícia Militar. 

Major Ricardo – Comandante do 19º BPM de Pedreiras/Foto: Reprodução vídeo (Sandro Vagner)

Nós temos mais cinco pessoas envolvidas, de forma direta e indireta, no roubo de ontem. Estamos dando prioridade nesse momento a esse crime, para que não vire uma prática, como acontecia antigamente, pode acontecer, mas de forma pontual, mas a Polícia vai dar resposta, tanto a Militar, como a Polícia Civil.” Disse o Comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar de Pedreiras, Major Ricardo.

O suspeito foi encaminhado para a 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Pedreiras.

Brasília: PF ouve suspeitos de invadir telefone celular de Moro

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) começou a ouvir hoje (24) os depoimentos de quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Suspeitos de divulgar parte das comunicações do ministro com procuradores da República que integram a força-tarefa Lava Jato, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto foram detidos ontem (23) em caráter temporário e prestam depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Segundo a PF, os quatro são investigados pela suposta prática de crimes cibernéticos e foram detidos nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto. Além dos quatro mandados de prisão temporária, também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. Segundo Ariovaldo Moreira, advogado do casal Gustavo e Suellen, seus clientes foram detidos em São Paulo, de onde foram transferidos para a capital federal, onde passaram a noite em uma sala de delegacia no Aeroporto Juscelino Kubitschek.

Mensagens

Para o defensor, Gustavo foi detido por ser amigo de Walter. “Estou presumindo que a Suelen está presa por ser companheira do Gustavo. E que ele está aqui por ter certa relação de amizade com o Walter”, disse Moreira, revelando que Gustavo confirmou ter recebido de Walter, pelas redes sociais, imagens de uma suposta mensagem enviada pelo então juiz federal Sergio Moro a outras autoridades públicas.

“Segundo Gustavo, Walter mostrou a ele algumas interceptações de uma autoridade há algum tempo. Essa autoridade era o hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas Gustavo negou qualquer envolvimento com a interceptação dessas mensagens. E, inclusive, chegou a alertar Walter que aquilo lhe causaria problemas”, declarou o advogado, acrescentando que Gustavo não se recorda da data exata em que Walter lhe enviou cópia das mensagens.

Ainda segundo o defensor, seu cliente não denunciou o amigo pela relação de amizade que os dois mantinham, mesmo que, segundo Gustavo, não se vejam há muito tempo.

Ainda de acordo com Moreira, na breve conversa que tiveram na delegacia da PF no Aeroporto Juscelino Kubitschek, Gustavo comentou que o quarto suspeito, Danilo Cristiano, também foi envolvido na investigação devido a laços de amizade com Walter. “O Gustavo disse que, com certeza, o rapaz caiu de alegre, tal como ele mesmo. Esses foram os termos que ele usou”, comentou o advogado, afirmando que seu cliente conhece Danilo “de vista”.

Os quatro mandados de prisão temporária e os sete de busca e apreensão foram emitidos pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. Em sua decisão, o magistrado aponta que, ao pedir autorização para cumprir os mandados, a PF indicou, entre outras coisas, que, entre 18 de abril e 29 de junho, Gustavo movimentou em sua conta bancária R$ 424 mil. Suelen, por sua vez, movimentou pouco mais de R$ 203 mil entre 7 de março e 29 de maio. Ainda segundo a PF, Gustavo, um DJ de 28 anos, informou ao banco em que tem conta que seu rendimento mensal é da ordem de R$ 2.866. Suelen informou ganhar, mensalmente, cerca de R$ 2.192.

“Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos”, concluiu o juiz federal ao autorizar a quebra do sigilo bancário dos quatro suspeitos de integrar organização criminosa e invadir os celulares não só de Moro, mas também do desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região; do juiz federal Flávio Lucas, da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e dos delegados federais Rafael Fernandes e Flávio Vieitez.

Na casa de Gustavo, foram apreendidos R$ 100 mil que, segundo o advogado, seriam usados para a compra de bitcoins. “Ele garante ter como comprovar a origem do dinheiro apreendido”.

Vazamento

A suspeita de invasão do celular do ministro da Justiça e Segurança Pública quando ele ainda era juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por julgar os processos envolvendo réus da Operação Lava Jato, foi tornada pública pelo próprio ministério no começo de junho. Na ocasião, a pasta informou que hackers tinham tentado invadir o telefone celular de Moro. O ministro só percebeu o que foi inicialmente classificado como uma mera tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Após a chamada, ele recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que garante que já não usava há cerca de dois anos. Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a PF.

Dias depois, trechos de supostas mensagens que o ministro teria trocado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), passaram a ser divulgados por veículos de imprensa, principalmente, pelo site The Intercept Brasil, que informou que os arquivos foram entregues por uma fonte anônima. O veículo afirma que decidiu tornar pública parte do conteúdo, tendo-o checado e confirmado a veracidade, por concluir tratar-se de assunto de interesse público.

Hoje, em sua conta na rede social Twitter, o editor-chefe do Intercept, o jornalista Gleen Greenwald, publicou uma série de comentários questionando a rapidez com que a Polícia Federal, que é subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, conseguiu localizar os suspeitos de invadir o telefone celular do ministro. Gleen também lembrou que, nas últimas décadas, algumas reportagens marcantes sobre fatos políticos foram realizadas a partir do vazamento de informações.

“O jornalismo mais importante nas últimas décadas foi feito com fontes que obtiveram provas de corrupção sem autorização: os Papéis do Pentágono, Watergate, abusos da Guerra ao Terror, espionagem da NSA”, escreveu Greenwald, antes de republicar uma mensagem que propõe que, mesmo a invasão de celular sendo um crime que precisa ser investigado e punido, “nada diminui o interesse público nas revelações” do conteúdo das supostas conversas entre Moro e os procuradores da Lava Jato.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br