A Escola Superior da Magistratura (ESMAM) comunica aos candidatos ao processo seletivo destinado ao provimento de 15 (quinze) vagas para estágio remunerado de estudantes de nível médio, no Poder Judiciário do Estado do Maranhão (TJMA), que houve retificação do Edital 001/2019.
O Edital de Retificação 001/2019 estabelece que para finalizar suas inscrições TODOS os previamente inscritos devem comprovar estar matriculados e cursando o Ensino Médio – condição indispensável para participação no processo seletivo.
COMPROVAÇÃO
Para comprovação deste requisito, é necessário apresentar declaração original, expedida pela instituição em que estejam regularmente matriculados e cópias dos documentos pessoais (RG e CPF), a serem entregues na sede da Escola Superior da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM), situada à Rua Búzios s/n – Calhau, em São Luís, MA; impreterivelmente, no período de 15 a 22 de janeiro de 2019, no horário das 9h às 12h e das 14h às 17h, sob pena de terem canceladas as respectivas inscrições.
O documento enfatiza que o candidato que fizer qualquer declaração falsa, inexata, ou que não satisfaça às exigências do Edital 001/2019, terá sua inscrição cancelada e serão anulados todos os atos dela decorrentes, mesmo que seja aprovado e que o fato seja constatado posteriormente.
O SELETIVO
São oferecidas 15 vagas para estudantes com idade mínima de 14 anos, que estejam cursando entre o 1º e 3º ano do Ensino Médio. Do total de vagas, duas são destinadas a pessoas negras e uma para pessoas com deficiência.
O processo seletivo será realizado em etapa única, com aplicação de uma prova objetiva, a ser aplicada no dia 3 de fevereiro de 2019, contendo 50 questões objetivas de múltipla escolha, baseada em conteúdo programático de Língua Portuguesa, Noções Gerais de Informática e Matemática, disponibilizado no edital.
O local de aplicação da prova será divulgado no site da ESMAM com cinco dias de antecedência de sua realização. Mais informações sobre o processo seletivo para estágio remunerado do Tribunal de Justiça do Maranhão podem ser obtidas pelo telefone (98) 3227 8087 e 3235 3231.
No último dia 4, Bolsonaro (à esq.) confirmou que havia assinado decreto que elevava IOF; horas Onyx Lorenzotti (à dir.) disse que o presidente tinha se equivocado – Evaristo Sá-7.jan.18/AFP
O governo quer travar a concessão de novos incentivos fiscais para empresas que se instalarem nas regiões Norte e Nordeste. A equipe econômica vai explorar uma brecha na lei para driblar o aumento de custos com a prorrogação desse programa.
Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha sancionado o projeto que estendeu até 2023 a oferta dos benefícios, auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, dizem que não devem abrir espaço orçamentário para cobrir projetos apresentados neste ano.
Na prática, a ideia é manter os benefícios já concedidos para as áreas da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), mas frear novas adesões.
A manobra deve ter o aval do TCU (Tribunal de Contas da União). Ministros do órgão já sinalizaram à equipe do Ministério da Economia que concordam com o plano.
Um decreto editado no dia 4 de janeiro abriu caminho para o bloqueio de projetos futuros. O texto diz que incentivos fiscais propostos em 2019 só passam a valer se houver a implementação de medidas de compensação no Orçamento —e a equipe de Guedes diz que não planeja abrir espaço nas contas para acomodar mais benefícios.
Ao sancionar a prorrogação dos incentivos da Sudam e da Sudene, Bolsonaro chegou a estudar um aumento na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para cobrir a perda de receita. O governo desistiu por considerar a medida impopular.
Essa discussão provocou o primeiro grande desentendimento do novo mandato. No dia 4, o presidente anunciou que havia assinado a elevação do IOF para compensar os benefícios, mas foi desmentido pela própria equipe.
Integrantes do TCU que analisam o caso estão alinhados com a interpretação da equipe econômica. Para eles, a lei e o decreto que tratam do tema abrem margem para uma ampliação indesejada de custos.
Um ministro do TCU indicou a técnicos do Ministério da Economia que a trava a novos incentivos, mesmo que temporária, seria uma solução razoável e poderia contar com a anuência do órgão.
O TCU avalia pedir a criação de um grupo de trabalho que fixe critérios para a aprovação de benefícios futuros. Integrantes da corte consideram a lei vaga sobre limites orçamentários para o programa.
A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que a ampliação de incentivos seja incluída na previsão orçamentária ou esteja acompanhada de medidas que compensem a redução de receitas.
No caso dos benefícios da Sudam e da Sudene, estão estimados nas contas do governo R$ 755 milhões para 2019 e R$ 1,45 bilhão para 2020 referentes a projetos já aprovados. A lei que prorroga os incentivos não prevê medida compensatória para novos casos.
O freio planejado para projetos futuros é uma alternativa arriscada, uma vez que empresários podem acionar a Justiça para exigir equiparação com os benefícios concedidos anteriormente e previstos na legislação em vigor.
O governo pretende usar o entendimento do TCU e as restrições impostas pela LRF para adiar e evitar a ampliação das renúncias fiscais.
Técnicos que apoiam a prorrogação dos incentivos diziam que os novos projetos só teriam impacto no Orçamento em dois ou três anos, mas a área econômica discordou. Ao frear a concessão de benefícios futuros, quer anular ou postergar esse efeito fiscal.
A equipe econômica de Michel Temer (MDB) recomendava o veto à prorrogação dos incentivos para as áreas de atuação da Sudam e da Sudene. Um documento enviado pela Receita Federal ao Palácio do Planalto em 2018 afirmava que não havia recursos para novos projetos no Orçamento.
O então ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, estimava em R$ 3,5 bilhões por ano os custos com a ampliação.
Bolsonaro, entretanto, preferiu evitar um conflito com parlamentares do Norte e do Nordeste –que lideraram a aprovação do projeto que prorrogou os benefícios.
O presidente sancionou essa ampliação para se desviar de uma briga com deputados e senadores no momento em que o governo depende de uma boa relação com o Congresso para aprovar a reforma da Previdência.
A decisão se chocou com o discurso de corte de incentivos tributários proferido com ênfase pela nova equipe econômica. Guedes anunciou que haverá revisão de benefícios e, em seu discurso de posse, afirmou que o Estado não pode ser o “motor do crescimento”.
Na semana passada, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse a empresários que a discussão sobre subsídios está proibida.
“Quem gosta de ter que depender de uma proteção ou de um subsídio? Quem gosta? É uma dependência. Nós temos que liberar o setor produtivo”, afirmou.
Os incentivos oferecidos a projetos no Norte e no Nordeste dão uma redução de 75% de Imposto de Renda e adicionais sobre lucro a empresas que tenham projetos de instalação, ampliação ou modernização em setores prioritários.
Elas também podem pleitear até 50% dos valores depositados em IR para fazer investimentos em capital de giro e aquisição de máquinas e equipamentos.
A manutenção e a prorrogação de incentivos encontram um segundo obstáculo: Guedes também se opõe a aumentos de impostos que poderiam compensar a renúncia de receita com benefícios.
Na posse, ele declarou que a carga tributária ideal para o país é de 20% do PIB (Produto Interno Bruto). Hoje, é de 36%. “Acima de 20% é o quinto dos infernos. Tiradentes morreu por isso”, disse o ministro.
— Seguindo essa linha, já temos um suspeito. A Delegacia da área tem relatos de outros crimes na região com o mesmo tipo de abordagem e um homem portando fuzil, em que o objetivo é roubar carros. Ninguém mata com tantos tiros nos pneus — afirmou Antônio Ricardo, em referência a estimativa de seis a oito tiros que foram disparados pelos criminosos em direção ao carro da deputada e que atingiram a lataria e os dois pneus esquerdos do veículo.
Ainda segundo ele, já há uma ordem de prisão contra este suspeito, que seria da região do Complexo da Penha. A identificação não foi divulgada, para não atrapalhar o andamento do caso.
Antônio Ricardo Lima Nunes não descartou, porém, a possibilidade de um atentado.
— Foram recolhidos estojos de fuzil no local do crime e imagens de câmeras de segurança do local. Mas nesta segunda-feira, o carro da deputada passará por uma perícia complementar e vamos colher novas imagens com o comércio que fica ao redor da área da ocorrência. A análise de imagens é que vai apontar tudo com mais precisão.
Em depoimento mais cedo na Divisão de Homicídios, a deputada estadual Martha Rocha contou saber desde novembro ser um dos alvos de um grupo de milicianos que ameaçam autoridades do estado . Ela disse que, na ocasião, solicitou uma reunião com o presidente da Alerj, a qual foi acompanhada pelo presidente interino da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano. No encontro, foi oferecida uma escolta em seu favor, mas a deputada diz que negou o serviço, solicitando, então, análise de riscos sobre o caso. Martha Rocha devolveu o carro da Alerj que usava, comprando um veículo blindado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) pretende retomar o julgamento de casos polêmicos em 2019. Foram pautados para as sessões do primeiro semestre os processos que tratam da prisão após o fim dos recursos em segunda instância da Justiça, a criminalização da homofobia e a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.
A decisão de voltar a julgar processos polêmicos foi tomada pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, no fim do ano passado, após o período eleitoral. Toffoli tomou posse em setembro de 2018 e sucedeu a ministra Cármen Lúcia, que deixou os assuntos polêmicos fora da pauta.
Os trabalhos na Corte serão retomados no dia 1º de fevereiro, após o período de recesso, com uma sessão solene.
O ano no Judiciário também será marcado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de reconduzir ou não a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao cargo. Em setembro, Dodge terminará o mandato depois de anos no cargo.
Votação secreta
A primeira pauta polêmica que a Corte terá de enfrentar será a decisão definitiva, no dia 7 de fevereiro, sobre o sigilo das votações dos parlamentares na eleição para as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
No dia 9 de janeiro, Toffoli derrubou liminar proferida pelo ministro Marco Aurélio Mello. No dia 19 de dezembro, antes do início do recesso, Mello aceitou um mandado de segurança do senador Lasier Martins (PSD-RS) para determinar que a votação fosse feita de forma aberta.
Homofobia
Entre os processos que tiveram julgamento marcado, dessa vez para 13 de fevereiro, está também a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) na qual o PPS pede ao Supremo que declare o Congresso omisso por ainda não ter votado o projeto que criminaliza a homofobia.
Numa outra ação que será analisada em conjunto, um mandado de injunção, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), busca que o STF reconheça ser um crime específico de homofobia.
Segunda instância
Para 10 de abril, foi marcada a análise das três ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) que tratam do cumprimento imediato de pena após a confirmação de condenação em julgamento pela segunda instância da Justiça. O relator é o ministro Marco Aurélio, que já cobrou diversas vezes o debate em plenário.
O tema pode ter impacto sobre a situação de milhares de presos pelo país, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do tríplex do Guarujá (SP).
O entendimento atual do Supremo permite a prisão após condenação em segunda instância, mesmo que ainda seja possível recorrer a instâncias superiores, mas essa compreensão foi estabelecida em 2016 de modo liminar (provisório), com apertado placar de 6 a 5. Na ocasião, foi modificada jurisprudência em contrário que vinha desde 2009.
É possível que o quadro mude, uma vez que houve a substituição de um integrante do STF – Alexandre de Moraes entrou no lugar de Teori Zavascki (morto em 2017) – e porque alguns ministros já declararam ter mudado de posição, como Gilmar Mendes.
O plenário do STF não chegou a decidir em definitivo, numa ação de controle constitucional, sobre o mérito da questão. O assunto é polêmico no meio jurídico, sendo alvo de questionamento, por exemplo, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Porte de drogas
No dia 5 de junho está marcado o julgamento da descriminalização de usuário de drogas. O processo, um recurso especial com repercussão geral para todos os casos correlatos em tramitação na Justiça, coloca em discussão a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (11.343/2006), que prevê penas para quem “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo” drogas ilegais para consumo pessoal.
O assunto chegou a ser discutido em plenário, mas o julgamento encontra-se interrompido há mais de dois anos devido a um pedido de vista de Zavascki, antecessor de Alexandre de Moraes, que acabou herdando o processo.
O placar atual é 3 votos a 0 a favor da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Votaram até agora pela descriminalização o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, único a propor uma quantidade máxima de 25 gramas para o porte de maconha, especificamente.
O italiano Cesare Battisti dentro do avião que decolou da Bolívia com destino à Itália – Divulgação Polícia da Itália/Redes Sociais
O italiano Cesare Battisti, de 64 anos, já deixou a Bolívia em direção a Itália, onde vai cumprir pena de prisão perpétua. O avião partiu por volta das 19h (horário de Brasília) do Aeroporto Internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de La Sierra. A previsão é que ele chegue a Roma por volta das 13h30, no horário italiano.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele se diz inocente e que foi vítima de perseguição política. Ontem (12), foi preso em Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades da Bolívia.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, está no avião e postou fotos de Battisti na rede social Twitter. O condenado por terrorismo aparece com um cavanhaque, semelhante a um dos disfarces divulgados pela Polícia Federal brasileira.
O italiano passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, chegou ao Brasil, onde foi preso três anos depois. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição em uma decisão não vinculativa que deixava a palavra final ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último dia de seu segundo mandato, em 2010, Lula negou a extradição.
Em setembro de 2017, o governo italiano pediu ao ex-presidente Michel Temer a revisão da decisão sobre Battisti. No dia 13 de dezembro do ano passado, o ministro Luiz Fux determinou a prisão do ex-ativista. No dia seguinte, a extradição foi autorizada por Temer. Desde então, Battisti estava foragido.
Kamila Oliveira levou duas facadas de seu ex-marido, foi desenganada pelos médicos, mas sobreviveu: “Falei: para, eu tenho duas filhas para criar” Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
Um crime escandalizou ontem a pequena cidade de São Luís do Quitunde, no Norte de Alagoas. Osmar de Barros Portela, de 54 anos, matou a facadas a sua mulher, Rosineide Bernardes de Andrade, 55. Foi preso em flagrante. E Rosineide entrou no rol das vítimas de feminicídio. Já foram 50 casos (consumados ou não) registrados em 2019, quase cinco por dia.
O levantamento foi conduzido por Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela USP, com base no noticiário nacional. Em 2017, uma pesquisa realizada com a mesma metodologia apontou 2,59 ocorrências diárias.
Em 2018, a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180 registrou, em média, 586 denúncias mensais de tentativas de feminicídio. Em 2017, foram 229.
No Rio, entre janeiro e novembro do ano passado, foram registrados 62 feminicídios e 269 tentativas. Kamila Oliveira, de 30 anos, sobreviveu após levar oito facadas, a maioria na cabeça, de seu ex-marido, em setembro. Eles foram casados durante dez anos e estavam separados quando o crime ocorreu. Segundo a autônoma, ele já a havia ameaçado com uma faca e foi preso por três meses após agredi-la.
O crime foi em frente a sua casa, e a filha mais nova, de 6 anos, presenciou tudo. Os vizinhos, que ouviram os gritos da menina, ajudaram, e o agressor foi preso, depois de tentar fugir.
— Quando pedi a ele para parar de me esfaquear, falei, “para que eu tenho duas filhas para criar”. Ele dizia tanto que amava as filhas, mas não pensou nelas — desabafa Kamila. — A mulher se casa apaixonada, só que o agressor nunca vem como agressor. Vem como um homem apaixonado também e, na maioria dos casos, a vítima não sabia de seu histórico. Ele (ex-marido) começou a me agredir um ano depois de casado.
Desejo de dominação
Kamila ressalta que é um longo processo até que a mulher entenda que está passando por violência doméstica, que envolve questionamentos como “é pai dos meus filhos”, “meu marido”, “o que as pessoas vão dizer”. Agora, outras mulheres passaram a procurá-la para buscar conselhos.
Especialistas acreditam que a raiz do feminicídio é a ideia de domínio patriarcal, algo que sobreviveu ao acirramento de medidas punitivas, como a sanção da Lei Maria da Penha, em 2006.
— Há uma tentativa de combate à violência contra a mulher, mas vemos como esses casos ocorrem em cidades de todos os portes, com vítimas de vários perfis socioeconômicos e faixas etárias — destaca Nascimento.
A aposentada Maria de Lourdes Barbosa Rodrigues, de 44 anos, ainda não conseguiu aceitar a morte de sua filha, Maiana, de 20, e da neta, de apenas um mês de idade. Ambas foram assassinadas pelo ex-namorado da jovem, que foi preso e se matou dias depois, em Dourados (MS). Eles teriam brigado pouco antes do crime.
— Foi uma perda irreparável — lamenta Maria de Lourdes, que recorrerá a atendimento psicológico. — Agora mesmo vim do quarto dela, onde estão todas as suas coisas. Não consegui me desfazer de nada.
Membro da Coordenadoria de Mulher em Situação de Violência Doméstica do Rio e presidente do grupo de trabalho Feminicídio do TJ-RJ, a juíza Katerine Jatahy explica que, diferentemente dos homicídios contra homens, a imensa maioria dos crimes contra mulheres são cometidos em ambiente doméstico, ou por pessoas conhecidas, que tiveram uma relação íntima com a vítima, o que denota uma agressão motivada pelo desejo de dominação do sexo oposto.
— Sair do ciclo da violência é muito difícil, porque ela começa com sutilezas, implicâncias, até que o agressor vai e dá um tapa — explica Jatahy. — Muitas vezes, a mulher tem dependência financeira e psicológica do marido, ou já está com a autoestima muito baixa.
Segundo a advogada Leila Linhares, a partir da promulgação da lei do feminicídio, em 2015, os homicídios de mulheres passaram a ser investigados com maior rigor. Antes disso, os casos por motivação de gênero ficavam diluídos dentro em uma taxa geral de homicídios.
A obtenção de índices mais detalhados, porém, não é uma medida suficiente para combater o que define como comportamento misógino e violento arraigado há séculos:
— Percebemos que esses crimes acontecem quando essas mulheres não querem mais ficar em relações violentas — aponta Linhares, uma das autoras da Lei Maria da Penha e diretora da ONG Cepia. — Chega um momento em que ela consegue sair dessa relação, e o homem vai se vingar. São crimes de ódio. É achar que a mulher é um objeto deles (dos agressores). Então, a partir dessa ideia de posse, faz com ela o que bem entende e acha que isso está certo.
Professora da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP, Elaini Silva considera que encarar as tentativas de feminicídio como crimes passionais — ou seja, baseados na emoção — faz parte de uma “estratégia de não responsabilização dos acusados”.
— O número de casos de feminicídio no país demonstra que é claramente uma questão de violência estrutural — destaca Silva, que integra a Rede Feminista de Juristas. — Por isso, não podemos achar que propostas que foquem apenas no indivíduo, como o aumento da punição, serão capazes de reverter esse quadro. É preciso ir à raiz do problema: adotar políticas que reforcem em todos que as mulheres têm direitos.
Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem) e do Centro do Interesse Feminista e de Gênero — CIFG (UFMG), ressalta que se, de fato, for aprovada a liberação do porte de armas, os casos de violência vão “explodir”.
— O Estado tem o dever de garantir às cidadãs brasileiras, que pagam impostos e são a maioria, uma vida sem violência. É um direito humano fundamental e um direito constitucional. Mas estamos a milhões de anos luz distante de algo que chegue próximo a isso.
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou que o canal Ligue 180 é uma “política pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher em âmbito nacional e internacional”:
“Em 2018 foram registradas e encaminhadas 92.323 denúncias pelo Ligue 180. Após o recebimento das denúncias os encaminhamentos são feitos diretamente às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher – DEAM’s, de acordo com os respectivos tipos de violação e classificação das demandas, no intuito promover maior agilidade quanto à apuração das denúncias, sobretudo àquelas que necessitam de retorno imediato, como nos casos de violências mais graves e urgentes”.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fala à imprensa após reunião com secretariado no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul da capital fluminense. – Tomaz Silva/Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje (12) que as investigações dos homicídios da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do seu motorista Anderson Gomes, estão próximas de um desfecho. Ambos assassinados em 14 de março de 2018, na região central do Rio, quando o carro em que estavam foi alvejado por criminosos.
“Talvez isso aconteça até o final desse mês”, afirmou.
O governador ressaltou, no entanto, que não tem conhecimento de quem são as pessoas envolvidas. “Não tenho atribuição legal para olhar os autos, que estão sob sigilo”.
Witzel falou das investigações sobre a morte de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, durante entrevista à imprensa para explicar os ajustes na administração prisional e na área de segurança pública fluminense.
Entre os ajustes, estão a nomeação do coronel da Polícia Militar, Alexandre Azevedo de Jesus, para o comando da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) e a extinção da Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública.
O coronel Azevedo substitui André Caffaro de Andrade, que pediu exoneração 11 dias após a posse. André seria o primeiro servidor público de carreira da Seap a assumir o comando da secretaria, confirmando promessa de campanha de Witzel.
“O André é meu amigo. Ele estava muito motivado. Infelizmente, esta semana ele teve um problema pessoal que eu não posso aqui mencionar. Isso afetou muito a vida dele”, disse o governador. De acordo com Witzel, André continuará auxiliando a gestão da secretaria na medida de suas possibilidades.
Sobre a extinção da Secretaria Executiva do Conselho de Segurança Pública, anunciada apenas 11 dias após a sua criação. O governador explicou que a estrutura era prevista para durar seis meses e promover uma transição até que as novas secretarias da Polícia Militar e da Polícia Civil absorvessem todas as funções que eram desempenhadas pela extinta Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg).
Carga de material explosivo foi retirada do local em um caminhão do Exército — Foto: Melquíades Júnior/SVM
A Polícia Civil do Ceará apreendeu neste sábado (12) toneladas de explosivos que seriam utilizados em ataques criminosos no estado. Cinco suspeitos, todos membros de uma facção criminosa com atuação em todo o Brasil, foram presos no local onde o material foi achado, no Bairro Jangurussu, na periferia de Fortaleza.
Segundo a Polícia Civil, policiais cumpriam na manhã deste sábado mandados de prisão contra suspeitos de homicídio e de ataques ao patrimônio público. No local, a equipe de segurança obteve informações de que o bando escondia o material explosivo, obtido em um roubo em 21 de dezembro do ano passado.
A estimativa inicial é de que o depósito dos criminosos contém cerca de cinco toneladas de material utilizado para fazer dinamites, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. O material estava contida em embalagens com o símbolo de “explosivo” e o alerta de “perigo” em três idiomas. Um caminhão do Exército recolheu a carga.
Os policiais apreenderam também munição e um carregador de pistola.
Ainda conforme policiais civis, parte da carga já havia sido utilizada nos ataques que ocorrem há 11 dias no Ceará. Em alguns dos crimes, bandidos usaram explosivos em pontes, viadutos, delegacias, numa torre de telefonia e em uma torre de distribuição de energia elétrica.
Sequência de ataques
A onda de violência no estado chegou ao 11º dia seguido com 194 ataques confirmados em 43 municípios. Desde o início da sequência de crimes, 35 membros de facções criminosas foram transferidos para presídios federais, de acordo com o Ministério da Justiça.
Membros de facções rivais se uniram contra o governo após o secretário da Administração Penitenciária do Ceará, Mauro Albuquerque, anunciar mais rigor na fiscalização dos presídios.
O time da “Nação Pedreirense”, representando a cidade de Pedreiras na competição realizada em Codó, venceu seu primeiro adversário jogando no Estádio Municipal Renê Bayma. Segundo o professor Felipe, foi um jogo bastante disputado, mas os atletas desempenharam muito bem as funções dentro de campo, e conseguiram aplicar um bom placar, fruto de bons treinos.
A presença de olheiros do Santos F. C. e do Atlético Paranaense, parece incentivar ainda mais todos os participantes da competição.
Essa primeira vitória, por 3 x 1, contra o Porto Timbirense, com gols de Kerson, Léo e Ryan, foi o primeiro passo para enfrentar os próximos adversários, que não darão moleza. O próximo adversário será o dono da casa, Nação Pedreirense vai enfrentar um dos favoritos, a seleção de Codó.
Boa sorte aos nossos representantes.
Blogueiro com coração dividido entre Pedreiras e Codó!
O Instituto Federal do Maranhão (IFMA), por meio da Pró-Reitoria de Ensino, divulgou o resultado final do processo seletivo 2019 aos cursos técnicos de nível médio do IFMA. As matrículas dos candidatos selecionados serão efetuadas nos campi de oferta do curso no período de 14 a 24 de janeiro, nos respectivos setores de registro escolar. No ato da matrícula, o candidato deverá apresentar os documentos exigidos no edital.
Este ano, foram ofertadas 6.600 vagas distribuídas em 29 unidades da instituição. O IFMA tem vagas em três modalidades de curso: integrada (para quem quer fazer, ao mesmo tempo, o ensino médio e o curso técnico), concomitante (para os estudantes que estão cursando em 2018 a 1ª ou 2ª série do Ensino Médio em uma unidade de ensino em um turno e querem fazer o ensino técnico no IFMA no outro turno), e subsequente (para quem está concluindo em 2018 ou já concluiu o Ensino Médio).
As vagas ofertadas foram distribuídas em 29 campi do IFMA: Açailândia, Alcântara, Araioses, Bacabal, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriticupu, Carolina, Caxias, Codó, Coelho Neto, Grajaú, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Porto Franco, Rosário, Santa Inês, São José de Ribamar, São João dos Patos, São Luís – Centro Histórico, São Luís – Maracanã, São Luís – Monte Castelo, São Raimundo das Mangabeiras, Timon, Viana e Zé Doca.