Em algumas Sessões foram registradas pelo Blog a tranquilidade dos mesários, que confirmaram um trabalho sem qualquer alteração. Poucas filas, e, em outras Sessões, fila de jeito nenhum. Para alguns fiscais, isso pode refletir em um grande número de abstenção nestas eleições em Pedreiras.
Segurança no Corrêa de Araújo/Foto: Sandro Vagner
O trabalho de segurança realizado pela Policia Militar não teve nenhum registro de baderna, compra de votos ou outro tipo de expediente durante a manhã.
No Colégio Corrêa de Araújo, onde se concentra um grande número de eleitores, 3.139, o movimento também é considerado normal, podendo ser alterado a partir das 16h.
No maior colégio eleitoral, Newton Belo, com 2.520 eleitores, que está funcionando na Casa Paraquial de Santo Antônio de Pádua, as filas se formaram em quase todas as Sessões.
Votação em Trizidela do Vale/Foto: Sandro Vagner
Alguns eleitores estavam reclamando da demora na hora de votar e do calor no local.
Segurança em Trizidela do Vale/Foto: Sandro Vagner
A Polícia Militar, que mantém a ordem, até o fechamento da matéria, disse que não foi registrada nenhuma ocorrência.
Atenção senhores e senhoras fiscais que irão trabalhar nas eleições desse domingo. O Juiz plantonista Itaércio Paulino da Silva, do Estado do Maranhão, defere parcialmente pedido de liminar para retirada da foto, número e nomes, da capa e contracapa dos manuais de fiscalizações.
Pesquisa CNT/MDA, divulgada neste sábado (6) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), confirma a tendência de crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) e de um segundo turno entre o capitão reformado e Fernando Haddad (PT).
Bolsonaro apareceu com 42,6% das intenções de votos válidos na pesquisa estimulada e Haddad, com 27,8%.
Ciro Gomes (PDT) registrou 11,5% e Geraldo Alckmin (PDT) 6,7%.
Na sequência, vêm João Amoêdo (NOVO) com 2,7%, Marina Silva (Rede) com 2,6%, Alvaro Dias (Podemos) com 2%, Henrique Meirelles (MDB) com 1,9%, Cabo Daciolo (Patriota), 1,5%.
Os demais candidatos não chegaram a 1%. Brancos e nulos são 7,8% e os indecisos, 6%.
A pesquisa foi realizada entre quinta (4) e sexta-feira (5), com 2.002 entrevistados em 137 municípios de 25 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A sondagem está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o número BR-04819/2018.
Bolsonaro cresceu 7,3 pontos, considerando os votos válidos, em relação à pesquisa anterior do instituto, de feita entre 27 e 28 de setembro. Haddad perdeu 3,7 pontos, em comparação com a sondagem anterior.
Em simulação de segundo turno, Jair Bolsonaro venceria Fernando Haddad por 45,2% a 38,7%.
O capitão reformado também derrotaria Alckmin, por 43,3% a 33,5%, mas aparece em situação de empate técnico num confronto com Ciro Gomes: 41,9% para Bolsonaro e 41,2% para o ex-governador cearense.
Segundo a pesquisa CNT/MDA, a rejeição de Haddad ultrapassou a de Bolsonaro. O petista não teria o boto de 53,2% dos eleitores e Bolsonaro, de 50,2%.
Montserrat Caballé era considerada a melhor soprano do século 20 – Alejandro García/Reuters/Direitos Reservados
Aos 85 anos, morreu hoje (6), em Barcelona, a soprano espanhola Montserrat Caballé. Ela estava internada, no Hospital Sant Pau, desde o mês passado em decorrência de uma doença crônica, não revelada.
O corpo da cantora será velado amanhã (7) e enterrada segunda-feira (8), em Barcelona.
Considerada por muitos críticos como a melhor soprano do século 20, Montserrat Caballé apresentou-se em diversos palcos mundo interpretando obras como La Serva Padrona, de Pergolesi; Così Fan Tutte, de Mozart; Norma e I Puritani, de Bellini.
Em seu repertório também se destacaram Il Trovatore, La Traviata, Um Ballo in Maschera e Aida, todas de Giuseppe Verdi.
A artista também interpretou as heroínas Isolda e Sieglinde, de Wagner, assim como as de quatro obras de Giacomo Puccini: Tosca, La Bohème, Madame Butterfly e Turandot.
Montserrat Caballé conquistou um prêmio Grammy e foi agracia com o Príncipe de Astúrias das Artes em 1991, a mais alta distinção concedida na Espanha.
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (5) orientar a Justiça Eleitoral a liberar o uso de camisetas de candidatos pelos eleitores nos locais de votação neste domingo (7), primeiro turno das eleições.
Conforme a decisão, o eleitor poderá usar camiseta com nome de seu candidato preferido, mas como forma de manifestação individual, sem fazer propaganda eleitoral a favor dele.
De acordo com a lei eleitoral, está proibida a aglomeração de pessoas com vestuário padronizado, além de manifestações coletivas e ruidosas e qualquer tipo de abordagem, aliciamento ou persuasão de eleitores. A camiseta não pode ser distribuída pelo candidato.
A questão foi decidida a partir de um questionamento do Ministério Público Eleitoral (MPE) diante de divergências criadas na atuação de promotores eleitorais em todo país, responsáveis pela fiscalização de propaganda eleitoral irregular.
Em todo o país, ambulantes aproveitaram o engajamento dos eleitores no pleito para comercializar camisetas de candidatos.
De acordo com o MPE, a lei eleitoral proíbe a distribuição de material de campanha no dia da eleição, como adesivos, broches, adesivos, mas a norma é omissa sobre o vestuário do eleitor.
Neste domingo (7), os eleitores votam, em primeiro turno, para presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. O segundo turno será no dia 28 deste mês.
Cenário mostra que eleição no Maranhão poderá terminar no primeiro turno no próximo dia 7 de outubro (Foto:arte / Paulo Soares)
O Instituto Ibope divulgou ontem mais uma rodada de números sobre a corrida sucessória no Maranhão. Contratada pela TV Mirante, a pesquisa foi ao ar no JMTV 2ª edição e aponta liderança do governador Flávio Dino (PCdoB) a três dias da eleição, com 56% das intenções de voto. Em votos válidos, o comunista vai a 59%.
Em segundo lugar aparece a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), com 30% – 32% dos válidos. Maura Jorge, do PSL, segue em terceiro, com 4%; e o senador Roberto Rocha (PSDB) em quarto, com 2%.
Ramon Zapata (PSTU) e Odívio Neto (PSOL) têm 1% cada. 4% declararam votar em branco, ou nulo, e outros 2% ainda não decidiram em quem votar.
Senado
Na disputa pelo Senado, o deputado federal Weverton Rocha (PDT) agora tem 35% das intenções de voto totais, seguido pela também deputada federal Eliziane Gama (PPS), com 34%.
O deputado federal Sarney Filho (PV) aparece na sequência, com 25%, e o senador Edison Lobão (MDB) tem 23% de Lobão.
O deputado federal José Reinaldo Tavares (PSDB) aparece com 10%, seguido pelo também candidato tucano Alexandre Almeida, com 5%. Saulo Pinto (PSOL) tem 4%; Samoel de Itapecuru (PSL), 3%; Preta Lu e Saulo Arcangeli, ambos do PSTU, têm 2% cada; e Iego Bruno (PSOL), 1%.
Se considerados apenas os votos válidos, Weverton e Eliziane ficam com 24%; Sarney Filho tem 17% e Lobão, 16%. O Ibope ouviu 1.008 eleitores, entre os dias 2 e 4 de outubro. A pesquisa foi registrada sob o número MA-07570/2018, com margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95%.
Os líderes da corrida eleitoral, segundo o Datafolha, Jair Bolsonaro (esq.) e Fernando Haddad – Paulo Whitaker – 17.ago.2018 – Nacho Doce – 26.set.2018/Reuters
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os concorrentes na disputa pelo Palácio do Planalto, aponta pesquisa do Datafolha.
Ele tem agora 39% dos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, estando a 11 pontos percentuais do patamar para a vitória no primeiro turno, faltando três dias para o primeiro turno da eleição.
O petista Fernando Haddad manteve-se estável na segunda posição isolada, com 25% dos votos válidos. Ele está empatado com Bolsonaro na simulação de segundo turno.
No pelotão inferior, se mantiveram estáveis Ciro Gomes (PDT), com 13% dos válidos, e Geraldo Alckmin (PSDB), que registrou 9%.
O Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 cidades do país na quarta e nesta quinta (4). A margem de erro do levantamento, contratado pela Folha e pela TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Quando analisada a evolução em votos totais, Bolsonaro foi o único que oscilou acima da margem de erro, confirmando o espraiamento de seu voto em diversos segmentos —se a onda será suficiente para os 50% mais um voto necessários para a vitória no domingo, é incerto.
Ele subiu de 32% para 35% desde o levantamento divulgado na terça (2). A curva já vinha ascendente: na semana passada, ele tinha 28% dos votos totais entre 26 e 28 de setembro.
Agora, oscilou um ponto para cima, atingindo 28% dos votos totais no segmento feminino. Entre homens, cresceu quatro pontos de terça para cá, atingindo 42%.
Seu melhor desempenho foi entre os mais ricos, onde subiu nove pontos e chegou a 53% dos votos totais. Aqui, Alckmin teve uma sangria de quatro pontos, sugerindo uma adesão dos tucanos a um voto antipetista. Nos outros estratos de renda, houve estabilidade.
Regionalmente, Bolsonaro subiu três pontos no populoso Sudeste, chegando a 39% totais, contra 16% de Haddad. Cresceu mais ainda no Norte (cinco pontos) e Centro-Oeste (quatro pontos).
Ciro e Alckmin mantiveram suas posições da terça, empatados tecnicamente. O pedetista segue com 11% dos votos totais e o tucano, mesmo dispondo da maior artilharia de tempo no horário gratuito, segue estagnado: oscilou negativamente de 9% para 8%.
Marina Silva (Rede) encabeça o bloco final com 4%, empatada tecnicamente com João Amoêdo (Novo, 3%), Alvaro Dias (Podemos, 2%), Henrique Meirelles (MDB, 2%) e Cabo Daciolo (Patriota, 1%). No limite da margem de erro, Marina e Alckmin empatam com 6%.
Nas simulações de segundo turno, o fator rejeição é central. Aqui, tanto Bolsonaro quanto Haddad, os candidatos mais competitivos para chegar lá, mantiveram altos índices estáveis nesta semana.
O deputado segue rejeitado por 45% e o ex-prefeito paulistano oscilou de 41% para 40% o índice daqueles que não votam nele de jeito nenhum. Exemplificando a polarização da disputa, seus eleitores são os mais convictos hoje: 86% dos bolsonaristas e 83% dos pró-Haddad dizem estar certos do voto.
Num hipotético segundo turno com Haddad, Bolsonaro empata tecnicamente com o petista. Manteve os 44% que tinha na terça, enquanto o adversário oscilou positivamente um ponto, para 43%. Segue perdendo para Ciro (42% a 48%) e empata na margem com Alckmin (42% a 43%).
Bolsonaro tem sua maior rejeição entre mulheres (50%), mais jovens (50%) e mais pobres (52%). Haddad, entre mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais, 66%, e entre 5 e 10 salários, 58%) e escolarizados (57%).
Na manhã desta quinta-feira (04), aconteceu uma reunião que contou com as presenças do Promotor de Justiça, José Carlos (9ª zona eleitoral); Drª Ana Gabriela Ewerton (Juíza eleitoral 9ª zona eleitoral); candidatos, representantes de partidos, Polícia Militar e a imprensa, que informou o que pode e o que não pode, a partir de hoje (04), até o dia das Eleições (07).
Foto: Sandro Vagner
Com a colaboração dos servidores do Cartório Eleitoral, o Promotor de Justiça, José Carlos, através de um slide, levou ao conhecimento de todos o que pode acontecer com quem desobedecer as determinações da Justiça Eleitoral. Tirou dúvidas e destacou a importância de cada um em ser um fiscal, para evitar constrangimentos nessas eleições.
Ana Gabriela – Juíza eleitoral da 9ª zona/Foto: Sandro Vagner
A Juíza Eleitoral da 9ª Zona Eleitoral, Drª Ana Gabriela Ewerton, avaliou de forma positiva a reunião. Disse que o objetivo é esclarecer as dúvidas para que as eleições transcorram da forma mais tranquila possível e que as incidências sejam mínimas. Foi taxativa em dizer que, o bom mesmo é que não tenha nenhuma incidência.
José Carlos Faria – Promotor de Justiça da 9º zona eleitoral de Pedreiras- MA/Foto: Sandro Vagner
Dr. José Carlos, Promotor de Justiça, informou que o idoso pode ir votar, pode até levar uma “cola” para votar. Lembrou que as pessoas que devem ter um acompanhamento, são aquelas que tenham qualquer dificuldade motora. Lembrou, ainda, que não será permitido ninguém com celular ou outro tipo de aparelho para filmar ou tirar voto, no momento da votação.
Fotos: Sandro Vagner
Fique por dentro e veja na íntegra o que pode e o que não pode, nesses últimos dias que antecedem as eleições e no dia de votação.
Desembargadores participaram da solenidade de abertura das palestras (Foto: Ribamar Pinheiro)
O Tribunal de Justiça do Maranhão – por intermédio da Divisão Médica e da Diretoria de Recursos Humanos – promoveu, nesta quinta-feira (4), duas palestras sobre a prevenção contra o câncer de mama.
O evento – que faz parte da programação da campanha ‘Outubro Rosa’ – foi aberto pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Joaquim Figueiredo, na presença da presidente da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJMA, desembargadora Cleonice Freire, e do presidente do Comitê Estadual de Saúde, desembargador João Santana.
O presidente do TJMA considerou importante a iniciativa, por ser uma oportunidade para os servidores terem mais acesso às informações sobre o câncer de mama.
“O Poder Judiciário está engajado nessa causa. É muito importante promover encontros que abordem essa temática. Muitas vezes temos uma noção muito genérica sobre o câncer, e agora temos a oportunidade de conhecê-lo e tomar melhores precauções”, afirmou o desembargador Joaquim Figueiredo.
As palestras foram proferidas pela psicóloga Caroline Freire, e pela médica Giovana Costa Borba, que falaram, respectivamente, sobre “Aspectos psicológicos da pessoa com câncer de mama: um novo desafio” e “Prevenção do câncer de mama”.
Durante o evento, servidoras do TJMA puderam entender um pouco mais sobre a campanha os sintomas, os fatores de risco e as maneiras de detectar e prevenir a doença, assim como saber os reflexos psicológicos que atuam diretamente nas pessoas quando elas são obrigadas a aprender a conviver com o câncer e o equilíbrio emocional que devem manter para fazer o tratamento.
Jovem deve ser enterrada ainda nesta quinta-feira em São Roque — Foto: Facebook/Reprodução
Ainda sem entender a tragédia que se abateu sobre sua família, Tamires Tanzi, mãe da adolescente de 13 anos morta a facadas pelo pai, pede justiça e espera que o ex-companheiro seja encontrado e preso. “Ele não pode ficar impune de novo, não. Matar a própria filha? Isso não se faz”, desabafa.
Letícia Tanzi Lucas foi morta na madrugada de quarta-feira (3), em São Roque (SP). O pai, Horácio Nazareno Lucas, de 28 anos, está desaparecido desde o crime. Ele haiva deixado a prisão horas antes. O homem foi preso em junho deste ano por um mandado expedido pela Justiça devido à condenação de oito anos por estupro contra a cunhada dele em 2010, que tem transtorno mental.
Enquanto esteve na cadeia, de junho até terça-feira (2), a família descobriu que ele também tinha abusado da filha em 2017.
Tamires contou à TV TEM que, quando o marido chegou à casa da família durante a madrugada, após deixar a penitenciária, arrombou uma porta e conseguiu entrar no imóvel, no entanto, não parecia representar uma ameaça naquele momento.
Mãe de adolescente morta pelo pai também foi agredida com soco no rosto — Foto: Reprodução/TV TEM
O ataque
Segundo a mãe, o homem chegou à residência com o objetivo de convencer a filha a retirar a denúncia de estupro.
Tamires diz que ele estava calmo, mas a situação mudou quando ele começou a pedir para a menina voltar atrás e ela se negou. “Ele queria que ela mentisse, que ela falasse que ele não tinha feito nada com ela. Nisso ele foi ficando nervoso.”
A primeira a ser agredida foi a mãe. Ela contou que escondeu o celular, mas o homem encontrou. “Ele estava atrás de mim, com medo que eu ligasse para a polícia. Ele ficou nervoso porque eu tinha escondido o celular e, quando encontrou, ficou mais nervoso ainda. Ele me grudou pela garganta e depois me deu um murro no nariz”, relembra.
Depois da agressão, a mãe conseguiu fugir de Horácio e correu para uma casa vizinha, onde pegou um telefone emprestado e chamou a polícia. Mas, nesse momento em que ela se ausentou, deixando a filha de 13 anos e o filho de 6 anos, o agressor partiu contra a menina e a esfaqueou. Antes disso, ele trancou o filho em um quarto.
Segundo a mãe, a criança ouviu a agressão contra a irmã. O menino conseguiu fugir por outra porta que tinha no quarto e que dava para a área externa da casa.
“Ele saiu e se deparou com a irmã em cima da cama. Ele saiu para a rua e encontrou a polícia, que já vinha subindo a rua. Foi ele que contou que a irmã estava ensanguentada em cima da cama que tem na sala. Eu cheguei depois e não me deixaram entrar.”
Tamires diz que, até então, não sabia o que havia acontecido. “Nem vi a minha filha ferida. Agora meu sentimento é de culpa porque se eu não tivesse saído correndo de lá…não sei. Na hora do nervosismo a reação da gente não se explica. A minha reação foi sair correndo para pedir ajuda”, conta.
Em entrevista ao G1 horas após o crime que chocou moradores no bairro Mailasqui, a tia de Letícia contou que tinha um relacionamento próximo da sobrinha e que em uma das conversas a jovem teria contado sobre as ameaças do pai.
Denúncias de estupros
A primeira denúncia registrada de violência sexual praticada por Horácio é datada de 21 de junho de 2010. Segundo o boletim de ocorrência, ele violentou a cunhada na frente de Letícia, que estava com 5 anos na época.
Tamires conta que viveu com Horácio durante 15 anos. Mesmo depois da denúncia e condenação dele pelo estupro da irmã dela, ela o perdoou. A prisão só ocorreu mais de sete anos depois da denúncia.
“Quando a polícia o prendeu fiquei até mal porque tinha passado tanto tempo já essa história. Mas, depois de um mês mais ou menos, eu descobri que ele estava abusando da minha filha, que era filha dele também”, destaca a mãe.
O abuso contra Letícia foi descoberto depois de denúncia anônima durante o período de prisão do suspeito.
Segundo a mãe, o caso foi levado diretamente ao Conselho Tutelar e a família passou a ser atendida.
“O Conselho Tutelar foi até a escola e lá ela contou tudo direitinho o que ele fazia. Ela tinha medo dele. Tinha medo de contar e ele fazer alguma coisa. Depois que fui chamada, fizemos a denúncia contra ele. Pensei que ele ia ficar um bom tempo lá. Continuei morando no mesmo lugar. Ele foi condenado, mas ficou quatro meses.”
Acompanhada pelo Conselho Tutelar
A família passou a ser acompanhada pelo Conselho Tutelar da cidade. Segundo um dos conselheiros que prestava atendimento à menina, ela sentiu-se à vontade para falar sobre as agressões sexuais que sofreu assim que o pai foi preso.
As agressões, segundo os relatos da vítima ao órgão, ocorreram mais de uma vez. Na época, a adolescente continuou morando com a mãe.