Brasília: ‘Aliança pode sair da mão de Vélez e ir para a gaveta’, diz Bolsonaro sobre possível demissão de ministro

Bolsonaro e Vélez Rodrígues, ministro da Educação indicado por Olavo de Carvalho Foto: Valter Campanato

Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro indicou que pode demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez , no início da próxima semana. Se a saída do ministro for confirmada, ele será o segundo exonerado por Bolsonaro desde a posse. Em fevereiro, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi o primeiro. 

— Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. É uma pessoa honrada, mas está faltando gestão. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para  a gaveta — disse o presidente, acrescentando que a decisão já está tomada.

Vélez, que está em Campos do Jordão (SP) para participar como palestrante de um fórum empresarial, afirmou que não pretende entregar o cargo .

O ministério de Vélez enfrenta uma crise desde o início do governo, comuma série de demissões e de problemas administrativos .

Em meio à disputa de poder dentro do Ministério da Educação (MEC), pelo menos 16 pessoas do alto escalão já foram demitidas desde janeiro. A crise emperra programas importantes da pasta, prejudicando o sistema educacional brasileiro.

Alguns dos demitidos eram ligados ao ideólogo da direita Olavo de Carvalho, no entanto, Bolsonaro negou que Carvalho tenha influência na pasta.

– Tem pouca gente do Olavo de Carvalho na Educação. Ele teve uns 8.000 alunos à distância – disse o presidente.

Entre as demissões que mais geraram polêmica, está a do dirigente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues. Ele chegou a dizer — após a exoneração — que Vélez Rodríguez é “gerencialmente incompetente” e “não tem controle emocional” para comandar o ministério .

Além das demissões, os primeiros três meses da gestão foram marcados por recuos e polêmicas, como o pedido para que as escolas filmassem os alunos cantando o hino e a decisão de adiar a avaliação da alfabetização.

Fonte: oglobo.globo.com

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