Brasília: Toffoli dá 15 dias a Weintraub para se explicar sobre ofensas contra UNE

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista à imprensa Foto: Jorge William / Agência O Globo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, notificou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para que preste esclarecimentos sobre ofensas à União Nacional dos Estudantes (UNE). Em sua decisão, Toffoli estabeleceu um prazo de 15 dias para que Weintraub se explique sobre suas afirmações em redes sociais e eventos a respeito da UNE.

A decisão foi uma resposta a uma interpelação judicial movida pela entidade no STF após diversos episódios nos quais Weintraub, segundo a UNE, demonstrou “postura notadamente agressiva contra entidades estudantis”.

A ação da UNE cita uma fala de Weintraub anunciando a data de lançamento da Identidade Estudantil pelo Ministério da Educação (MEC). Na ocasião, o ministro chamou a entidade de “máfia”:

“Por que algumas pessoas são contra a carteirinha digital? Porque a UNE ganha R$500 milhões por ano fazendo isso. A gente vai quebrar mais uma das máfias do Brasil, tirar R$500 milhões das mãos da tigrada da UNE.”

A entidade argumenta que a classificação da entidade como uma “máfia” é um “delito contra a honra”. No pedido à Corte, a UNE menciona ainda um episódio que ocorreu no dia do lançamento da Id Estudantil quando Weintraub publicou no Twitter ataques à entidade.

CONTINUA DEPOIS DOS COMERCIAIS

“Desespero da UNE! Fim da mamata! Mas, tenham compaixão. Enviem sugestões para a UNE sair dessa (comuna adora grana/vida fácil). Segue a minha: ARTESANATO. Grupos de trabalho (experiência nova) fariam cachimbos de epóxi decorados (duendes, dragões). Mas não podem testar antes”, dizia a publicação.

A ação da UNE cita também outros dois casos semelhantes de publicação de Weintraub no Twitter e declarações feitas pelo ministro em lives e eventos. “O Cenário ora traçado demonstra a evidente intenção do interpelado em, a todo custo, prejudicar não somente a instituição estudantil, mas também estigmatizar uma parcela dos estudantes universitários ao associá-los ao consumo de drogas”, diz o documento.

Fonte: oglobo.globo.com

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