Polícia prende três suspeitos de matar cantora do Kaoma no Rio de Janeiro

A cantora Loalwa Braz, do grupo Kaoma, foi encontrado carbonizada no Rio/Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Folhapress

A polícia prendeu nesta quinta-feira (19) três suspeitos de envolvimento na morte da cantora Loalwa Braz, do grupo de lambada Kaoma. Ela foi encontrada morta carbonizada, no início da manhã, dentro de seu carro, na estrada da Barreira, em Saquarema (RJ).

Segundo a polícia, Wallace de Paula Vieira, 23, se apresentou como testemunha à polícia afirmando ser funcionário da pousada da cantora. Num primeiro momento, ele disse ter presenciado quando bandidos entraram no local, roubaram objetos e sequestraram Loalwa. A história, porém, tinha contradições e ele acabou confessando o crime.

Investigações da polícia apontam que Vieira chegou à pousada Azur no fim da noite de quarta (18) com Gabriel Ferreira dos Santos, 21, e Lucas Silva de Lima, 18. Eles arrombaram a porta, imobilizaram a cantora e roubaram objetos de valor.

Divulgação/Polícia Civil

Loalwa teria resistido e entrado em luta corporal com os bandidos, que a agrediram com pauladas e facadas até que ela desmaiasse. Ela foi levada pelo trio durante a fuga, mas como o carro apresentou problemas, foi incendiada dentro do veículo.

Gabriel Ferreira dos Santos foi preso no centro do distrito de Bacaxá. Segundo a polícia, ele estava com o celular e o cartão bancário da vítima. Já Lucas Silva de Lima foi localizado em Guarani, também em Saquarema.

PLANOS

Loalwa tinha acabado de se curar de um câncer no ovário e se preparava para regravar os principais sucessos da banda de lambada Kaoma remixados em outros estilos musicais.

“Ela estava convidando vários artistas regionais para participar do projeto. A Gaby Amarantos, por exemplo, já tinha aceitado”, contou seu assessor. Em 2013, durante a Virada Cultural, Gaby e Loalwa dividiram o palco em um show no largo do Arouche, no centro de São Paulo.

Loalwa se apresentou pela última vez no Brasil em setembro de 2016 em Porto Seguro, dentro de um festival de lambada.

Fonte: Folha de são Paulo

CT do Fluminense é invadido por bandidos, que trocam tiros

Jogadores e funcionários do Fluminense reunidos no primeiro treino do novo CT tricolor – Nelson Perez/Divulgação Fluminense

O Centro de Treinamento do Fluminense, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foi invadido por homens armados na noite desta sexta-feira. Os bandidos renderam os seguranças do clube, que foram torturados. Depois trocaram tiros com a polícia no local, que recebeu há dois meses o primeiro treinamento do time profissional do Fluminense.

Foram três horas de terror. Na 32ªDP (Taquara), onde o caso foi registrado, as vítimas contaram que os bandidos estavam armados com pistolas e faca. Um dos seguranças, Aguilar de Jesus, teve o braço direito fraturado.

— Achei que a gente ia morrer. Bateram muito com chinelo, pedaço de madeira e nos amarraram. Ficamos muito machucados, ombros, costas, de tanto que bateram na gente. Além do meu braço fraturado.

O outro segurança, Marcos Rosa disse que foram salvos graças à ação dos PMs da UPP Cidade de Deus, que chegaram exatamente no momento em que os bandidos deram ordem de execução.

— Estávamos há três horas sofrendo tortura, agressiva e psicológica. Apanhamos muito. Ficamos amordaçados. Teve uma hora que eles atiraram perto da cabeça do meu amigo. Quando foi dada a ordem de execução, foi quando os PMs chegaram. Foi terror total — relatou Rosa, que também é pastor.

Ainda segundo ele, os bandidos diziam o tempo todo que queriam dinheiro e objetos como computadores e telas de televisão. Durante a ação, os criminosos disseram às vítimas que estavam escondidos numa região de mata próximo ao CT há dias, “esperando a oportunidade para render os seguranças”.

— Eles sabiam da nossa rotina.

Elenilson dos Santos Justen foi preso acusado de invadir CT do Fluminense – Divulgação

Pelo menos três homens participaram da ação. Elenilson dos Santos Justen, de 25 anos, foi preso. Os outros conseguiram fugir pelo mangue. De acordo com nota divulgada pelo clube, devido à presença de câmeras no CT, a polícia foi acionada rapidamente.

O clube informou ainda que nada foi levado do CT, que fica próximo à Cidade de Deus, comunidade que conviveu com vários tiroteios entre bandidos e policiais em novembro.

Confira a nota do clube:

“O Centro de Treinamento Pedro Antonio Ribeiro da Silva sofreu uma invasão no fim da tarde desta sexta-feira por bandidos armados – não foi possível precisar quantos eram. Eles renderam os dois seguranças que estavam no local e os agrediram. Como o CT é todo monitorado por câmeras, rapidamente a polícia foi acionada. Ao chegar no local, houve troca de tiros e um dos bandidos foi preso.

Os seguranças feridos foram levados ao Hospital Lourenço Jorge. Eles estão bem, fora de perigo. Nada de mais grave aconteceu. Os bandidos não conseguiram levar nada do CT. Todas as medidas estão sendo tomadas e o Fluminense conta com o apoio e todo o empenho do poder público para que incidentes como este não voltem mais a ocorrer”.

Fonte: o globo