As três últimas pesquisas de intenção de votos nas eleições de São Luís mostram uma forte disputa entre os três principais candidatos a prefeito – Eliziane Gama (PPS), Edivaldo Júnior (PDT) e Wellington do Curso (PP) – que torna quase impossível afirmar quais deles seguirão a um segundo turno, uma questão que parece já resolvida na disputa na capital maranhense.
Os números dos institutos Econométrica, Exata e Prever são praticamente idênticos para todos os candidatos, com diferenças mínimas entre um e outro. Apesar da posição nominal de cada um, é possível afirmar – aplicando os pontos das margens de erro de cada instituto – que tanto Eliziane quanto Edivaldo e Wellington podem estar em primeiro lugar; ou em terceiro, ficando fora da segunda rodada de votações.
A pesquisa Econométrica, divulgada por O Estado no final de semana dos dias 11 e 12 de junho aponta, no principal cenário, Eliziane Gama à frente, com 24,3% das intenções de voto, seguida por Edivaldo Júnior, com 20% e Wellington em terceiro lugar, com 16,9%.
Uma semana depois, a TV Guará divulgou pesquisa do Instituto Exata, que apontou, no principal cenário, empate rigoroso entre Eliziane Gama e Edivaldo Júnior, na casa dos 23%, com Wellington do Curso logo atrás, com 18%.
Esta semana foi a vez do Instituto Prever, cuja pesquisa foi divulgada pela TV Difusora e pelo blog do Neto Ferreira. Na metodologia do instituto, Eliziane aparece com 20,6%, Edivaldo com 19% e Wellington com 18,2%.
Margem de erro
A margem de erro das três pesquisas também é parecida. Apenas na pesquisa Exata, esta margem chega a 4 pontos percentuais. Significa que, qualquer um dos candidatos, pode ter membros quatro ou mais quatro em relação ao índice nominal divulgado.
Um exemplo: Eliziane Gama que registrou 23%, pode ter, na verdade, apenas 20%; ou pode estar com 27%. O mesmo vale para Edivaldo Júnior. No caso de Wellington, que registrou 18% das intenções de voto, pode ser que ele tenha apenas 15%; ou pode estar com 21%. Significa, portanto, num dos cruzamentos da margem de erro, que ele possa estar á frente, tanto de Edivaldo quanto de Eliziane Gama.
A mesma regra pode ser aplicada nos levantamentos da Econométricva, que registrou margem de erro de 3,1 pontos percentuais; e na pesquisa Prever, cuja margem de erro é, também de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
É diante deste quadro que se pode chegar à conclusão de que nenhum dos candidatos pode, hoje, considerar-se favorito na disputa. E qualquer um destes três, pode ficar fora de um eventual segundo turno. Este sim, já garantido em todos os levantamentos já realizados e registrados no Tribunal Regional Eleitoral.
O SOBE E DESCE DE CADA PESQUISA
Econométrica Índice nominal Margem para mais Margem para menos
Eliziane Gama 24,3% 27,4% 21,2%
Edivaldo Júnior 20% 23,1% 16,9%
Wellington 16,9% 20% 13,8%
Instituto Exata Índice nominal Margem para mais Margem para menos
Eliziane Gama 23% 27% 19%
Edivaldo Júnior 23% 27% 19%
Wellington 18% 22% 14%
Instituto Prever Índice nominal Margem para mais Margem para menos
Eliziane Gama 20,6% ¨23,7% 17,5%
Edivaldo Júnior 19% 22,1% 15,9%
Wellington 18,2% 21,3% 15,1%
Mais
Os números das pesquisas já registradas em São Luís também definem quem pode e quem já perdeu o timming para chegar ao mesmo patamar de disputa dos três principais candidatos. Neste time estão nomes como Rose Sales (PMB), Fábio Câmara (PMDB), Bentivi (PHS) e Eduardo Braide (PMN). De todos, o que mais apresentou potencial de alcançar os dois dígitos foi Braide, que, incluído em apenas duas pesquisas, já registrou índices de quase 5% nas intenções de voto. O parlamentar espera chegar aos índices registrados por Bira antes da propaganda na TV. Por quem entende ele, é a partir dali que as coisas começam a se reacomodar.
Votos de Castelo favorecem Wellington
Ausência do deputado federal tucano, que aparecia terceiro lugar, favoreceu o candidato do PP, que agora tem praticamente os seus índices.
A deputada Eliziane Gama comemorou fortemente a adesão do PSDB à sua candidatura, no mês de maio. Entendida a parlamentar que, sem a presença do deputado federal João Castelo, que polarizava a segunda colocação com o prefeito Edivaldo Júnior, na casa dos 17% de intenção de votos, iria favorecê-la a ponto de se distanciar ainda mais do adversário pedetista.
Os números das últimas três pesquisas registradas mostram o contrário: realizados já após a definição do PSDB pela candidatura de Eliziane, os levantamentos mostram que o principal beneficiário da saída de Castelo foi o deputado estadual Wellington do Curso.
Citado pela primeira vez em abril, em pesquisa do Instituto Escutec, também divulgada por O Estado, Wellington apareceu com mais de 8%, no mesmo patamar do ex-candidato Bira do Pindaré (PSB), num cenário em que Castelo tinha 12% e Eliziane Gama 26%.
Na primeira pesquisa sem Castelo, Wellington, a da Econométrica, Wellington chegou a quase 17%, enquanto que Eliziane caiu, ainda que de forma residual, para a casa dos 24%.
Aí vieram os levantamentos da Exata e da Prever, e consolidaram a presença de Wellington como principal adversário de Edivaldo Júnior pela segunda posição, substituindo João castelo.
A explicação estaria no fato de que os eleitores que optavam por Castelo – mesmo tendo ele deixado a prefeitura, em 2012, com alto índice de desgaste – estão naquela faixa que não querem nem Edivaldo e muito menos Eliziane.
Optaram então por uma terceira via sem tradição política, sem rejeição e com histórico de sucesso empresarial.
É possível que a ascensão de Wellington seja uma bolha, pronta para ser estourada durante a propaganda na TV, a partir de agosto. Mas pode ser que La se transforme em onda, levando o deputado a patamares ainda mais altos.
Resta aos demais candidatos tentar estourar a bolha ou barrar a onda, missões difíceis a esta altura da disputa.
Fonte: imirante.com.br