População cerca delegacia no interior do estado para impedir transferência de presa

População tenta invadir delegacia de Centro do Guilherme 
Tensão e nervos à flor da pele. A
revolta da população não é somente em São Luís, onde aconteceu, na semana
passada, um caso de linchamento e mais duas tentativas. No
interior do Maranhão, os populares também querem fazer “justiça com as próprias
mãos”, mas, desta vez, no sentido inverso. Na noite desta segunda-feira (13),
moradores da cidade de Centro do Guilherme, que a 448 km da capital, tentaram
invadir a delegacia do município para impedir a transferência de uma presa para
o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Eles alegam que ela é inocente.
Trata-se de uma mulher conhecida como Fátima do
Sapecado, acusada de ser cúmplice de abuso sexual contra suas próprias filhas
(uma de 9 e outra de 13 anos). Segundo os populares, Fátima não é culpada pelo
crime, que teria sido cometido pelo seu companheiro, que está foragido.
A população se dirigiu em massa para a porta da delegacia
quando soube da transferência da acusada. Eles se aglomeraram na frente do
local e deixaram os policiais acuados. Uma viatura foi danificada após várias
pessoas subirem no veículo. Por causa do tumulto, a transferência da presa, que
é uma ordem da comarca da cidade, não foi feita.
Um morador de Centro do Guilherme, que não quis se
identificar, entrou em contato com a redação de O Estado e afirmou que a
população está revoltada com a situação. Segundo ele, se Fátima do Sapecado for
transferida os populares vão depredar a delegacia. “A população não quer essa
transferência. Se ela [a presa Fátima do Sapecado] sair da cidade a delegacia
será invadida. Têm presos que estão aqui e nunca foram transferidos. Inclusive,
tem uma mulher presa nesta delegacia que matou a filha a mordidas e nunca foi
transferida para Pedrinhas”, disse o morador, que afirmou também que Fátima
está presa há quase dois anos.

A
assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou o
tumulto e informou que segue apurando os detalhes do que aconteceu na cidade.

fonte: imirante.com.br

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