
Na festa de aniversário de 40 anos do PT, neste sábado, na Fundição Progresso, na Lapa, os presidentes e líderes dos principais partidos de esquerda do país concordaram sobre a necessidade de união nas eleições municipais, mas evitaram se comprometer com nomes para as chapas. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Carlos Siqueira, presidente do PSB, Carlos Lupi, presidente do PDT, Manuela D’Avila, do PCdoB, e Marcelo Freixo, do PSOL, participaram de um debate sobre a situação do campo de esquerda na disputa pelas prefeituras este ano.
Gleisi afirmou que existe uma conversa avançada do PT com o PSOL e com outros partidos sobre alianças.
— Temos uma conversa aqui já avançada com o PSOL, com os setores progressistas da sociedade com o objetivo de fazer uma aliança, uma frente aqui para enfrentar tanto o governo do estado quanto o municipal e o federal. Obviamente que a gente vai ter as eleições que têm se caracterizado por esse processo de conversa inclusive de aliança eleitoral — afirmou a presidente do PT.
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Segundo Gleisi, a decisão do PT é de não formar alianças com partidos como DEM e PSDB, além daqueles que a sigla considera de extrema-direita. No entanto, em situações pontuais, alianças desse tipo podem ser consideradas. A presidente do PT, entretanto, não quis detalhar quais casos seriam esses.
— Às vezes pode acontecer. Aí nos vamos ter que decidir sobre isso como já decidimos nas outras vezes. Já desmanchamos aliança, já intervindo em eleição, já fizemos ações nesse sentido. O Brasil tem 5 mil e poucos municípios. Mas essa é a orientação do partido de forma clara.
Alianças no Rio
No Rio, a grande aposta, ainda não confirmada oficialmente, é de uma chapa formada por Freixo (PSOL) para prefeito e Benedita da Silva (PT), na vice. Em seu discurso, Freixo foi saudado pelo público aos gritos de “prefeito” e, durante sua fala, citou Benedita. A atual deputada federal também recebeu um apoio entusiasmado da militância.Nos bastidores, membros do PSOL avaliam que a negociação mais difícil sobre uma possível aliança é com o PSB, já que as conversas ainda nem começaram. Já com o Rede, que decidiu lançar candidato próprio no primeiro turno, a principal possibilidade é de um acordo para uma aliança num eventual segundo turno. O mesmo ocorre em relação ao PDT.
Fonte: oglobo.globo.com
