Morre, aos 86 anos, o poeta Ferreira Gullar

Ferreira Gullar. - Foto: Reprodução/Internet
Ferreira Gullar. – Foto: Reprodução/Internet

RIO DE JANEIRO – Morreu, aos 86 anos, o poeta, dramaturgo, ensaísta, biógrafo, tradutor,crítico de arte e memorialista, Ferreira Gullar. A informação foi confirmada pela neta do poeta, Celeste.

Segundo informações, ele estava internado no Hospital Copa D’Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte, ainda, não foi revelada.

Ferreira Gullar foi o sétimo ocupante da cadeira nº 37, eleito em 9 de outubro de 2014, sucedendo Ivan Junqueira, e recebido no dia 5 de dezembro de 2014, pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin.

Ferreira Gullar

Ferreira Gullar, cujo nome verdadeiro é José de Ribamar Ferreira, nasceu em São Luís do Maranhão, em 10 de setembro de 1930, numa família de classe média pobre. No começo, ele acreditava que todos os poetas já haviam morrido e, somente depois, descobriu que havia muitos deles em sua própria cidade, a algumas quadras de sua casa. Passou então, já com seus 18 anos, a frequentar os bares da Praça João Lisboa e o Grêmio Lítero-Recreativo, onde, aos domingos, havia leitura de poemas.

Descobriu a poesia moderna apenas aos 19 anos, ao ler os poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Ficou escandalizado com esse tipo de poesia e tratou de informar-se, lendo ensaios sobre a nova poesia. Pouco depois, aderiu a ela e adotou uma atitude totalmente oposta à que tinha anteriormente, tornando-se um poeta experimental radical, que tinha como lema uma frase de Gauguin: “Quando eu aprender a pintar com a mão direita, passarei a pintar com a esquerda, e quando aprender a pintar com a esquerda, passarei a pintar com os pés”.

Ou seja, nada de fórmulas: o poema teria que ser inventado a cada momento. “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”, diria ele mais tarde. E assim nasceu o livro que o lançaria no cenário literário do país em 1954: A Luta Corporal. Os últimos poemas deste livro resultam de uma implosão da linguagem poética, e provocariam o surgimento na literatura brasileira da “poesia concreta”, de que Gullar foi um dos participantes e, em seguida dissidente, passando a integrar um grupo de artistas plásticos e poetas do Rio de Janeiro: o grupo neoconcreto.

O movimento neoconcreto surgiu em 1959, com um manifesto escrito por Gullar, seguido da Teoria do não-objeto, estes dois textos fazem hoje parte da história da arte brasileira, pelo que trouxeram de original e revolucionário. São expressões da arte neoconcreta as obras de Lygia Clark e Hélio Oiticica, hoje nomes mundialmente conhecidos.

Gullar, por sua vez, levou suas experiências poéticas ao limite da expressão, criando o livro-poema e, depois, o poema espacial, e, finalmente, o poema enterrado. Este consiste em uma sala no subsolo a que se tem acesso por uma escada; após penetrar no poema, deparamo-nos com um cubo vermelho; ao levantarmos este cubo, encontramos outro, verde, e sob este ainda outro, branco, que tem escrito numa das faces a palavra “rejuvenesça”.

O poema enterrado foi a última obra neoconcreta de Gullar, que afastou-se então do grupo e integrou-se na luta política revolucionária. Entrou para o partido comunista e passou a escrever poemas sobre política e participar da luta contra a ditadura militar no país, em 1964. Foi processado e preso na Vila Militar. Mais tarde, teve que abandonar a vida legal, passar à clandestinidade e, depois, ao exílio. Deixou clandestinamente o país e foi para Moscou, depois para Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires.

Voltou para o Brasil em 1977, quando foi preso e torturado. Libertado por pressão internacional, voltou a trabalhar na imprensa do Rio de Janeiro e, depois, como roteirista de televisão. Durante o exílio em Buenos Aires, Gullar escreveu Poema Sujo – um longo poema de quase 100 páginas – que é considerado a sua obra-prima. Este poema causou enorme impacto ao ser editado no Brasil e foi um dos fatores que determinaram a volta do poeta a seu país. Poema Sujo foi traduzido e publicado em várias línguas e países.

De volta ao Brasil, Gullar publicou, em 1980, Na vertigem do dia e Toda Poesia, livro que reuniu toda sua produção poética até então. Voltou a escrever sobre arte na imprensa do Rio e São Paulo, publicando, nesse campo, dois livros Etapas da arte contemporânea (1985) e Argumentação contra a morte da arte (1993), onde discute a crise da arte contemporânea.

Outro campo de atuação de Ferreira Gullar é o teatro. Após o golpe militar, ele e um grupo de jovens dramaturgos e atores fundou o Teatro Opinião, que teve importante papel na resistência democrática ao regime autoritário. Nesse período, escreveu, com Oduvaldo Vianna Filho, as peças Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come e A saída? Onde fica a saída?. De volta do exílio, escreveu a peça Um rubi no umbigo, montada pelo Teatro Casa Grande em 1978.

Mas Gullar afirma que a poesia é sua atividade fundamental. Em 1987, publicou Barulhos e, em 1999, Muitas Vozes, que recebeu os principais prêmios de literatura daquele ano. Em 2002, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

*Com informações da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: imirante.com.br

“É um momento muito difícil para todos nós”, diz familiar de Ananias

Ele deixou a mulher e um filho. - Foto: Reprodução/Instagram
Ele deixou a mulher e um filho. – Foto: Reprodução/Instagram

SÃO LUÍS – O Maranhão amanheceu de luto após saber da morte do jogador Ananias Elói de Castro Monteiro, que foi uma das vítimas da tragédia sofrida pela Associação Chapecoense de Futebol, na madrugada de hoje (29), na Colômbia.

Em entrevista a Rádio Mirante AM, Paulo Aruanda, casado com uma tia de Ananias, falou sobre o momento delicado que a família vive e, ainda, pediu respeito pela imagem do atacante.

Fonte: imirante.com.br

Maranhão vai perder 13 agências do Banco do Brasil em 2017

Banco do Brasil vai diminuir número de agências no Maranhão em 2017 (Foto: De Jesus/O Estado)
Banco do Brasil vai diminuir número de agências no Maranhão em 2017 (Foto: De Jesus/O Estado)

O Maranhão vai perder 13 agências do Banco do Brasil, em 2017, e pretende ainda aposentar 248 funcionários em todo o estado. O processo de reorganização é nacional e visa uma economia anual na ordem de R$ 750 milhões. Ao passo que abre mão de agências tradicionais, o banco informou que vai investir na digitalização do atendimento ao cliente.

Em São Luís, as agências do Anjo da Guarda, Deodoro e Hospital Materno Infantil vão ser fechadas. Já no interior, são as agências dos municípios de Açailândia no Parque das Nações e Imperatriz na Praça da Cultura. Serão transformados em postos de atendimento as agências dos município de Amarante do Maranhão, Itinga do Maranhão, Lima Campos, Matões, Olho d’àgua das Cunhãs, Paranarama, e em São Luís serão transformados em postos as agências dos bairros Alemanha e Anil.

Com as mudanças para o próximo ano, cinco agências serão encerradas e oito serão reduzidas a postos de atendimento. Assim, os clientes do banco no estado terão 105 agências e 51 postos de atendimento.

Em 2016, o Maranhão tem 161 unidades de atendimento, sendo 118 agências e 43 postos de atendimento. Conta ainda com 357 correspondentes bancários, 1017 caixas eletrônicos e 261 terminais da rede Banco 24h.

Em todo o país, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas.

Faz parte do processo de reorganização do Banco do Brasil a aposentadoria incentivada. Assim, dos 1.892 funcionários no Maranhão, 248 vão receber a seguinte proposta: valor correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, dependendo do tempo de empresa. Em todo país, 18 mil funcionários vão receber a mesma proposta. Quem aceitar tem até o dia 9 de dezembro para comunicar oficialmente ao banco.

Fonte: g1maranhão

Graves irregularidades marcam as eleições do centro acadêmico de direito do Ceuma

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Mesmo com o mandato vencido a 7 meses, membros do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Ceuma, Campus I – CADIR, agem de forma irregular para tentar se perpetuar a frente da entidade. No dia 12 de maio de 2015, tomava posse a nova diretoria do centro acadêmico de direito para cumprir um mandato de 1 ano como rege o estatuto.

Na época, ambas as chapas concorrentes aceitaram realizar o processo contra algumas normas do estatuto vigente. Passou-se 1 ano, o término daquela gestão chegou, porém, com o intuito de se perpetuar a frente da diretoria, a gestão que deveria ter fim em maio de 2016 adiou o processo eleitoral de todas as formas possíveis e se mantém a frente da entidade de forma ilegítima até hoje, mesmo desrespeitando ao mesmo tempo o estatuto do centro acadêmico e o  regimento geral da instituição, como podemos ver abaixo.

Os § 1°,2° e 3° do Art. 15 do Estatuto: “§ 1° – O mandato de cada Diretoria será de um ano, sendo prorrogado somente em situações excepcionais que comprometam o processo da sucessão. § 2° – As situações previstas no parágrafo anterior são: a) Greve na instituição b) Ausência de chapas inscritas c) Caso fortuito ou de força maior que paralise a instituição. § 3° – A prorrogação do mandato da Diretoria terá o prazo máximo de 30 dias, ao final do qual deverá ser realizado o processo eleitoral, de acordo com este estatuto.

E pelo regimento geral da Universidade CEUMA – UNICEUMA, em seu Art. 76 que diz : Art.76. O mandato do representante estudantil é de um ano, em qualquer colegiado da UNICEUMA, não sendo permitida recondução. Além de o tempo de mandato ter legalmente terminado, a ex-gestão que ainda se diz representante da entidade, imcubiu em outros erros que afrontam o Estatuto como convocar uma Assembléia Geral com apenas 2 dias de antecedência, enquanto o Estatuto diz em seu § 2° do Art.16 que: § 2° – A convocação da Assembleia Geral Ordinária do CADIR será feita pelo menos com 5 dias de antecedência. Recentemente foi criada uma Comissão Eleitoral responsável por organizar um novo processo eleitoral.

O problema é que a Comissão, assim como a ex-diretoria, está irregular e desrespeitando o Estatuto, que diz que a Comissão deve ser formada por 15 integrantes, enquanto esta só foi formada por 8. Deveria se ter um Professor e um membro da Diretoria do CADIR junto a Comissão e não tem nenhum dos 2. A Diretoria é composta por 9 cargos e a comissão pôs em ficha de inscrição que eram 14 cargos.

Por Blog maranhaodeverdade.com

INSS recebe documentos de pescadores para pagamento do seguro-defeso de 2017

Foto: Reprodução TV Mirante
Foto: Reprodução TV Mirante

O INSS começou a receber em São Luis, a documentação de pescadores para o pagamento do seguro-defeso no ano quem vem. O cadastramento que vale pra 150 mil pescadores no Estado, está mais rigoroso, por causa de fraudes descobertas no sistema, há dois anos. (TV Mirante de São Muís – MA)

Clique no link abaixo e veja o vídeo produzido pela TV Mirante, no Jornal do Maranhão 1ª edição.

http://g1.globo.com/ma/maranhao/jmtv-1edicao/videos/t/edicoes/v/inss-recebe-documentos-de-pescadores-para-pagamento-do-seguro-defeso-de-2017/5452862/

Animais soltos na pista causam acidente na BR-230, no MA

Automóvel parou a poucos metros de uma placa de sinalização (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Automóvel parou a poucos metros de uma placa de sinalização (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Animais soltos na pista causaram um acidente nas primeiras horas desta terça-feira (15) na BR-230, a 15 Km do município de Balsas, a 810 km de São Luís.

Segundo o motorista e administrador, Enilson Nascimento, cerca de 15 animais estavam soltos quando ele foi surpreendido pela a presença deles. Ele acrescenta que não houve tempo de frear. Além do motorista, também estavam no veículo mais duas pessoas. O trio estava retornando da cidade de Fortaleza dos Nogueiras para trabalhar em Balsas.

“Tinha uma base de 15 cabeças de gado no meio do asfalto. Não deu tempo de reação. A reação foi de parar o carro para não descer o aterro porque se não ia ter até vítimas fatais aí porque tinha eu e outros dois rapazes comigo, mas Deus estava com a gente”, contou o administrador.

Após bater em dois animais, o automóvel parou a poucos metros de um barranco e de uma placa de sinalização. Os bois que morreram com o impacto da batida também foram jogados para fora da pista.

Fonte: g1.com.br

Prefeitos do Maranhão também querem mais recursos da repatriação

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Depois de a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, deferir liminares em ações protocoladas por 23 estados e mais o Distrito Federal, e determinar que União deposite o valor correspondente do Fundo de Participação (FPE) devido aos dois estados, incidente sobre a multa prevista na Lei da Repatriação, municípios do Maranhão também querem entrar no rateio do bolo.

No total, a União arrecadou cerca de R$ 46,8 bilhões. Os estados e municípios já receberam parte do percentual de 15% de Imposto de Renda (IR) pago por contribuintes que, em troca de anistia, declararam os valores mantidos em contas no exterior. Mas agora almejam a parcela referente aos outros 15% de multa.

Em nota emitida ontem, a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) informou que ingressou na Justiça Federal com uma ação ordinária de cobrança (processo n° 40787-05.2016.4.01.3700) contra a União solicitando que sejam repassados aos municípios filiados à entidade mais de R$ 215 milhões, quantia referente ao percentual da multa prevista no artigo 8º da lei federal nº 13.254/16, que instituiu a repatriação de recursos de brasileiros residentes no exterior que não os declararam à Receita Federal.

A ação foi preparada pela assessoria jurídica da entidade municipalista na sexta-feira, 11, e protocolada na segunda-feira e se baseia no próprio entendimento do STF.

Além de solicitar o pagamento da multa, a Federação pediu, alternativamente, que a Justiça proceda com o depósito judicial com o objetivo de não mais penalizar as cidades do Maranhão.

A entidade municipalista maranhense, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), foi uma das primeiras do Brasil a ingressar com o pedido solicitando o pagamento da multa e consequente restituição aos municípios do estado.

Na semana passada, de acordo com informações da Receita Federal, os municípios maranhenses perderam mais de R$ 50 milhões em recursos da repatriação que deveriam ter sido repassados pelo Governo Federal. O dinheiro foi depositado nas contas das prefeituras juntamente com o primeiro decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A previsão da própria Receita Federal, divulgada no início do mês, era de que o país arrecadaria aproximadamente R$ 50,9 bilhões da repatriação de dinheiro não declarado mantido por brasileiros no exterior.

Deste total, R$ 285 milhões seriam repassados aos 217 municípios maranhenses. No entanto, com a queda de repasses estimada em R$ 50 milhões, as prefeituras do Maranhão tiveram um déficit de 18% em relação ao que deveria ter sido arrecadado.

Pressão

A manifestação da Famem sobre o caso ocorreu depois de o prefeito reeleito de Tuntum, Clemoar Tema (PSB), pressionar a entidade a também protocolar ação com esse objetivo – o Governo do Maranhão já fez isso e teve sua liminar deferida na manhã de ontem.

Se a medida judicial for concedida, o prefeito, que já foi presidente da Famem, acredita que os gestores municipais conseguirão concluir seus mandatos com todas as obrigações cumpridas. Ele argumenta que as recentes e constantes quedas no valor do repasse ao Fundo de Participação levaram os municípios a “um colapso financeiro” e que, por isso, muitos prefeitos estão sendo punidos com afastamentos dos cargos por atrasos de obrigações como os salários dos servidores.

“Os prefeitos não podem ser punidos com afastamentos e cassações pelo Legislativo e pelo Judiciário, justamente por não conseguirem cumprir as suas obrigações enquanto gestor, pois os motivos não são causados por sua vontade, e sim, por uma crise que vem abatendo inclusive estados mais ricos como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, que já até parcelaram folhas de pagamento ou precisaram da ajuda do Governo Federal para cumprir as suas obrigações, coisas que não se vê chegar aos municípios, a não ser por atitudes como essa. Por isso é que estou solicitando à Famem que encampe essa luta na esfera judicial”, declarou.

NÚMEROS

R$ 237 milhões foi quanto os municípios maranhenses receberam da repatriação

R$ 50 milhões a menos do que a previsão inicial, segundo a Famem

R$ 30 milhões recebeu São Luís, o maior valor

Senado quer reabrir prazo para repatriação

Paralelamente à possível mudança nas regras da partilha, o Senado já estuda um novo projeto de lei para reabrir o prazo de repatriação de ativos, encerrado em 31 de outubro. Inicialmente, a proposta apresentada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), é de um prazo que de até 90 dias a partir da sanção da matéria. Mas esse limite será discutido com a Câmara para que haja consenso.

A principal diferença, principalmente do ponto de vista dos governos, é que nessa segunda oportunidade de regularização, as alíquotas cobradas em troca da anistia serão maiores. Tanto a parcela cobrada sobre o IR quanto sobre a multa passariam de 15% para 17,5% cada, somando 35% de taxação total sobre o recurso a ser regularizado.

Governadores que têm acompanhado a negociação em torno do novo prazo querem que o impasse sobre as multas seja solucionado já na tramitação do projeto. Esta semana, o governador de Goiás, Marconi Perillo, pediu apoio do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e chegou a afirmar, depois do encontro, que há um compromisso da pasta em garantir a partilha da multa no novo programa de repatriação.

As decisões da ministra Rosa Weber, do STF, pode contribuir para o pleito dos estados.

Municípios maranhenses perdem R$ 50 milhões de recursos da repatriação

Presidente da FAMEM, Gil Cutrim, disse que a entidade está acompanhando o processo de repasse de recursos oriundos da repatriação.
Presidente da FAMEM, Gil Cutrim, disse que a entidade está acompanhando o processo de repasse de recursos oriundos da repatriação.

Os municípios maranhenses perderam cerca de R$ 50 milhões em recursos da repatriação que deveriam ter sido repassados pelo Governo Federal. O dinheiro foi depositado nas contas das prefeituras nesta quinta-feira (10) juntamente com o primeiro decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A perda de recursos foi confirmada à Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) pela Receita Federal e Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A previsão da própria Receita Federal, divulgada no início do mês, era de que o país arrecadaria aproximadamente R$ 50,9 bilhões da repatriação de dinheiro não declarado mantido por brasileiros no exterior.

Deste total, R$ 285 milhões seriam repassados aos 217 municípios maranhenses. No entanto, com a queda de repasses estimada em R$ 50 milhões, as prefeituras do Maranhão tiveram um déficit de 18% em relação ao que deveria ter sido arrecadado.

“Os municípios continuam sendo penalizados com a perda de recursos do FPM e esse dinheiro extra, fruto da repatriação, viria em boa hora. Infelizmente, o Governo Federal também contingenciou este repasse. A FAMEM está acompanhando toda essa movimentação com o objetivo de garantir o direito das cidades maranhenses”, afirmou o presidente da Federação, prefeito Gil Cutrim.

Dos mais de R$ 50 bilhões que deveriam ter sido arrecadados, de acordo com a Receita, R$ 46,8 bilhões foram efetivamente recebidos, acarretando um déficit de R$ 4,153 bilhões.

Ainda segundo a Receita Federal, é possível que, este mês, o restante dos recursos seja enviado aos municípios. Porém, uma data precisa não foi informada.

Fonte: FAMEM

Flávio Dino também vai ter que se explicar sobre “farra de passagens” na Câmara Federal

Diono terá que dizer o que fez com passagens da Câmara (Foto: Arquivo)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e outros três governadores, foram denunciados, semana passada, ao Superior Tribunal de Justiça, como participantes um esquema que utilizava bilhetes de passagens áreas pagos pela Câmara Federal em benefício de familiares e amigos.

Flávio Dino foi deputado federal entre 2007 e 2009, quando, segundo as investigações da Procuradoria-Geral da República – que denunciou também outros maranhenses que foram deputados no período – ocorreram as fraudes investigadas. Dino e os demais governadores foram denunciados ao STJ por terem privilégio de foro.

De acordo com a investigação do Ministério Público, os parlamentares utilizavam-se da cota de passagens aéreas pagas pela Câmara Federal em benefício de familiares e amigos. As passagens eram distribuídas sem critério algum, para qualquer parte do país. Até viagem de lua de mel foi paga pela Câmara Federal.

A procuradoria da República não informou os valores gastos por cada um dos envolvidos.

Outro lado

Em nota, o Governo do Estado garante não ter infringido “nenhuma lei vigente no período em que foi parlamentar”, entre o anos de 2007 e 2011. Em comentários em grupos de WhatsApp, o secretário de Comunicação do governo maranhense, jornalista Márcio Jerry, afirma que a repercussão do caso na mídia maranhense “expele desonestidade”.

“A Procuradoria da república encaminhou relatório para apreciação da instância competente, que dirá, se há ou não alguma irregularidade. A Folha [de S. Paulo] não diz que ele é acusado nem tampouco que cometeu irregularidades”, diz o secretário.

Jerry afirma ainda sua convicção de que Flávio Dino não cometera qualquer irregularidade na distribuição de passagens de seu gabinete, para si ou para familiares.

Além de Flávio Dino, são acusados de promover a farra com as passagens fornecidas pela Câmara Federal os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), e de Roraima, Suely Campos (PP). Os quatro eram deputados federais no período investigado.

“Quando fui deputado, as cotas eram livres”, diz Madeira

Atual prefeito de Imperatriz garante que as regras do período em que atuou na Câmara Federal permitiam a doação de passagens.

Sebastião Madeira negou irregularidades no uso de passagens (Foto: Arquivo)

A denuncia do Ministério Público Federal contra ex-deputados federais que se utilizaram de passagens áreas pagas pela Câmara para supostamente beneficiar familiares e amigos atinge, além do governador Flávio Dino, outros maranhenses

Todos foram denunciados pela Procuradoria-geral da República sob a acusação de terem usado dinheiro público em benefício público.

A denúncia, que ficou conhecida por “farra das passagens” envolve 447 ex-deputados no país inteiro, incluindo os maranhenses.

Único dos ex-deputados a comentar o assunto até agora, o atual prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que foi deputado federal até 2008, garante ter cumprido as regras legais vigentes na época em que exerceu o mandato.

“Quando fui deputado federal, as cotas de passagens aéreas eram livres. Como temos muitos correligionários e eleitores, que necessitam estar em Brasília ou outro lugar,até para tratamento de saúde, eu sempre viabilizava estas passagens, o que era permitido em minha época”, afirmou Madeira.

A regras para uso de passagens parlamentares foram mudadas a partir de 2010, quando Sebastião Madeira sequer era deputado federal.

O prefeito tucano diz ter estranhado seu nome na lista da “farra das passagens”, mas diz que tem todos os elementos para ser retirado, já que não burlou nenhuma norma de sua época como parlamentar.

A denúncia contra os ex-deputados foi feita ao Tribunal Regional Federal, em Brasília.

Fonte: imirante.com.br

Maranhão poderá se tornar mais quente e seco até 2070

A Caatinga Maranhense será uma das regiões que mais serão afetadas pela mudança climática (Foto: Divulgação)
A Caatinga Maranhense será uma das regiões que mais serão afetadas pela mudança climática (Foto: Divulgação)

Os 217 municípios do Maranhão poderão ficar, progressivamente, mais quentes e mais secos até 2070. A Região Oeste do estado, por exemplo, poderá ter um aumento de mais de 5°C e uma diminuição de até 32% no volume de chuvas no período indicado. O Litoral Maranhense será a região menos afetada pela alta da temperatura.

As informações fazem parte de uma pesquisa inédita que avaliou a vulnerabilidade das cidades maranhenses à mudança do clima. Coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o estudo faz parte das atividades do projeto Vulnerabilidade à Mudança do Clima.

Os resultados da pesquisa serão divulgados durante o Seminário Indicadores de Vulnerabilidade à Mudança do Clima, que ocorrerá no dia 8 deste mês, às 9h, no Hotel Luzeiros, em São Luís.

Para a coordenadora do projeto, Martha Barata, ainda há incertezas sobre os impactos das mudanças climáticas e seus efeitos, no entanto, é preciso definir estratégias para entender como o clima pode afetar as populações, os ecossistemas e as atividades econômicas dos estados e municípios.

“A proposta do projeto é criar indicadores que permitam a análise da vulnerabilidade humana à mudança do clima. A partir da coleta e combinação de informações, é possível ter uma melhor interpretação sobre os municípios que são mais e menos vulneráveis às alterações climáticas e, desta forma, elaborar ações de adaptação que possam contribuir para o desenvolvimento local”, destaca a pesquisadora.

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