
Os 12 detentos que estavam presos no ‘gaiolão’ localizado nos fundos da delegacia de Barra do Corda, a 452 km de São Luís, foram transferidos neste sábado (21) para outras unidades prisionais do estado. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), os presos foram realojados nas unidades prisionais de Codó, Colinas e São Luís.
Segundo a Seap a partir da próxima semana, a secretaria irá assumir a carceragem das delegacias de Tutóia, Carolina, São João dos Patos, Colinas e de Barra do Corda. Nessa sexta-feira (20), um dia após o G1 mostrar que o ‘gaiolão’ ainda estava funcionando, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) iniciou a demolição da cela.
O secretário Jefferson Portela informou ao G1 que a decisão de demolir o ‘gaiolão’ foi da própria Secretaria de Segurança Pública do Maranhão e que existem outros espaços como esse em algumas delegacias do estado e que estão localizados dentro das delegacias, diferente da situação em Barra do Corda. O secretário não soube definir o número exato dos ‘gaiolões’, mas que seria uma média de cinco a sete.

Após a morte do comerciante Francisco Edinei Lima Silva dentro do ‘gaiolão’, a Defensoria Pública do Maranhão disse que entraria com uma ação para que os presos que estavam na delegacia de Barra do Corda fossem encaminhados para outra unidade prisional ou até que fiquem em prisão domiciliar.
Omissão
A Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) alegou que houve omissão das autoridades sobre a situação de presos, que eram colocados em uma gaiola a céu aberto na delegacia de Barra do Corda. De acordo com órgão em uma vistoria realizada em fevereiro na delegacia indicou que o local não possuía condição de abrigar os presos.
Um relatório alertando a situação foi enviado à ministra Carmen Lúcia presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e ao governador do Maranhão, Flávio Dino. A defensoria afirma que houve omissão institucional e abriu uma Ação Civil Pública (ACP).

Fonte: g1.com.br