Mundo: Michael Jackson continua ‘vivo’ mesmo após oito anos de sua morte

O cantor Michael Jackson durante show da tour “History World Tour”, em Viena (Áustria) (Leonhard Foeger-02.jul.1997/Files/Reuters)

Michael Jackson morreu aos 50 anos no dia 25 de junho de 2009 faltando apenas 18 dias para que voltasse aos palcos e desse início a uma série de shows pelo mundo.

O astro pop sofreu uma parada cardíaca em sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos. Nos dias e meses que se seguiram foram marcados por disputas judiciais, especulações sobre a verdadeira paternidade dos filhos do cantor, desavenças familiares e mistérios sobre o que realmente havia causado a sua morte.

O astro pop é um dos artistas que mais faturam no mercado e ainda levará um bom tempo para que seja esquecido. Em 2016, ele foi apontado pela revista “Forbes” como o artista pop que mais faturou após a sua morte. Pelo quarto ano consecutivo, Michael liderou o ranking com US$ 825 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) entre outubro de 2015 e outubro de 2016. As cantoras Taylor Swift e Adele, por exemplo, faturaram no ano passado cerca de US$ 170 milhões e US$ 80 milhões, respectivamente.

Michael Jackson durante entrevista coletiva em Londres, em 2009. (Joel Ryan/Associated Press)

Michael ainda inspira muitos artistas, com suas músicas, com seus movimentos de dança, além de suas tendências da moda e conscientização para causas sociais. Em fevereiro deste ano, o lendário álbum “Thriller” alcançou um novo recorde ao atingir a marca de 33 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos, desde seu lançamento em 1982. Apesar de a década passada ter tido uma queda nas vendas de álbuns, a indústria musical tem se recuperado com a ascensão do streaming, e Michael não fica para trás.

A primeira música de Michael Jackson a estrear na plataforma Deezer foi “Billie Jean”, no dia 1º de janeiro de 2009. Atualmente, o artista tem mais de 8 milhões de fãs, principalmente da Jamaica, Dinamarca e Egito. Os brasileiros aparecem na 49ª posição. Segundo a empresa, a audiência que escuta o cantor é formada majoritariamente por homens (64%), a maioria dos ouvintes tem entre 25 e 34 anos (34%).

A professora de música, tecnologia e mídias digitais Catherine Moore, da Universidade de Toronto, no Canadá, afirma que a popularidade do rei do pop ainda é elevada e pode ser mensurada pelos serviços de streaming.

“É uma mistura de música nova e de catálogo com dezenas de milhões de músicas. Algoritmos acompanham a popularidade e os usuários podem selecionar apenas a música mais popular na maioria dos gêneros musicais –que incluirão estrelas pop como Michael Jackson– ou ter uma mistura de música desconhecida com os hits”, disse Moore.

A cantora americana Christina Aguilera se apresenta durante o tributo “Michael Forever”, em homenagem ao cantor Leia mais (Leon Neal/France Presse)

Já nos players digitais do Spotify, o astro pop tem quase 12 milhões de ouvintes mensais e ocupa a 98ª posição, a frente de muitos artistas vivos. Nessa plataforma, São Paulo aparece como a quarta cidade que mais ouve o artista no mundo, atrás apenas da Cidade do México (México), Santiago (Chile) e Los Angeles (EUA).

Moore explica que as formas de medir o sucesso do streaming não são padronizadas e há desacordo sobre o que deve ser contado. Porém, diz ela, as músicas de Michael permanecem tão populares porque elas são realmente boas.

“A música de Michael Jackson permanece tão popular em parte porque é realmente uma boa música que as pessoas respondem instantaneamente, e também porque sua aparência, sua voz, o “moonwalk”, a surpreendente inovação do vídeo “Thriller” fazem parte da cultura popular. Assim, eles têm um forte apelo ao redor do mundo e além da música sozinho.”

Desde 2014, o YouTube monitora o total de visualização no canal. Segundo o Google, Michael Jackson tem mais de 6,6 bilhões de visualizações nesse período. Adele, que quebrou vários recordes, tem em torno de 7,3 bilhões e pouca penetração no streaming –seu álbum “25” foi liberado em serviços de transmissão cerca de sete meses após o lançamento.

A morte de Michael Jackson completa oito anos neste domingo (25), mas seu legado e suas influências musicais, comportamentais e visionárias continuam presentes em vários artistas, como Justin Timberlake, Weeknd, Justin Bieber, e só confirma que Michael é e sempre será o maior ícone pop mundial.

Fonte: Folha de São Paulo

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