Pedreiras: A expectativa da prestação de contas da gestão municipal

Não foi uma mera coincidência escrever esse editorial em pleno 13 de janeiro, pra muitos, essa data significa sorte, mas para outros o décimo terceiro numeral é pleno de azar. Para mim, que não tenho e nem acredito em superstições, é um dia comum para expressar minha ideia, minha liberdade de escrever e tentar, de certa forma, avaliar, não subestimar, as atitudes que incluem erros e acertos durante os 377 (trezentos e setenta e sete dias) da gestão Municipal, que tem à frente o ex-vereador, servidor municipal e atual prefeito de Pedreiras, Antônio França, que nos últimos dias vem vivendo intensos e tenebrosos momentos negativos, que apesar dos comentários desfavoráveis quanto ao atraso no pagamento dos servidores, mostra-se tranquilo, sereno e confiante em reverter essa situação, que já é um ponto positivo do gestor.

Antes de irmos ao ponto específico desse relato, que é a prestação de contas de seu primeiro ano de governo, não seremos ingratos em apontar uma certa vantagem que já pontua diante à população que o elegeu, que apesar dos pesares, o governo Honra e Trabalho, acertou, sim, em alguns pontos, mas não o suficiente para respaldar-se de elogios que venham colocar um ponto final aos atos que, pelo próprio, talvez, pela força de acertar e, por ser marinheiro de primeira viagem, tenha deixado escapar o controle da máquina que puxa o trem, que ainda luta para colocá-lo nos trilhos. Mas como a linha é de ferro e os dormentes são madeira de lei, ainda há tempo de chegar a próxima estação e desembarcar com tranquilidade, desde que o maquinista tenha pulso forte para controlar os vagões que tendem a desencarrilhar.

É notório e real que não existe nenhuma obra que tenha chamado à atenção da gestão municipal nesse primeiro ano de administração do Prefeito Antônio França. Boa vontade até existiu e, podemos até enumerar, como por exemplo, a construção da obra no calçadão que não passou de um local rodeado de tapume, e a história todos já sabem o final; a vitalização do bosque seringal, que por sua vez, já fora iniciada, mas do nada, parou; foi retomada, voltou e parou novamente, e, por último, já foi anunciada que poderá recomeçar mais uma vez. As duas obras, se concluídas, acho que essa é a intenção do governo, fará com que a pontuação drástica da gestão, dará, com certeza, um passo importante para mudar a opinião pública.

Apesar da distância, e pelo visto pouca gente tem conhecimento, até pela falta de informações com mais precisão e mais garra, por parte da assessoria de comunicação, informo que, uma das grandes questões que afetaram negativamente a gestão passada, a ponte do Povoado Santa Edwiges, está sendo construída, e já está praticamente concluída, fato que foi repassado à nossa redação por um dos parlamentares de sustentação do governo, o vereador Jossival Saturnino. Todos são sabedores que a referida ponte foi uma nuvem negra que pairou sobre a administração passada, onde material chegou a ser desperdiçado, e a verba para tal, que cogitava-se em 100 mil reais, teria tomado sumiço. Então, eu classificaria como a única e de grande utilidade nessa administração, uma obra que vai beneficiar os moradores de Pedreiras e Santo Antônio do Lopes, já que a mesma está no extremo geográfico que une os dois Municípios; mas parece que foi só!

Existiram até outras ações, mas de minúsculos porte que podem até ter contribuído como ponto positivo da gestão Honra e Trabalho, mas ainda é preciso muito, mas muito mesmo para atingir o ego da população que anseia por dias melhores. Os atos do governo como por exemplo, o social, é importante para uma comunidade, mas o povo quer mais, e quando se trata de gestão Municipal, àquilo que está à vista parece ser mais importante, para quem acreditou em dias melhores, baseado nas promessas de campanha com a tão anunciada mudança e soluções para isso ou para àquilo.

No ano passado, o Município de Pedreiras foi contemplado pela transferência de recursos, que rendeu a bagatela de R$ 59.849.856,95 (cinquenta e nove milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, oitocentos e cinquenta e seis reais e noventa e cinco centavos). Todo esse montante foi com certeza aplicado no Município, através da gestão Honra e Trabalho. Aí, é que vem a grande questão do início desse editorial; se o governo Municipal já anunciou que no próximo dia 17 de janeiro, irá realizar uma prestação de contas, segundo o texto da redação, das principais ações da gestão referente ao ano passado (2017), resta saber se existe essa possibilidade das contas baterem com tamanho valor em cifra, e como isso será possível! Claro, que tudo vem sendo acompanhado por assessores especiais, e até mesmo pela contabilidade do Município. Não tenho dúvida e sei que o gestor já deve ter tomado conhecimento de tudo que foi realizado em sua gestão durante seu primeiro ano de governo, isso, graças a uma prestação de contas preliminar que foi realizada por seu secretariado e diretores de departamentos, e teve o acompanhamento de dois consultores; mas, mesmo assim, o jogo de cintura terá que ser bem convincente, afinal, tecnicamente, paralelo, governo e assessores devem ter uma conduta firme muito especial para convencer e tirar dúvidas reais de muita gente, por exemplo, ter deixando atrasar pagamento de servidor, fato que tem sido um grande e doloroso calo no pé da administração.

Como quem tem boca, fala o que quer. Quem tem ouvido, ouve o que não quer. Nada será mais justo que acompanhar essa audiência pública e tirar de vez todas as dúvidas sobre uma administração Municipal, que só ela saberá explicar o rumo desse trem que ainda tem uma longa estrada pela frente.

Um homem é o produto de seus pensamentos. O que ele pensa, ele se torna. (Mahatma Gandhi)

Então, vamos continuar acreditando!

Sandro Vagner

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