Luís Henrique Sousa (Henrique do PT), atual Secretário de Formação do Partido dos Trabalhadores do Maranhão, em visita a Pedreiras, concedeu uma entrevista ao Blog, falou da satisfação em rever os amigos, fundação do PT no Município, do caso Lula e da atual gestão do Governo Honra e Trabalho.

A visita

“Sempre circulo aqui na cidade, onde tenho amigos, onde tenho familiares, eu tenho neto que mora em Pedreiras; por tanto, eu tenho uma vida. Tenho filhos que nasceram em Pedreiras. Nos universos que eu circulo, todo mundo acha, inclusive, que eu sou filho natural de Pedreiras. A referência minha não é a minha cidade natal, que é São Luís, onde eu voltei a residir há alguns anos atrás. A cidade de Pedreiras é o meu referencial.”

A política

“É um novo desafio, a condição de candidato a Deputado Estadual. Cheguei em Pedreiras no dia 21 de julho de 1982. Vim pra trabalhar, todo mundo sabe que fui durante muitos anos gerente da Indústria de Colchões Corcovado, do grupo C. Rolim, e, depois fui sócio da família Rolim, num empreendimento que eram as lojas aqui, depois virei proprietário dessa loja. Quando eu cheguei em Pedreiras, não tinha PT aqui. Alguns anos depois os companheiros Eliud, Ribamar e Edivaldo iniciaram essa discussão. Tinha o Garçon (elefante), o Senhor Zezinho, Costinha, então, vários companheiros que fundaram o PT, em 87, mas só em 1989, fui filiado ao PT, onde ajudei na campanha do Lula. Na condição de filiado, eu disputei a eleição de 96, pelo Partido dos Trabalhadores, fiz história, por que foi àquela eleição que possibilitou o primeiro vereador eleito do PT, que foi o Eliud. Então faz parte de minha vida o Partido dos Trabalhadores.”

A decisão de ser candidato a Deputado Estadual

“É menos uma decisão minha, claro, que passa por mim também, ninguém é candidato se não quiser, mas é mais uma decisão dos companheiros que construíram essa história comigo ao longo dos anos, companheiros como: João, Ricardo, Chagas Melo, Enildo de Mata Roma, Américo (prefeito eleito de Coelho Neto); Samuel Barreto, enfim, tantos companheiros no Maranhão inteiro. Hoje, a nossa campanha, ela está nucleada em 74 Municípios do Maranhão e, tem haver com essa dedicação que eu tenho ao Partido dos Trabalhadores, sempre paralela às minha atividades profissionais. Então, chega uma hora em que você é colocado pra essa condição, as pessoas entendem que você tem um papel a cumprir, e, eu fui cobrado por isso. É por isso que eu virei candidato, não sou candidato de mim mesmo, só candidato de uma ideia, de um ideal, e de muitos militantes como eu.”

Caso Lula

“Como todo petista, eu faço logo uma ressalva, por que sou suspeito para falar do Presidente Lula. Tendo ele como a nossa maior referência política. Agora, eu nunca vi um homem ser tão perseguido como o Lula tem sido perseguido; tem se mudado Leis, tem se dado novas interpretações ao código Penal, tem se interpretado de maneira como ilação política, a Constituição Brasileira. A um pavor que o Lula possa ser candidato. E por que esse pavor? O que está por trás de tudo isso, são vários direitos que estão tirando do trabalhador brasileiro, por exemplo, o trabalhador não tem mais direito de duas horas de descanso da hora do almoço, agora são 30 minutos; as férias que eram de trinta dias, agora elas são repartidas em três pedaços, dez, dez, dez, a pessoa não tem mais trinta dias para passar com a família dele; o que tá em jogo, foi que o funcionalismo público, por exemplo, que está com o salário congelado por Lei, votado no congresso, por vinte anos. Então, o que está em jogo é um empobrecimento da mão de obra brasileira, pra ela ficar barata para as multinacionais, pra que elas possam ganhar mais e tenham mais lucros. O Lula, quer queiram eles ou não, solto ou preso, o Lula vai ser candidato, por que a Lei não impede que ele registre a candidatura, ai, eu quero ver quem é o macho que vai negar o direito do povo brasileiro votar em quem quer. Se eles prenderem o Lula, ainda assim, nós iremos registrar o nome do Lula na urna eletrônica, e eles terão que derrubá-los, dando outro golpe, mas desta vez não será no Lula, mas no povo brasileiro que não ver a hora de ter seu “ex” de volta.”

Considerações finais e sobre a gestão atual de Pedreiras

“Visitei a cidade e até me surpreendi com determinados espaços físicos que se abrem, finalmente a cidade passou a sair daquele corredor tradicional da Avenida Rio Branco. Ela passa ganhar a direção do Sítio Novo, da Trindade, a cidade começa a se espalhar. Vi a construção pela primeira vez de um hospital público regional, obra do governo do estado, fico feliz em ver que a nossa cidade continua sendo uma referência. Lamento que o atual prefeito tenha recebido a cidade num momento como esse, de que, os recursos foram diminuídos drasticamente, com isso, o prefeito deve está passando por dificuldades, provavelmente, até para pagar a folha de pagamento, por que não é diferente do resto do Maranhão, não; com raríssimas  exceções, mas eu tenho certeza que a atual administração, o Antônio de França, estive com ele, é sujeito muito bem intencionado, que a ama a cidade dele, tem vontade política pra fazer as coisas bem feitas, eu tenho certeza que passado esse momento que já começa aliviar. Quero aproveitar a oportunidade e dizer que nós como pedreirense estaremos nessa nova empreitada, e eu tenho uma relação com a cidade, e com um mandato que a gente possa conseguir, pode ter certeza que ninguém precisará bater na porta pra poder a cidade receber o que é dela e o que ela merece, eu serei o primeiro a chegar aqui, pra dizer o que eu poderei fazer por Pedreiras, por que Pedreiras já fez muito por mim, não estou só nessa empreitada, há parlamentares sérios, como o Deputado Zé Carlos, que tem um compromisso com  a cidade, ele no plano Nacional e eu no plano estadual, de fazermos mais, independente dos outros que tem na cidade, até mesmo filhos de Pedreiras, mas tenho certeza que serei um filho a mais de Pedreiras, em poder tá ajudando com a minha parte, com meu dedal de água nessa grande disputa que se avizinha, e nesse grande desafio que a gente tem que superar.”