O festejo em honra ao glorioso São Francisco, terminou ontem (04). O bairro Mutirão viveu nos últimos nove dias momentos de muita devoção, fé e reconhecimento no mensageiro de Deus. Francisco tinha apenas 25 anos de idade quando aceitou o chamado de Deus. Foi num dia simples, mas muito especial, quando ele rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, e sentiu que o crucifixo falava com ele,  repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: “Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas”. Francisco vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Esse simples gesto de amor e humildade refletiu no semblante de cada um que participou da novena dedica ao Santo padroeiro do pobres e dos animais. Na pequena e singela igreja de São Francisco, ninguém se incomoda com a alta temperatura, a fé é mais forte e enfrenta todos os obstáculos.

Ontem (04) o momento único vivido pelos romeiros e devotos de São Francisco de Assis, quando participaram da procissão por algumas ruas de Pedreiras, marcou o encerramento do festejo ao glorioso. Crianças, jovens, adultos, homens, mulheres, todos servos de São Francisco foram de forma singela, e muitos com velas sobre a cabeça, e descalços, se despedirem do festejo.

A procissão é uma forma de penitência que mantém viva a tradição dessa festividade católica que cresce a cada dia em Pedreiras, em especial no bairro Mutirão, onde os moradores, em sua grande maioria tem o prazer de compartilhar esse momento de fé. Cada um contribuiu como pode, mesmo que tenha sido com apenas um enfeite por onde o cortejo com a imagem de São Francisco passou.

Casa dos Milagres

Enquanto centenas vão às ruas acompanhar a procissão, outros demonstram sua forma de agradecimento pagando suas promessas. Seja qual for a graça alcançada, o devoto deposita algo que simboliza uma parte do corpo, da casa, ou de outros objetos, que através da fé de um povo continua com força para sobreviver os mais difíceis obstáculos da vida.

O festejo passou, mas a fé continua. É como diz uma parte da Oração de São Francisco:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

No próximo ano tem mais um grande festejo. Deus proteja a todos e conceda a graça para mais um encontro de irmãos.

Mais fotos da procissão.