Brasília: Bolsonaro indica André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro oficializou a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro já havia anunciado a sua decisão e a indicação foi publicada hoje (13) no Diário Oficial da União. No documento, o presidente encaminha o nome de Mendonça para apreciação do Senado Federal.

Se aprovado pelos senadores, ele vai ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que foi aposentado compulsoriamente, ontem (12), ao completar 75 anos de idade. O magistrado ingressou no STF em 13 de junho de 1990 e participou de sua última sessão plenária como membro da Corte no dia 1º de julho.

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Em nota, Mendonça agradeceu o presidente pela confiança e se colocou à disposição do Senado. “De forma respeitosa, buscarei contato com todos os membros, que têm a elevada missão de avaliar meu nome. Por fim, ao povo brasileiro, reafirmo meu compromisso com a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Deus abençoe nosso país!”, diz a nota.

Na noite desta segunda-feira (12), ao deixar o STF, após visita ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, Bolsonaro disse que Mendonça já vem conversando com os parlamentares e “existe sim, uma grande possibilidade de ser aceito.”

Perfil cristão

Esta é a segunda indicação que o presidente faz para um cargo no Supremo. Na primeira, em 2020, os senadores aprovaram o nome Kassio Nunes Marques, que era desembargador do Tribunal Regional Federal da 1° Região, para a vaga do ex-ministro Celso de Mello.

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Na ocasião, Bolsonaro disse que, para esta segunda vaga, indicaria um jurista de perfil cristão. Ontem, ele afirmou que Mendonça é um “homem equilibrado, religioso, respeitador, que tem os seus princípios”. “Ele é sim extremamente evangélico, ele é pastor evangélico. Só faço um pedido para ele, que uma vez por semana ele comece a sessão [do STF] com uma oração. Independente do meu pedido, tenho certeza de que os demais 10 ministros, caso [o nome de Mendonça] seja aprovado no Senado, não vão se opor a isso, muito pelo contrário, vão se sentir com a alma bem mais leve para fazer o seu julgamento”, disse Bolsonaro.

Questionado sobre o fato do Estado brasileiro ser laico (que não adota uma religião oficial e separa assuntos religiosos da administração pública), para o presidente isso significa apenas “não impedir outras religiões em prol de uma só”. “O público evangélico, que é em torno de 40% [da população do país] merece uma pessoa aqui dentro [do STF]. E além de ser evangélico e pastor, ele tem profundo conhecimento das questões jurídicas”, afirmou Bolsonaro, destacando o currículo de Mendonça.

Advogado da União desde 2000 e com pós-graduação em Governança Global, André Luiz de Almeida Mendonça assumiu a Advocacia-Geral da União no início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019. Foi procurador seccional da União em Londrina e também coordenou a área disciplinar da Corregedoria da AGU.

Em abril do ano passado deixou a AGU, para assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, no lugar de Sergio Moro. Em março deste ano, retornou ao comando da AGU após uma reforma ministerial.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Pedreiras: Microempreendedores participam de curso promovido pela Prefeitura de Pedreiras

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A Prefeitura de Pedreiras, através da Secretaria de Planejamento e Sala do Empreendedor dá início a uma série de cursos de capacitação para microempreendedores.

A série de cursos teve início no sábado, (10), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas, com uma formação em vendas, para cerca de 25 empresários.

Os microempreendedores cadastrados na Sala do Empreendedor de Pedreiras, que atente a região do Médio Mearim já somam mais de 600, e nessa nova gestão já foram realizadas 40 formalizações.

Joyce Regiane, coordenadora da Sala do Empreendedor reforça a importância desse apoio. “O intuito dessa formação é fazer com que os microempreendedores cadastrados em nossa Sala e, os que ainda não são, possam alavancar as suas vendas e desenvolver novas técnicas, se mostrando mais competitivos no mercado de trabalho que todos os dias propõe novos desafios”, disse.

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Ações

A Prefeitura objetiva realizar atividades que venham a fortalecer a economia local, através do trabalho dos microempreendedores. A primeira delas, a Feirinha dos Namorados foi um sucesso e a Secretaria de Planejamento já se organiza para que aconteça mensalmente. Para isso, esses empresários terão que estar formalizados, por isso a formatação dos cursos de capacitação.

Para Sandra Brito, empresária do ramo de confecções, a iniciativa da Secretaria é de grande importância para o fortalecimento do comércio local. “A partir do momento em que o vendedor tem conhecimento de técnicas e da melhor forma de administrar o seu público alvo, as vendas prosperam bastante“, ressalta.

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A microempreendedora Rikelma Silva que trabalha no ramo de cosméticos, mesmo não sendo ainda formalizada, participou da formação em busca de melhorias para sua empresa. “Já vou providenciar a formalização com a Sala do Empreendedor de Pedreiras e realizar todo o procedimento do cadastro no MEI, o que ajudará a impulsionar meu empreendimento, além de toda o apoio que é prestado pela Prefeitura Municipal aos microempreendedores“, afirma.

fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pedreiras – MA

Brasília: Governo libera R$ 6,5 milhões para acolher imigrantes e refugiados

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Cidadania destinou R$ 6,5 milhões para municípios que receberão imigrantes e refugiados venezuelanos. O repasse emergencial dos recursos federais para ações socioassistenciais acontecerá em parcela única, referente a seis meses de atendimento.

A Portaria nº 641/2021 foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, a situação de vulnerabilidade dos imigrantes e refugiados oriundos de fluxo migratório provocado pela crise humanitária no país vizinho foi agravada pela pandemia de covid-19, por isso a necessidade de assegurar medidas de assistência emergencial.

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Estratégia de interiorização

Por meio da Operação Acolhida, o governo federal atende os venezuelanos que chegam ao país pelas fronteiras de Roraima e Amazonas. Parte da operação, a estratégia de interiorização leva voluntariamente refugiados e imigrantes dos estados do Norte para outras cidades no país, como forma de reduzir a pressão sobre comunidades locais que acolhem essas pessoas e proporcionar novas oportunidades aos cidadãos.

Os municípios beneficiados pela portaria desta segunda-feira do Ministério da Cidadania receberão 2.730 pessoas. São eles: Venâncio Aires e Nonoai (RS); Chapecó e Xaxim (SC); Maringá (PR); Montes Claros e Belo Horizonte (MG); Teresina (PI); Palmas (TO); Itabuna (BA); Garanhuns (PE); São José do Ribamar e São Luís (MA); Itaituba e Santarém (PA); e Santana (AP).

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O Ministério da Cidadania, por intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social, dará assessoramento técnico aos estados e municípios nas atividades de planejamento e implementação das ações.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília: Polícia Federal abre inquérito para investigar se Bolsonaro prevaricou no caso Covaxin

O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia no Palácio do Planalto Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/29-06-2021

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar a possível prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso da vacina indiana Covaxin. A abertura do inquérito foi determinada pela minha Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A prevaricação ocorre quando um funcionário público é informado de uma irregularidade, mas retarda sua ação ou deixa de atuar para que ela seja apurada e punida.

A abertura do inquérito pela PF é uma consequência automática da determinaçao do STF. O processo chegou à sede da Polícia Federal na semana passada e, em seguida, foi instaurada a investigação. O caso ficará sob os cuidados do Serviço de Inquéritos (Sinq), setor da PF que cuida das investigações contra políticos com foro privilegiado.

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As suspeitas de prevaricação de Bolsonaro foram levantadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) que disse em entrevistas e em depoimento à CPI da Covid que avisou ao presidente que superiores de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, teriam feito “pressões atípicas” para que ele liberasse a importação da vacina. Miranda disse que, ao ser informado do caso, Bolsonaro afirmou que iria acionar a Polícia Federal.

Ao autorizar o inquérito, Rosa Weber determinou que fossem ouvidos os “autores do fato”. Apesar de não haver a citação nominal, o entendimento da PGR é que Bolsonaro é uma das pessoas a serem ouvidas sobre o episódio.

O pedido da PGR foi feito após a ministra do STF cobrar uma posição da procuradoria sobre a notícia-crime apresentada por três senadores ao tribunal pedindo a investigação das denúncias.

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A compra da Covaxin começou a chamar atenção das autoridades desde que o contrato foi firmado, em fevereiro deste ano. O contrato previa que o governo compraria 20 milhões de doses do imunizante por US$ 15 a dose, o equivalente a R$ 1,6 bilhão. Na época, este foi o único contrato em que o ministério comprou vacinas de uma empresa intermediária e não diretamente do fabricante. Além disso, o preço da dose da vacina indiana é o mais caro já contratado pelo governo para um imunizante contra a Covid-19.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: Inscrições para o Enem terminam na quarta-feira

© Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Termina na próxima quarta-feira (14) o prazo para inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Os interessados em participar do certame, isentos ou não, devem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para fazê-lo, na Página do Participante.

A taxa de inscrição para os não isentos é de R$ 85. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

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Provas

As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões também terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

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No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Lima Campos: Secretaria de Saúde convoca população para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19

A maioria das vacinas utilizadas contra a Covid-19 usa duas doses para imunização. CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal seja completo. A única exceção, até o momento, é o imunizante desenvolvido pela Johnson & Johnson, que utiliza apenas uma dose.

Por que precisamos de duas doses da vacina?

Os estudos das vacinas foram feitos com a imunização em duas doses. Ou seja, a eficácia prometida pelas empresas foi determinada a partir dos testes com duas aplicações. Além de aumentar a proteção, a segunda dose ajuda a prolongar essa proteção.

Por esse motivo a Secretaria de Saúde de Lima Campos convoca todas as pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid no dia 20 DE ABRIL para comparecerem ao local de vacinação nesta terça-feira, dia 13, para tomarem a segunda dose do imunizante.

NÃO DEIXE DE COMPLETAR O CICLO DA VACINA!

Brasília: Governo autoriza Forças Armadas a combater desmatamento em Mato Grosso

© Mário Vilela/Funai

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto nesta quinta-feira (8) para ampliar a atuação das Forças Armadas na repressão a delitos ambientais no estado de Mato Grosso. Na semana passada, o presidente havia assinado o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental válido para toda a Amazônia. A medida, no entanto, se restringe a operações em áreas de propriedade ou posse da União, como terras indígenas, áreas federais de preservação, imóveis da União, entre outros, e está também limitada às regiões com maior incidência de queimadas e desmatamento, que abrangem 26 municípios. 

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Em outras áreas a ação somente poderá ser realizada se houver pedido do respectivo governador do estado ao presidente da República. Além de Mato Grosso, que recebeu aval de Bolsonaro, Rondônia também já havia formulado um requerimento despachado favoravelmente. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

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Desde 2019, foram autorizadas duas operações das Forças Armadas na Amazônia, chamadas Verde Brasil 1 e 2. A mais recente se encerrou em abril.  A renovação da atuação dos militares na região havia sido anunciada pelo vice-presidente Hamilton Mourão no mês passado. De acordo com Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, o custo da nova operação será de R$ 50 milhões, no período que vai de 28 junho a 31 de agosto.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Rio: Fiocruz: país tem redução de mortes por covid-19 pela 1ª vez no ano

© Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC

Pela primeira vez neste ano, não houve aumento das taxas de incidência ou de mortalidade por covid-19 em nenhum estado do país. A informação consta na nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quinta-feira (8), que reafirma tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde (SUS) pela quarta semana consecutiva. A análise compreende o período de 20 de junho a 3 de julho.

“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o país”, alertam os pesquisadores.

Segundo o boletim, mesmo com redução expressiva no número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda são muito altas em vários estados. Em sua maioria, esses números indicam casos graves de covid-19. Os pesquisadores também afirmam que os padrões observados nos últimos meses evidenciam uma redução da taxa de mortalidade, parâmetro não acompanhado pela taxa de incidência. Esse cenário pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação, que atingiu os grupos mais vulneráveis em um primeiro momento.

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De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, estes avanços vão configurando novos cenários. No momento atual, o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos.

“O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia, como os relacionados a garantia da cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil (30 a 59 anos), e reconhecer situações específicas de vulnerabilidade, requerendo abordagens mais adequadas às novas faixas etárias, e um aprofundamento das discussões sobre a repercussão da pandemia nestes estratos populacionais”, destacou a Fiocruz.

Taxa de ocupação

O boletim demonstra que a maioria dos estados apresentou queda substantiva na taxa de ocupação dos leitos de UTI covid-19, com destaque para as mudanças nos quadros de Tocantins (90% para 71%) e Sergipe (88% para 56%), que migraram da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário e para fora da zona de alerta, respectivamente.

Em outros 14 estados, as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 caíram pelo menos cinco pontos percentuais: Acre (37% para 26%), Pará (63% para 55%), Amapá (55% para 50%), Piauí (76% para 69%), Rio Grande do Norte (72% para 57%), Paraíba (59% para 49%), Pernambuco (76% para 63%), Alagoas (77% para 66%), Bahia (75% para 70%), Minas Gerais (75% para 70%), Paraná (94% para 89%), Santa Catarina (92% para 85%), Mato Grosso do Sul (88% para 74%) e Goiás (85% para 74%).

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Com queda de quatro pontos percentuais, o Rio de Janeiro saiu da zona de alerta, com a taxa de ocupação caindo de 63% para 59%. No Maranhão, a taxa caiu de 79% para 75% e em São Paulo, de 76% para 72%. O Distrito Federal tem mantido o indicador relativamente estável, um pouco acima de 80%.

As informações completas do boletim da Fiocruz podem ser acessadas na página da fundação na internet.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Rio: Coronéis, atravessadores, reverendo, fiscal; saiba quem é quem nas denúncias na Saúde que a CPI apura

Coronéis, atravessadores, reverendo, fiscal; saiba quem é quem nas denúncias na Saúde que a CPI apura Foto: Editoria de Arte

Desde que foi instalada para apurar omissões do governo federal, dos estados e municípios nas medidas de enfrentamento a pandemia, a CPI da Covid já ouviu integrantes do Ministério da Saúde envolvidos em denúncias de superfaturamento de contratos de compra de vacinas, recebeu denúncias de pressões pela aprovação de vacinas que ainda não haviam sido aprovadas pela Anvisa e políticos envolvidos nos escândalos na Saúde.

Veja alguns dos personagens dos casos suspeitos de ilegalidades em negociações de compra das vacinas AstraZeneca e Covaxin:

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Eduardo Pazuello

Pazuello afirma que pediu ao secretário-executivo Élcio Franco que averiguasse denúncias em contrato da Covaxin Foto: ADRIANO MACHADO / Reuters

Ministro da Saúde por mais tempo na gestão Bolsonaro, o general da ativa nega que o governo tenha sido omisso na compra de vacinas, isenta o presidente de responsabilidades na condução da pandemia e diz que o governo foi impedido de enfrentar o vírus.

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde buscou poupar o presidente Jair Bolsonaro ao afirmar que nunca recebeu ordens diretas dele para fazer algo diferente da conduta adotada em sua gestão e apresentou versões inconsistentes sobre a crise de oxigênio em Manaus e a criação de um aplicativo que indicava cloroquina.

A declaração sobre o presidente, inclusive, contradiz um vídeo gravado pelo próprio Pazuello em outubro de 2020, após o então ministro ser desautorizado por Bolsonaro em relação à compra da vacina Coronavac. Na ocasião, ao lado do presidente, Pazuello afirmou que “um manda, outro obedece”.

Pazuello disse ainda que Bolsonaro esteve a par de todo o processo de tratativas para compra da vacina da Pfizer, que se estendeu de julho do ano passado até março deste ano, negou que as ofertas tenham ficado inicialmente sem resposta e se comprometeu a enviar à CPI os registros de comunicações do ministério com a farmacêutica.

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Elcio Franco

Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho depõe à CPI da Covid Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O coronel da reserva foi secretário-executivo do Ministério da Saúde, considerado o número 2 da pasta na gestão de Pazuello. Franco é apontado como o responsável por dar a palavra final nos contratos suspeitos da vacina Covaxin.

Há um mês, o ex-secretário-executivo foi nomeado como assessor especial da Casa Civil. Segundo auxiliares palacianos, o militar ficou dedicado a compilar dados e preparar respostas para abastecer representantes do governo convocados pela comissão parlamentar. Ele também atuou diretamente na preparação do ex-ministro Pazuello para responder os questionamentos dos senadores.

O PM Luiz Paulo Dominguetti, que denunciou um pedido de propina por doses da vacina AstraZeneca, disse que se encontrou com Élcio Franco para negociar a venda do imunizante. Ele diz que levou a proposta de venda da vacina a Roberto Dias, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Lauricio Monteiro Cruz, e ao secretário-executivo Elcio Franco. De acordo com ele, o encontro com Elcio Franco foi intermediado por Laurício.

Roberto Dias

Ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias depõe à CPI da Covid, no Senado Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Foi diretor do Departamento de Logística do Ministério de Saúde e acusado por Dominguetti de pedir propina de US$ 1 por unidade  pela compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. É suspeito ainda de ter pressionado pela aprovação da vacina Covaxin.

Dias foi acusado por Dominghetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply e negociava a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Segundo o vendedor, Dias cobrava um dólar por dose de vacina vendida ao ministério.

Dias confirmou que conheceu Dominghetti no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, mas negou ter pedido propina e disse que solicitou ao representante da empresa Davati que encaminhasse um pedido formal de compra de vacina, que nunca prosperou.

Ontem, o presidente da CPI da Covid, Osmar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão para o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde após virem à tona, em reportagem da CNN, áudios que desmentem a versão de Dias sobre encontro com o cabo da Polícia Militar Luis Paulo Dominghetti, em restaurante em Brasília.

Segundo o presidente da CPI, Dias mentiu sobre o encontro com Dominghetti, em um restaurante em Brasília, onde ele teria feito o pedido de propina. À comissão, Dias disse que o jantar entre os dois não foi programado. Ele estava tomando chope com um amigo quando o PM apareceu. Omar, porém, citou áudios do celular de Dominguetti apontando que o encontro foi previamente combinado.

Marcelo Blanco

Tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

O tenente-coronel da reserva foi assessor do departamento de Logística do ministério. Seu nome foi citado por Luiz Paulo Dominguetti à CP como a pessoa que fez a ponte entre ele e Roberto Dias. Blanco estaria no jantar em que foi pedida propina pela vacina AstraZeneca.

Tanto Dias quanto Dominguetti afirmam que o militar estava presente no jantar em que o PM alega ter sido ofertada a propina. À CPI, Dominguetti disse que foi Blanco quem fez a ponte entre ele e Dias, afirmando que tinha um bom relacionamento dentro do ministério.

Blanco foi exonerado do cargo em janeiro deste ano e  chegou a ser designado para substituir Dias após sua demissão. No entanto, a pasta recuou e nomeou o general da reserva Ridauto Lucio Fernandes para o cargo de diretor do Departamento de Logística.

Blanco havia sido nomeado ao departamento no início de maio do ano passado, ainda na gestão do ex-ministro Nelson Teich. Segundo o GLOBO mostrou à época, o militar substituiu a servidora Adriana Maria Pinhate, que trabalha no posto desde 2012.

Marcelo Pires

O coronel foi nomeado para a coordenação do Plano Nacional de Operacionalização das Vacinas contra a Covid-19 na gestão Pazuello. É acusado pelo servidor Luis Ricardo Miranda de pressioná-lo pela aprovação de pagamentos referentes à vacina indiana Covaxin.

Arnaldo Medeiros

É secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Medeiros participou da primeira reunião no ministério, em novembro, com representantes da Precisa Medicamentos, empresa que faz a intermediação na compra da indiana Covaxin.

Alex Lial Marinho

Coordena o departamento onde trabalha o servidor Luis Ricardo Miranda no Ministério da Saúde. É acusado pelo subordinado de ter pressionado pela aprovação do contrato de compra da Covaxin.

Regina Célia

Regina Celia depõe à CPI da Covid Foto: Reprodução / Reprodução

Citada pelo servidor Luis Ricardo Miranda, ela atuava como fiscal do contrato de compra da Covaxin e autorizou a negociação do imunizante mesmo após as denúncias dos irmãos Miranda ao presidente Bolsonaro.

Luis Ricardo Miranda

É chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde e denunciou que estaria sofrendo pressão fora do comum dentro da pasta para fechar a compra da indiana Covaxin, mesmo após encontrar irregularidades no contrato.

Luis Miranda (DEM-DF)

O deputado federal Luis Miranda presta depoimento à CPI da Covid Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/25-06-2021

O deputado federal foi procurado pelo irmão, o servidor Luis Ricardo, para levar o caso da pressão pela Covaxin a Jair Bolsonaro. À CPI, ele disse que o presidente citou o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como envolvido na compra da Covaxin.

Após em diversos momentos afirmar que não se lembrava do nome do parlamentar, Miranda foi pressionado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS) para finalmente revelar de quem se tratava.

Deputado Ricardo Barros (PP-PR)

Líder do governo na Câmara, teve seu nome envolvido na compra suspeita da Covaxin. É acusado de improbidade por supostamente ter beneficiado a empresa Global Gestão em Saúde quando foi ministro da Saúde. A Global é sócia da Precisa,alvo da CPI.

Francisco Maximiano

Sócio da Precisa Medicamentos, que representa a Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, no Brasil. Documentos da CPI comprovam que a empresa cobrou urgência do Ministério da Saúde na tramitação do contrato, suspeito de irregularidades.

Cristiano Carvalho

O representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil Cristiano Alberto Carvalho Foto: Reprodução Facebook

É o representante da Davati no Brasil. Dominguetti diz que o empresário teria dado aval para que ele negociasse a vacina com o Ministério da Saúde  em nome da empresa.

No depoimento de Dominguetti à CPI, o policial disse que o empresário teria feito um acordo verbal com ele para que pudesse atuar em nome da empresa junto ao Ministério da Saúde para negociar as 400 milhões de doses da AstraZeneca. Ainda segundo Dominguetti, antes que ele tivesse contato com Dias e os demais militares ligados à pasta, era Carvalho quem estava à frente da negociação.

Luiz Paulo Dominguetti

Luiz Paulo Dominguetti Pereira durante depoimento na CPI da pandemia Foto: PABLO JACOB / O Globo

É policial militar e se apresentou como representante da Davati Medical Supply — que diz ser intermediária da vacina AstraZeneca. Dominguetti acusa o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias de pedir propina pela vacina.

Dominguetti trabalha como policial militar na cidade Alfenas, no Sul de Minas, e disse em seu depoimento que começou a atuar no mercado de insumos para complementar a renda. Apesar da negociação entre Ministério da Saúde e a Davati ser de grande porte — a oferta era para 400 milhões de doses —, Dominguetti não tem uma muita experiência no ramo e reconheceu que até então não tinha feito grandes negócios na pasta. Ele afirmou também ter dívidas a pagar e que deve quatro meses de aluguel. Ele admitiu que, como militar da ativa, não poderia estar exercendo outra função e está disposto a arcar com as consequências.

Reverendo Amilton Gomes de Paula

O reverendo Amilton Gomes de Paula foi autorizado pelo ministério a intermediar a venda de vacinas Foto: Reprodução

Mensagens indicam que o reverendo recebeu aval do diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, para negociar doses da AstraZenecaem nome do governo brasileiro com a  Davati.

o reverendo teria sido autorizado pelo Ministério da Saúde a negociar a compra de vacinas. Fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), uma associação privada, ele disse ao GLOBO na terça-feira que sua entidade recebeu uma oferta de doação para ajudar a empresa americana Davati Medical Supply a fechar um contrato para fornecer 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

O Jornal Nacional revelou no sábado que o reverendo foi autorizado pelo ministério a intermediar a venda de vacinas. O caso levanta suspeitas porque nem Amilton de Paula nem a sua entidade têm qualquer ligação com o poder público. A Senah foi fundada em 1999 e tem uma relação próxima com a Frente Parlamentar Evangélica.

Luiz Paulo  Dominguetti, citado por Amilton de Paula como responsável pela suposta proposta, é o mesmo que acusou o ex-diretor de Logística do ministério Roberto Dias de cobrar propina para fechar o contrato com a Davati.

Amilton de Paula afirma que, na primeira reunião presencial, Dominguetti teria oferecido uma doação à Senah, sem especificar valores, para recompensar o apoio da organização à negociação. Ele não citou a Davati, mas disse que Herman Cárdenas, presidente da empresa nos Estados Unidos, teria feito doações a organizações em outros países.

Lauricio Monteiro Cruz

O médico veterinário Lauricio Monteira Cruz, durante entrevista Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/08-09-2015

Cruz ocupava o cargo de diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, e teve seu nome envolvido em uma série de e-mails apresentados pelo Jornal Nacional, que mostravam que ele autorizou o reverendo Amilton Gomes de Paula a intermediar a compra das 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Em depoimento à CPI da Covid,  Dominguetti afirmou que Lauricio Cruz intermediou uma reunião com o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.Cruz foi exonerado do cargo, ocupado por ele desde agosto de 2020. À época, o diretor foi nomeado pelo então ministro Pazuello.

“Renato Compra Vacinas”

Identificado dessa forma no celular apreendido de Dominguetti, é um interlocutor do representante da Davati no governo . Disse que o reverendo Amilton Gomes estivera com Bolsonaro. Ainda não está claro quem, de fato, é Renato.

Helcio Bruno de Almeida

Coronel da reserva, Helcio Bruno de Almeida é indicado por Dominguetti como a pessoa que viabilizou o encontro entre ele, o reverendo Amilton, o representante da Davati, Cristiano Carvalho, com Elcio Franco para negociar a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca.

fonte: oglobo.globo.com

Mundo: Suspeitos de assassinato do presidente do Haiti são mortos a tiros

© REUTERS/Valerie Baeriswyl/Direitos Reservados

Quatro pessoas supostamente envolvidas no assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moise, foram mortas pela polícia e mais duas foram detidas nessa quarta-feira, anunciou o diretor-geral da polícia, Léon Charles.

A operação também libertou três agentes da polícia que tinham sido sequestrados pelos possíveis assassinos.

“Quatro suspeitos foram mortos, dois foram detidos e estão sob o nosso controle Três policiais que tinham sido feitos reféns foram libertados”, afirmou Charles.

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Segundo o secretário da Comunicação, Frantz Exantus, eles foram detidos pela polícia após intenso tiroteio em Pelerin, onde fica a residência de Moise.

O ministro da Cultura, Pradel Henriquez, disse que os suspeitos do assassinato são estrangeiros, falam espanhol e inglês, mas não forneceram detalhes sobre sua nacionalidade ou identidade.

O primeiro-ministro interino, Claude Joseph, afirmou que a situação de segurança no país está “sob controle”, acrescentando que o relatório sobre a morte de Moise foi concluído e que o seu corpo foi transferido para um necrotério na capital.

Em relação ao estado de saúde da primeira-dama, Martine Moise, também ferida no ataque, Joseph assegurou que ela está “fora de perigo”, depois de ter sido transferida para um hospital em Miami, nos Estados Unidos.

Ele informou que conversou com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, com quem discutiu a situação política no país, especialmente a organização das eleições presidenciais e legislativas, marcadas para 26 de setembro.

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O presidente haitiano, Jovenel Moise, foi assassinado nessa quarta-feira (7) em casa, o que ameaça desestabilizar ainda mais o país das Caraíbas, que já enfrenta uma crise política e de segurança.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br