São Paulo: Brasil recebe mais de 5 milhões de doses da vacina contra covid-19

© Reuters/Direitos Reservados

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recebeu neste domingo (12) o total de 5,1 milhões de doses da Pfizer/BioNTech. Os lotes desembarcaram pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Essa é a maior remessa já entregue pela farmacêutica em um dia desde o começo da campanha de vacinação.

Os lotes com as doses foram divididas em quatro voos ao longo do dia. O primeiro, com 1,3 milhão, desembarcou ainda na madrugada do domingo. O segundo voo, com 1,1 milhão de vacinas, chegou por volta das 10h30. Outras duas remessas, com 1,1 milhão e 1,5 milhão, chegaram à tarde.

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Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas vão acelerar a campanha de vacinação que já imunizou mais de 70 milhões de brasileiros com as duas doses ou a vacina de dose única, ou seja, quase 44% da população adulta. Os reflexos da imunização da população aparecem nos dados epidemiológicos todos os dias. Na última semana, 23 estados estavam com ocupação de leitos abaixo de 50%.

Desde o início da campanha de vacinação, das 259,4 milhões de doses distribuídas aos estados e Distrito Federal, 59 milhões são da farmacêutica Pfizer/BioNTech. Para que as vacinas cheguem aos postos de imunização, as doses passam por um rápido e rigoroso controle de qualidade.

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No total, o Ministério da Saúde já entregou aos estados e ao DF mais de 259 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Mais de 136 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose dos imunizantes, isto é, cerca de 85% dos 160 milhões de brasileiros com mais de 18 anos.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Trizidela do Vale: Setembro Amarelo: Campanha reforça importância de Prevenção ao Suicídio

Foto: Assessoria de Comunicação

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. É neste mês que ações são realizadas buscando promover a saúde mental e dar destaque a centros que oferecem ajuda a quem precisa.

Ontem (10), foi realizada uma ação na Praça da Juventude, em alusão ao dia “D” Mundial da Prevenção do Suicídio. O objetivo do dia é conscientizar as pessoas que o suicídio pode ser evitado.

O evento contou com as participações da coordenadora do ambulatório de saúde mental, Josyane Fernandes; da coordenadora da atenção básica de saúde, Arlene Freitas; da gestora de políticas públicas para as mulheres, Dina Selma; secretária de educação, Sônia Abreu; da psicóloga, Fernanda Souza, que ministrou uma palestra sobre a prevenção do suicídio e do pastor Jucelio, da Igreja Batista, que fez uma oração por este momento.

Falar sobre o suicídio é uma forma de prevenir, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema. Que possamos ficar atentos aos sinais e não ignorar um pedido de ajuda, todas as vidas importam”, alertou a secretária municipal de saúde, Fabiana Meireles.

A cor amarela, segundo o site do Centro de Valorização da Vida (CVV), representa a vida, a luz e o sol, simbolismo que reflete a proposta da campanha de preservar a vida.

O evento contou ainda com uma apresentação teatral do grupo de teatro CTNAC, apresentando uma linda mensagem, encenada por atores que retrataram a realidade de quem vive com depressão e de que maneira procurar ajuda.

Fotos: Assessoria de Comunicação

De acordo com o Secretária de Saúde, Fabiana Meireles, as ações em alusão a Campanha serão realizadas durante todo esse mês.

Precisamos conscientizar que as pessoas que passam por depressão não estão fazendo drama, não estão querendo chamar atenção, não é a falta de Deus e muito menos frescura. Precisamos dar as mãos, ter empatia com o nosso próximo, não julgar a dor que não é nossa. Vamos respeitar e acolher quem mais precisa”, finalizou a secretária de saúde.

fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Trizidela do Vale – MA

Por Thony Maranhão

Maranhão: 29 vagas abertas na UFMA com salários de R$ 5 mil

(Foto: Reprodução)

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informa a todos mediante publicação no Diário Oficial da União sobre a realização de um Processo Seletivo Simplificado que tem como objetivo à contratação de 29 Professores Substitutos.

Conforme consta no edital, as oportunidades são para as áreas de:

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Zoologia de Invertebrados (1)
Proctologia (1)
Matemática (1)
Automação e Controle/Eletrônica (1)
Psicologia Geral (1)
Fundamentos da Prática de Assistência de Enfermagem (1)
Piano/Técnica de Expressão Vocal (1)
Violão/Educação Musical (1)
Trompete/Estruturação Musical (1)
Solos, Economia Rural e Administração Rural (1)
Ciências Ambientais (1)
Estruturas (1)
Obstetrícia (1)
Ginecologia (1)
Pediatria (1)
Fisiologia (1)
Ciências da Saúde/Medicina (1)
Ciências da Saúde/Farmácia (1)
Engenharia Ambiental e Sanitária (1)
Automação e Controle (1)
Edição e pós-produção para rádio (1)
Comunicação Social/Relações Públicas (1)
Fundamentos da Educação/Psicologia da Educação, Política e Planejamento da Educação e Educação Especial (1)
Práticas Médicas V – Pediatria / Eixo Integrador (1)
Fundamentos da Prática e da Assistência Médica – FPAM (1)
Matemática (1)
Engenharia de pesca/Recursos Pesqueiros/Aquicultura (1)
Libras (1)
Sociologia (1)

Salários e jornada de trabalho

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Profissionais que tenham graduação, pós-graduação, residência médica de acordo com o exigido para o cargo pretendido, podem se inscrever para atuar em jornada de 20 e 40 horas semanais. A remuneração deste docente varia de R$ 3.130,85 a R$ 5.831,21.

Inscrições

As inscrições devem ser realizadas até 17 de setembro de 2021, exclusivamente no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) da UFMA.

No ato da inscrição, o candidato deverá anexar os seguintes documentos: currículo no modelo Plataforma Lattes/CNPq (comprovado com as cópias dos respectivos certificados, diplomas, certidões, declarações, portarias e produção científica para fins de pontuação no julgamento de títulos e ordenado, obrigatoriamente, conforme a Tabela de Pontuação do Anexo II da Resolução nº 1.598/2017), comprometendo-se o candidato pela veracidade das informações; comprovante de pagamento da taxa de inscrição – Guia de Recolhimento da União (GRU), no valor de R$ 100, além dos demais documentos comprobatórios.

A classificação dos participantes inscritos consistirá aplicação de prova didática e julgamento de títulos.

O contrato de trabalho terá vigência por um período de seis meses, com possibilidade de renovação, não podendo exceder a 24 meses no seu total, nos termos da legislação vigente.

Prazo

Já o prazo de validade deste Processo Seletivo será de um ano contado a partir da data de publicação do resultado da seleção no Diário Oficial da União, sem a possibilidade de ser prorrogado.

fonte: oimparcial.com.br

Brasília: Bolsonaro e aliados tentam conter danos, após recuo do presidente frustrar militância

Eduardo Bolsonaro, General Heleno e Otoni de Paula Foto: Agência O Globo

Um dia após o recuo de Jair Bolsonaro nos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deixou desnorteada parte da militância bolsonarista, o presidente foi duas vezes a público ontem justificar porque publicou a nota de tom ameno. O presidente buscava uma explicação aos apoiadores mais radicais, que formam seu núcleo mais fiel e estavam descontentes com o que consideraram uma rendição — “não dá para ir para o tudo ou nada”, chegou a dizer o presidente.

Nas redes sociais, entrou em cena a construção de uma narrativa para defender o presidente. Bolsonaristas que, na quinta-feira, criticavam o mandatário ou se diziam decepcionados com ele adotaram um tom de apoio. A hashtag #euconfionopresidente foi uma das mais comentadas.

Líderes da artilharia nas redes, os filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro tiveram reação tímida sobre o tema nas primeiras 24 horas após a divulgação do texto.

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Bolsonaro disse que as pessoas criticaram a nota, escrita com apoio do ex-presidente Michel Temer, sem ler o documento inteiro. No texto, publicado dois dias após chamar o ministro Alexandre de Moraes de “canalha” e dizer que não cumpriria mais suas decisões, o presidente afirma que as ameaças ao Supremo foram feitas no “calor do momento”, que nunca teve “intenção de agredir” outros Poderes e que Moraes tem qualidades como “jurista e professor”.

O presidente lembrou que os indicadores da Bolsa melhoraram após o documento e que a cotação do dólar influencia o preço da gasolina:

— Alguns querem que degole todo mundo. Mas hoje em dia não existe mais país isolado — afirmou. — Alguns querem imediatismo. Você namora e casa em uma semana, vai dar errado seu casamento.

Após as declarações do presidente, parte de sua base montou uma operação para demonstrar apoio. O discurso escolhido foi de que não é a primeira vez que uma decisão de Bolsonaro desagrada num primeiro momento e se mostra acertada depois. Como exemplo, bolsonaristas citaram a demissão do ex-juiz Sergio Moro, que após saída do governo virou inimigo.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que chegou a se dizer “frustrada” com o comunicado, anteontem, foi à tribuna da Câmara defender a ação de Bolsonaro.

— Vocês podem não ter entendido o propósito dessa nota, assim como muitos não entenderam o pedido de demissão do Moro lá atrás, mas hoje a história conta quem é Moro e quem é Bolsonaro. Deem um tempo para o presidente — declarou a parlamentar.

Carlos Jordy (PSL-RJ) reconhece que o tom da nota destoa do modo com que Bolsonaro vinha tratando o Judiciário, mas diz que o movimento foi necessário para apaziguar os ânimos.

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— Fazer uma nota em tom apaziguador, que muitos julgaram que fosse um pedido de desculpa, não é do feitio do presidente e causou um impacto. Mas ele entende que esse tensionamento, que não é provocado exclusivamente por ele, não é bom para o Brasil — disse.

As respostas são destinadas principalmente a apoiadores mais radicais, os primeiros a discordar do tom da nota ainda na quinta-feira, como o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), que fixou as críticas nos conselheiros do mandatário, e o bloqueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, que chegou a fazer publicações com as expressões “game over” (fim de jogo) e “inacreditável” anteontem. Um dia depois, já estava dizendo, que o presidente “tem feito de tudo” para cessar o que ele considera uma “inconstitucionalidade”, o tratamento dado por Moraes a apoiadores de Bolsonaro em ações do STF.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, gravou ontem vídeo na linha adotada pelos demais apoiadores:

— Alguns fatos deixaram alguns de nós desanimados — afirmou o general da reserva. — Nosso presidente possui formidável senso político. Discordei dele algumas vezes e depois descobri que ele tinha razão.

Nas redes sociais, depois que a oposição dominou debates sobre a nota anteontem, a hashtag #EuConfioNoPresidente somou mais de 85 mil tweets até o fim da manhã. Análise feita pela consultoria Arquimedes, a pedido do GLOBO, a partir de 95 mil publicações de quinta-feira no Twitter mostrou que a oposição fez 85% do total de publicações sobre a nota. Termos como “covarde”, “Bolsonaro arregou” e “Bolsonaro acabou” foram os assuntos mais comentados.

Filhos reagem

Os filhos do presidente trataram o recuo de Bolsonaro de forma diferente nas redes. O senador Flávio Bolsonaro foi o único que havia seguido, até o fim da tarde, o mote da campanha dos aliados, ao pedir para que “confiem no capitão”, pois ele “sabe o que está fazendo”.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) não escreveu nada sobre a nota. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) mencionou o caso indiretamente ao publicou uma lista de fatos que geraram críticas a Bolsonaro, mas que ele não considera erros, como a demissão de Moro, indicação de Kassio Nunes Marques ao STF e a gestão dos incêndios na Amazônia, além de atacar o adversário João Doria, que ironizou o presidente.

No fim do dia, o vide-presidente Hamiltom Mourão elogiou a nota, que classificou de “mea-culpa” de Boslonaro e disse que vê caminhos para a retomada de diálogo entre os Poderes.

fonte: oglobo.globo.com

Mundo: Passados 20 anos, consequências do 11 de setembro ainda geram debate

© REUTERS/Brad Rickerby/Direitos reservados

Lá se vão 20 anos de um dos dias mais fotografados, filmados e comentados da história da humanidade. Quando uma das duas torres do World Trade Center foi atingida por um avião com 92 pessoas a bordo, toda a imprensa mundial interrompeu o que estava fazendo e voltou suas atenções para Nova York. No horário de Brasília, adiantado uma hora em relação ao epicentro dos acontecimentos, os relógios marcavam 9h46. Menos de 20 minutos depois, a outra torre se tornou alvo de um segundo avião, com 65 passageiros a bordo. 

Muitas pessoas que nasceram nas décadas de 1960, 1970 e 1980 ou mesmo no início da década de 1990 costumam se lembrar com exatidão do que estavam fazendo naquele 11 de setembro de 2001 quando tomaram conhecimento do que se passava. Em todo o mundo, onde houvesse uma televisão ligada, havia uma reunião de pessoas intrigadas com as cenas: cada uma das duas torres em chamas demoraria cerca de uma hora para ir ao chão depois de atingida. Com a queda dos edifícios, que funcionavam como um complexo comercial, quase 3 mil pessoas perderam suas vidas. Uma nuvem de poeira se formou por quilômetros.

O atentado se tornou um dos maiores eventos da história.

Ao todo, quatro aviões comerciais foram sequestrados por terroristas. Além dos dois direcionados ao World Trade Center, um foi jogado contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos localizado na capital Washington. O último acabou caindo na zona rural de Shanksville, no estado da Pensilvânia. Especula-se que o alvo poderia ser o Capitólio, sede do Congresso, ou a Casa Branca, residência oficial do presidente do país.

Os desdobramentos são bastante conhecidos: a Al Qaeda assumiu a autoria do atentado e, no mês seguinte, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, onde a organização terrorista estaria abrigada. O país era comandado na época pelo Talibã, um grupo fundamentalista que aplica sua interpretação da Sharia, a lei islâmica. Após duas décadas, o governo norte-americano decidiu encerrar a ocupação e, no mês passado, o Talibã retomou o controle do Afeganistão, quando as tropas dos Estados Unidos estavam organizando sua retirada. O então presidente afegão Ashraf Ghani, eleito em 2014 e reeleito em 2019, não ofereceu resistência ao Talibã e fugiu do país.

Apesar da cronologia dos acontecimentos ser de domínio público, muitos aspectos ainda são debatidos por especialistas. São questões que vão além da superficialidade dos fatos e envolvem os seus efeitos.

“No final da década de 1990, caminhávamos para a consolidação de uma atmosfera mais liberal no sentido capitalista, com os Estados abrindo suas fronteiras e seus mercados e com relações mais pacíficas entre os países. De repente, isso mudou. Começou a haver contestações à visão americana, sobretudo pela Rússia e pela China. As fronteiras ficaram mais fechadas. A questão do uso da força voltou a ser um componente nas relações internacionais. E tivemos um avanço do terrorismo. Mesmo com a redução dos ataques e das mortes nos últimos anos, os números hoje ainda são muito mais altos do que eram antes de 2001”, completa.

Ele pondera, no entanto, que o mundo não deve ser analisado somente pela ótica de um evento. “Muita coisa aconteceu de lá pra cá. Há efeitos, mas estamos hoje numa situação mais complexa e delicada”, avalia.

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Políticas de segurança

Como desdobramento do atentado, uma série de leis aprovadas em torno da palavra de ordem “guerra ao terror” reduziu a liberdade e a privacidade de cidadãos nos Estados Unidos, especialmente de estrangeiros. A Europa também seguiu essa tendência. Foram definidos, em todo o mundo, novos mecanismos e protocolos de controle nos aeroportos: revista mais minuciosa das bagagens, uso de detector de metal, restrição a líquidos na mala de mão. A tecnologia foi aprimorada para aprofundar o monitoramento, com scanners corporais, detectores de explosivos e outros equipamentos.

Segundo Thiago Rodrigues, pesquisador em relações internacionais e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), o desenvolvimento da tecnologia de segurança colocado em marcha após o 11 de setembro gerou e continua gerando mecanismos de controle das populações, como a biometria e os variados dispositivos para monitoramento do espaço urbano.

“Quem começou a viajar nos últimos 20 anos, principalmente as pessoas mais jovens, não sabe como era antes. Hoje temos diversas camadas de controle, que vão desde a emissão de vistos até as revistas rigorosas nos aeroportos. Mas com exceção dos grupos capturados na iminência de um atentado, não dá pra saber exatamente quantos ataques foram inibidos por essas medidas de segurança. Então os efeitos realmente mensuráveis não são os efeitos sobre os terroristas, mas sobre nós. Mesmo que o terrorismo sumisse hoje, essas tecnologias criadas em nome do combate ao terrorismo não seriam abandonadas”, avalia.

Jorge Lasmar considera que o terrorismo exige que o mundo se mantenha vigilante. “A gente continua tendo atentados e algumas dessas regras conseguem impedir novos ataques.”

No entanto, ele também vê efeitos colaterais que decorrem desse ambiente de controle, como a construção de muros entre os países. “As fronteiras do mundo estão mais fechadas. Temos mais fronteiras físicas entre os Estados do que tínhamos depois da Segunda Guerra Mundial. Há a questão dos refugiados e as dificuldades para o reconhecimento de asilo. A exigência de vistos diante do fluxo de pessoas.”

Em meio a toda essa vigília das populações, os pesquisadores veem um fortalecimento dos estereótipos contra imigrantes provenientes de países considerados uma ameaça aos valores ocidentais, como a democracia e a liberdade individual.

“Isso tem gerado um outro tipo de extremismo, que tem motivação étnica. Está ligado aos movimentos de supremacia branca, que se alimentam dessa retórica estereotipada contra as pessoas do Oriente Médio. É algo que cresceu muito nos últimos anos no mundo ocidental. E ainda se fala pouco disso. Ainda há um pudor em reconhecer esses grupos como grupos. Mas fechar os olhos para essa questão é um problema, porque esse movimentos vão ganhando força”, observa Lasmar.

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Impactos militares

O atentado também revelou sofisticações nos modos de operar de grupos terroristas. Um aspecto que chama a atenção foi a dificuldade encontrada para localizar Osama bin Laden, líder da Al Qaeda e apontado como o idealizador dos ataques. Mesmo empregando a mais avançada tecnologia, foram necessários quase dez anos para que as forças norte-americanas o localizassem. Sua morte foi anunciada em maio de 2011.

A guerra ao terror se desdobrou em outras ações militares como a ocupação do Iraque em 2003, país que era comandado por Saddam Hussein desde o final da década de 1970. Na época, Estados Unidos e Inglaterra diziam deter provas de que o país guardava um grande arsenal de armas de destruição em massa que representava um perigo à população mundial. Saddam foi enforcado em 2006, mas as armas nunca foram encontradas. Os dois governos que lideraram a ocupação afirmaram, posteriormente, que confiaram em informações que se mostraram falsas.

As incursões militares no Oriente Médio não eliminaram os grupos terroristas. Nos últimos anos, o Estado Islâmico tem se tornando uma peça-chave nos conflitos que se desdobram na região, sobretudo na Síria, no Iraque e no Afeganistão.

A retomada do poder do Talibã no Afeganistão, na visão de Ariane Roder, retrata a ineficácia do uso de instrumentos clássicos de guerra para lidar com a situação. Segundo ela, as soluções requerem muito mais do que o uso da força.

Ela também observa que há uma dimensão de resistência cultural que alimenta os grupos terroristas. “A utilização realizada por alguns grupos terroristas da religião extremista como instrumento de aliciamento e construção do poder causou um distanciamento ainda maior entre culturas do Ocidente e Oriente, com desconfianças, preconceitos e desrespeitos”, acrescenta.

Para Jorge Lasmar, os Estados Unidos apostaram equivocadamente em um investimento maciço de propaganda sobre sua própria sociedade.

“Buscaram disseminar os valores americanos. Mostraram como a democracia ocidental é legal, como a vida no país é legal, como a liberdade não comporta o terrorismo. Mas muito disso não foi bem recebido não só no mundo muçulmano, mas em todo o mundo oriental. Era uma cultura exógena. E há outros caminhos. Diversos líderes muçulmanos são capazes de mostrar que não há nada na religião islâmica que legitime o terrorismo.”

Lei nacional

No Brasil, na véspera dos Jogos Olímpicos sediados pelo Rio de Janeiro em 2016, foi aprovada uma Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016). Havia um temor de que se repetissem cenas ocorridas dois anos antes, na Copa das Confederações de 2014, quando uma forte onda de manifestações resultou em cenas de violência e assustou turistas. Foi definida como terrorismo qualquer ação motivada por razões de xenofobia, racismo, etnia e religião, que tenha por objetivo causar terror social a partir do uso, transporte ou armazenamento de explosivos; gases tóxicos; conteúdos químicos, biológicos e nucleares; ou outros meios que possam promover a destruição em massa.

Essas ações podem envolver sabotagem ou ameaça em meios de transporte, portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, instalações militares e instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e instituições bancárias.

Segundo Thiago Rodrigues, a lei incorpora uma perspectiva de terrorismo disseminada de forma global. “Em parte, é resultado de uma pressão que tem a ver com o 11 de setembro. É uma pressão que vem do Comitê Olímpico Internacional, de alguns países específicos como os Estados Unidos e também do capital privado que investe e patrocina os eventos esportivos. Houve uma cobrança por medidas afinadas com as expectativas de países mais envolvidos na guerra contra o terrorismo”.

Ao mesmo tempo, ele observa a presença de outros componentes que não têm relação com o 11 de setembro. “Há outra parte que tem mais a ver com o nosso ambiente político. Há muitos anos de pressão de segmentos da sociedade e de uma ala do Congresso para se ter um maior controle de movimentos sociais consolidados no país. E a lei é ambígua o suficiente para deixar brechas. Dependendo da interpretação, pode ser usada para tentar criminalizar movimentos sociais.”

Jorge Lasmar vê pontos positivos e lacunas no texto da Lei Antiterrorista. “Caminhou numa direção certa de não de designar terroristas e, sim, atos terroristas. Há um excludente explícito dizendo que movimentos sociais não podem ser caracterizados com grupos terroristas. Pode-se até discutir se isso seria redundante, mas as legislações antiterroristas possuem um alto custo social, que pode ensejar maior militarização da polícia e aumento de força do Poder Executivo, o que faz com que esse tipo de resguardo seja positivo. Mal não faz. Movimento social não tem nada a ver com terrorismo”, explica.

“Mas o conceito de ato terrorista no Artigo 2º o vincula a uma motivação de discriminação racial, étnica, religiosa. Isso pode ser problemático porque existe um terrorismo político onde não há essa instância de discriminação”, completa o especialista.

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Pedreiras: Prefeitura realiza formação com os professores de apoio da educação especial

Foto: Assessoria de Comunicação da Prefeitur de Pedreira – MA

A Prefeitura Municipal de Pedreiras realizou formação com os professores de apoio da Educação Especial do município, visando o desenvolvimento de metodologias para o melhoramento da qualidade do ensino.

Na gestão Tempo de Reconstruir, os estudantes com deficiência ganharam uma atenção especial. O número de profissionais que prestam assistência aos alunos aumentou para 40.

Para a coordenadora da Educação Especial, Alana Cândido, a gestão tem avançado no processo de inclusão. “Uma da nossas maiores lutas, é garantir inclusão ao nossos alunos. Sabemos que não é fácil, mas estamos buscando os meios para que a acessibilidade torne-se realidade para todos, e a atual gestão vem garantindo esse acesso”, afirma.

A secretária de educação, Maria do Amparo, fala sobre como é importante a união de forças no processo educacional.

A educação acontece quando existe a união de forças, e é isso que estamos buscando, ainda estamos no início, mas faremos muito pela educação do município de Pedreiras em Todas as suas esferas.” Afirma, a secretária.

As instituições que trabalham com pessoas com deficiência do município também estão recebendo o suporte necessário, o que , segundo a presidente da Associação de Mães e Amigos de Autistas – AMA, Cícera Damasceno, vem sendo de grande importância no desenvolvimento das atividades.

Nossa Instituição que cuida de pessoas autistas é recente, estamos engatinhando ainda, por isso, precisamos de apoio para que essas crianças e adolescentes tenham um desenvolvimento adequado. A parceria com o Executivo Municipal faz toda a diferença nesse processo”, argumenta.

Fotos: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pedreiras – MA

Também estiveram presentes no evento, todo corpo docente da educação especial, e às Associações AMA, PESTALOZZI e APAE.

fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pedreiras – MA

Brasíla: “Estamos no pior momento da inflação”, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Edu Andrade / Ministério da Economia

Um dia após a divulgação da inflação, que se aproxima dos dois dígitos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que a pressão sobre os preços é uma questão chave e que o Brasil vive o pior momento da inflação.

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 9,68%, segundo dados do IBGE. O indicador tem sido pressionado, sobretudo, pelo preço dos combustíveis. A aceleração, no entanto, começou já no ano passado, com a elevação do preço dos alimentos e repercussões do aumento das tarifas de energia elétrica.

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— Inflação é uma questão chave. Eu acho que estamos no pior momento da inflação – disse o ministro durante painel do Credit Suisse.

Para ele, o processo de redução da inflação será lento:

— Ela vai reduzir lentamente e vamos fechar o ano entre 7,5% e 8% porque ainda temos alguns avanços para fazer – afirmou.

O ministro sugeriu ações como a reduzir tarifas de importação, fazendo alusão às discussões no âmbito do Mercosul, e de outras taxas, num movimento para abrir a economia.

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— Vamos reduzir (tarifas de importação), esse é o momento certo de aumentar a oferta, aumentar a integração nos mercados globais, e isso vai ajudar a controlar um pouco a escalada dos preços.

fonte: oglobo.globo.com

Brasília: Bolsonaro nega recuo, mas justifica publicação de nota: ‘Não pode ir para o tudo ou nada’

Presidente Jair Bolsonaro em discurso do 7 de setembro Foto: Foto: Alan Santos/PR / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro voltou a justificar a apoiadores no Palácio do Alvorada a declaração publicada ontem em que afirmou que as ameaças ao Supremo Tribunal Federal foram feitas no “calor do momento”. O presidente disse que não está recuando, mas afirmou que não é possível “ir para o tudo ou nada”.

Bolsonaro afirmou que espera que o movimento de caminhoneiros que bloqueia rodovias em alguns estados do país termine de vez até o domingo. Já na quarta-feira, Bolsonaro enviou um áudio em que pedia que os manifestantes desmobilizassem em razão dos impactos que bloqueios generalizados causariam para a economia.

— Você quando quer matar um verme, às vezes mata a vaca. Até domingo, se ficar parado, a gente vai sentir, mas se passar disso, complica a economia do Brasil. Ninguém tá recuando. Não pode ir pro tudo ou nada — afirmou.

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Desde a publicação da “Declaração à Nação”, em que Bolsonaro recua do tom dos ataques proferidos nas últimas semanas, alguns dos aliados reclamaram do que enxergaram como uma espécie de rendição de Bolsonaro.

O posicionamento de Bolsonaor irritou principalmente os apoiadores mais radicalizados. Nesta sexta-feira, diversos integrantes do governo foram às redes sociais para demonstrar apoio ao presidente. Ao fazer um aceno de pacificação aos outros poderes, Bolsonaro tenta manter a governabilidade enquanto permanece controlando sua base eleitoral.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro afirmou a apoiadores no Alvorada que os protestos não foram em vão.

—  Vai voltar a normalidade. O grande dia foi dia 7. O retrato é para o mundo todo. Não foi em vão não, fica tranquila —  disse a uma apoiadora.

O presidente reforçou a necessidade de que os seus apoiadores tenham paciência. Bolsonaro lembrou que o presidente eleito em 2022 poderá indicar mais dois ministros para o Supremo Tribunal Federal.

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— Quem for eleito em 2022 tem duas vagas para o início de 2023. Tem certos povos que esperam100 anos para atingirem os objeitvos. Tem alguns que querem em um dia. Vai devagar, tá indo — disse.

fonte: oglobo.globo.com

Rio de Janeiro: Petrobras muda modelos de contrato para venda de combustíveis

© Fernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobras aprovou novos modelos contratuais para venda de gasolina A (sem adição de etanol) e de óleo diesel (rodoviário e marítimo) para as distribuidoras de combustíveis. A Petrobras não deu detalhes sobre os novos modelos, mas informou que não haverá mudanças em sua política de preços desses produtos.

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De acordo com a empresa, suas práticas de precificação continuarão sendo alinhadas aos mercados internacionais.

A decisão de fazer novos modelos contratuais com as distribuidoras visa a aumentar a competitividade e trazer flexibilidade para a empresa na adoção de novas estratégias comerciais.

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“No cenário atual do mercado, caracterizado pela entrada de produto importado por terceiros e pelo processo de desinvestimento de ativos de refino, torna-se necessário promover aperfeiçoamentos em algumas cláusulas comerciais e operacionais. Esses ajustes, definidos com base na experiência obtida ao longo do período de vigência dos atuais contratos e em decorrência de feedback dos clientes, buscam fortalecer a relação comercial com nossos clientes e a competitividade da companhia”, diz a Petrobras, em nota divulgada hoje (10).

fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília: Zé Trovão questiona áudio de Bolsonaro pedindo o fim da greve de caminhoneiros: ‘Pode ser falso!’

Zé Trovão questiona áudio de Bolsonaro pedindo que os caminhoneiros abram as pistas nas rodovias | Reprodução/Twitter

Foragido, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, divulgou um novo vídeo nas redes sociais, na noite desta quarta-feira, questionando a veracidade do áudio do presidente Jair Bolsonaro pedindo o fim do bloqueio nas estradas pelo país. Na mensagem, Bolsonaro pede aos caminhoneiros que liberem as rodovias.

No vídeo de quase dois minutos, o caminhoneiro bolsonarista questiona o áudio divulgado, afirmando que “pode ser coisa antiga”:

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— Presidente da República, se o senhor realmente quer que a gente (abra as pistas), nós abrimos — disse Zé Trovão, complementando:

— Não dá mais pra confiar em áudio, em vídeos sem data, sem nada, porque pode ser coisa antiga. Se o senhor quer realmente isso, peça isso para nós, diretamente. Nós estamos aqui, sempre apoiamos o senhor.

Ainda na mesma publicação, o caminhoneiro afirma que sua vida “está destruída”, e se diz “perseguido politicamente” e “correndo o risco de nunca mais ver a família”.

Um dia após as manifestações a favor de Bolsonaro no 7 de setembro, um grupo de caminhoneiro se mobilizou e bloqueou total ou parcialmente rodovias em pelo menos 14 estados. No áudio divulgado, Bolsonaro afirma que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”.

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Apesar de estar proibido de usar as redes, o caminhoneiro bolsonarista segue divulgando vídeos em redes alternativas ou perfis de outras pessoas. Em alguns, já desafiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a prendê-lo durante o ato antidemocrático na Avenida Paulista, ocorrido nesta terça-feira.

Zé Trovão é suspeito de articular um ato antidemocrático no próximo dia 7 de setembro, e era procurado pela Polícia Federal após a Procuradoria-Geral da República pedir sua prisão.

O post com vídeo de Zé Trovão viralizou no Twitter durante a madrugada desta quinta-feira entre bolsonaristas e perfis críticos do presidente. O humorista Marcelo Adnet postou um áudio imitando a voz de Bolsonaro e pedindo que os caminhoneiros paralisados ‘comecem a dançar macarena’.

fonte: oglobo.globo.com