
Tenho observado um pouco calado todo este debate em relação a possível escolha do novo Secretário de Cultura de Pedreiras, vejo o fato de maneira positiva (já que esta é a segunda vez) e o pioneirismo iniciou no limiar do novo século, nas eleições do ano 2000, é também bom ressaltar que esta ideia foi do cantor e compositor Paulo Piratta, do escritor Darlan Pereira, do poeta Samuel Barreto e depois abraçada por todas classe artística e os candidatos da época, que foram ouvidos meio segmento cultural e ainda assinaram uma carta de intenções.
O certo é que ocorreu a eleição, mas devo dizer que faltou bons critérios para a consolidação da mesma, mesmo assim Pedreiras teve o seu secretário de Cultura escolhido pelos artistas. Nesta eleição o único candidato que sentou com uma parcela do meio cultural, foi o Antônio França ( afirmo aqui que não votei nele), mas achei a iniciativa boa. Fiquei também contente, quando, logo após a realização do pleito, na sua primeira entrevista no programa Tribuna, através da Rádio FM Cidade, o prefeito eleito foi bem taxativo quando disse: “O único Secretário escolhido é o Natim para o Esporte, já que para a Cultura quem vai escolher serão os artistas”- pensei comigo, este novo prefeito está fazendo a coisa certo e agindo com palavra. Só que para minha surpresa, olhei nas redes sociais um bate papo do Dr Allan Roberto (um dos pensadores da candidatura de França, e articulador político do governo de transição), dizendo que a eleição será realizada pelo meio cultural e que os três mais voltados irão para a escolha do prefeito.
Ora, se o cargo é de livre escolha do gestor, então para que mesmo colocar o meio cultural para uma eleição que não terá a validade da escolha pelo voto? Este modelo torgado não cabe aqui na pureza do simbólico e na liberdade da democracia da Cultura.
Samuel Barreto
Autor do livro: Versos Cinzentos
Ética Editora