Mãe segura seu bebê enquanto espera por consulta sobre microcefalia no centro de referência do Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, região central do Recife – Edmar Melo/JC Imagem |
BRASÍLIA — O Ministério da Saúde recomenda às mulheres da região Nordeste que desejam engravidar que procurem equipes de saúde antes de tomar a decisão. A recomendação decorre do surto de microcefalia — malformação em que os bebês nascem com o crânio menor e que pode levar à morte — que levou o governo a decretar, pela primeira vez na História, estado de emergência nacional em saúde pública.
“Até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão”, diz nota distribuída pela pasta.
O Ministério ressalta que não há uma recomendação de evitar a gravidez, por ser essa uma decisão individual de cada família.
“Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família”, registra a nota.
A pasta recomenda às gestantes da região que usem calça e camisa de manga comprida, além de repelentes, para se proteger do mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika virus, uma causa possível para o surto. O mosquito é o mesmo que transmite a dengue e a chicungunha. Recomenda-se, ainda, às gestantes que evitem contato com pessoas que estejam com febre ou infecções.
Veja a íntegra da nota:
Sobre os casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde orienta às gestantes:
1 – Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2 – Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3 – Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;
4 – Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
5 – Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
6 – Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes;
Até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão.
Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família.
O Ministério da Saúde, em completa parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, continuará recebendo as ocorrências, dando apoio técnico e mantendo ativo o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública), para o estudo, a investigação e a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia.
O boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia no país será divulgado na próxima terça-feira (17), com coletiva de imprensa.
Fonte: oglobo.com.br