Sete dias sem o Padre Jorge, ou simplesmente Irmão Raimundo, assim era conhecido e chamado carinhosamente por todos em Pedreiras, e por onde passou, plantando e colhendo o bem. Sua simplicidade foi exemplo de dedicação e paz para todos que o conheceram, e, principalmente para quem teve o privilégio de conviver com um ser humano tão simples e amigo.
Durante a celebração, que contou com a participação do Bispo da Diocese de Bacabal, Dom Armando Gutiérrez, acompanhado do Padre José Geraldo, mesmo com um público pequeno, mas fiel, a Missa na noite deste sábado (17), no Santuário de São Benedito, foi repleta de boas recordações, emoções e, acima de tudo, de exemplo de vida, daquele que abdicou da riqueza para viver seu tempo de vida ajudando os mais pobres. Foi assim que ele escolheu aqui na terra; distribuir amor, que floresceu e deu bons frutos, exemplos, são os inúmeros bons casamentos e diversos afilhados que conseguiu ao longo de sua trajetória quando morou em Pedreiras.
Pessoas simples, assim como ele, puderam neste momento de saudade, mas não de tristeza, falar um pouco da convivência e transmitir os bons momentos proporcionados por ele aqui na Paróquia de São Benedito. Um casal veio de Minas Gerais, acompanhando o Bispo Dom Armando. Ana Beatriz e Onofre também participaram desse momento de alegria em celebrar os bons legados deixados pelo Irmão Raimundo.
Uma família disse: “Foi um pai para nós, e um compadre”. Outro casal fez questão de dizer a todos que a união matrimonial foi celebrada pelo Irmão Raimundo, por isso, estão felizes até hoje.
Padre José Geraldo, Reitor do Santuário, definiu assim o amigo: “Primeiro, fazer memória de um grande sacerdote. Segundo, mostrar o seu amor pela causa do evangelho. Vimos e vemos, pelas suas múltiplas ações em prol dos menos favorecidos, dos pobres, dos excluídos, dos sem vez, dos sem nada, dos sem teto e dos agricultores. Então, ele, pra nós, é um modelo de um Padre que se dedicou a serviço do Reino, doando sua própria vida“
“Eu quis unir-me a este momento como representante da Diocese, para agradecer ao Senhor, esta presença dele que foi muito marcante, pela sua simplicidade, pelo seu despojamento, pela sua atenção aos pequenos e pela sua dedicação. Uma generosidade sem limite, que tocava o coração do povo, e que ficou sempre muito marcante. Onde passava deixou sempre esta marca de ser um representante desse Cristo generoso, amigo dos pequenos e dos pobres“. Disse Dom Armando Martín Gutiérrez.
O Padre Raimundo Jorge de Melo, 75 anos, conhecido como Irmão Raimundo, morreu no dia 11 deste mês, em São Luís, e foi enterrado no cemitério Parque da Saudade, no Vinhais.