Pedreiras: Leishmaniose continua sendo motivo de preocupação no Município

João Andreza e Marcos Vale – Equipe de Vigilância Epidemiológica de Pedreiras/Foto: Sandro Vagner

Durante entrevista concedida nesta terça-feira (07), ao Programa Portal da Cidade, na Rádio Cidade FM de Pedreiras, apresentado pelo jornalista Sandro Vagner, João Andreza e Marcos Vale, da equipe de vigilância epidemiológica, afirmaram que é muito preocupante o índice de casos de leishmaniose registrados no Município de Pedreiras.

Segundo Andreza, com a descentralização das ações, elas deixaram de ser prioridades em vários Municípios. Mesmo com o trabalho, parece que a redução da doença não aparece, é como se estivesse “enxugando gelo”.

Sobre o tratamento do cão, Andreza disse que ainda não há uma medicação que possa evitar a eutanásia, coisa que o deixa muito triste, pois, muita gente tem o cachorro como um membro da família. Até existe o paliativo, como por exemplo, a coleira, por não ser produto brasileiro, é muito cara, e se a mesma for usada durante algum tempo, que não é 100% seguro, e o proprietário do animal desistir de manter a proteção, o cão, de qualquer forma, sempre corre o risco de ser contaminado pelo mosquito transmissor da leishmaniose.

Dentre os 13 Municípios, segundo Andreza, Pedreiras se destaca por ter uma equipe exclusiva para trabalhar somente com a leishmaniose, onde seis servidores estão diariamente no combate da doença e a tendência é que o número possa aumentar. Hoje, Pedreiras continua aparecendo em nível de Estado, dentre os trinta Municípios que continua registrando casos de leishmaniose.

Marcos Vale, agente de endemia, disse que ainda existe em Pedreiras, uma leve resistência das pessoas que não permitem que seja feito o teste rápido no cão, temendo resultado positivo e com isso, a única alternativa, infelizmente, é a eutanásia. Marcos confirmou que o índice de infestação canina é assustador, podendo chegar a 50%, ou seja, a cada dez cães examinados, cinco tem resultado positivo pro calazar. 

Engana-se quem pensa que é o cão que transmite a doença, pelo contrário, é o flebótomo, também conhecido como mosquito palha birigui ou tatuquiras, que,segundo informações dos entrevistados, consegue se adaptar muito bem em chiqueiros de porcos, e em galinheiros.  

Como meio de informações, a equipe de leishmaniose está realizando um trabalho educativo, atuando nas associações, trabalho esse, que também já foi feito nas escolas. Diante tamanhas informações, é importante ressaltar, que a população deve contribuir com a equipe da vigilância epidemiológica, para que a redução da doença possa  de fato diminuir no Município de Pedreiras.

Mesmo com toda ação, do ano passado pra cá, foram registrados dois casos de leishmaniose em humanos, em Pedreiras, sendo um considerado importado, onde a pessoa veio infectada de outro Município. 

Contribua com a equipe de prevenção da leishmaniose. Somente assim será possível a redução dos casos em Pedreiras e região.

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