Pedreiras: Teve início o primeiro festejo em Honra a Virgem Mãe do Mearim

Foto: Assessoria de Comunicação do Santuário

Começou nesta manhã de 27 de dezembro de 2018, a Festa da Virgem Mãe do Mearim em parceria com as pastorais, comunidades e movimentos católicos locais. O evento entende-se até o dia 30/12 de e contempla, neste ano, o tema “Uma Virgem chamada Maria”.

A solenidade de abertura da festa teve início às 07h, com uma caminhada, saindo do bairro Matadouro até Igreja Matriz, no centro da cidade. Em seguida,  a aconteceu a Celebração Eucarística, que foi presidida pelo Pe. Padre José Geraldo Teófilo da Silva, Pároco  Reitor do Paróquia Santuário de São Benedito.

Durante todo o dia haverá adoração do Santíssimo Sacramento.  As 12:h Missa na Matriz e as 19:30h Missa encerrando o primeiro dia.

Queremos imitar nossa mãe do Céu, rezando como ela rezou, por causa da fé e da obediência com que aderiu amorosamente ao plano da Salvação.

A cultura e a fé do povo precisam ser levadas a sério e não consideradas como curiosidade, esoterismo e invencionices, o que não são.

Só quando houver uma autêntica inculturação, que leve em conta a experiência religiosa do povo celebrante, chegaremos a uma liturgia mais brasileira e provavelmente mais frequentada.

Fotos: Assessoria de Comunicação do Santuário

A piedade mariana tem caracterizado o catolicismo brasileiro, desde as origens da nossa história. Trata-se de um precioso tesouro, uma força evangelizadora, um testemunho de fé inculturada: “Se alguém quiser saber quem é Maria, vá aos teólogos. Se quiser saber como amar Maria, vá ao povo” (Papa Francisco, Homilia em Santa Marta, 25/3/2013).

Para melhor aprofundarmos, evidenciamos as palavras de Pe. Jakson Ferreira de Alencar, ssp, Editor da Revista Vida Pastoral(março-abril de 2013 – ano 54 – número 289) que demonstram muito bem a riqueza da religiosidade popular. “A Igreja, como está configurada, foi, em grande parte, constituída pela religiosidade popular e se mantém graças a ela. Abrir-nos humildemente a essa enorme contribuição do povo não significa aceitar e endossar toda forma de religiosidade de maneira populista, mas aprender com quem poderíamos achar que não tem nada a ensinar. Trata-se de saber dialogar com o imaginário do povo e com seus sistemas simbólicos, encontrando neles o que há de profundamente evangélico; procurar o sagrado vivo e presente na fé do povo e estar dispostos a aprimorar o que porventura não seja evangélico. Não é nenhum favor fazer isso, ao contrário: é a fé do povo que nos presta favor, ajudando a relativizar cientificismos, intelectualismos, eurocentrismos, teologias e liturgias frias ou tendentes a se distanciar da realidade.”

Recorramos a Virgem do Mearim e sem nenhum sentimento de vergonha ou timidez. O lugar de Maria é na Vida do seu povo.

Afinal, como lembra o Documento de Aparecida: “A piedade popular penetra delicadamente a existência pessoal de cada fiel e, ainda que se viva em uma multidão, não é uma “‘espiritualidade de massas”. Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um Rosário, uma vela que se acende para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai-Nosso recitado entre lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um sorriso dirigido ao céu em meio a uma alegria singela” (DAp, 261).

Há muitas pessoas que podem estranhar o resgate dessa devoção, para isso buscamos a sacrosanctum Concilium SC, 2 “ A vida espiritual não se restringe  unicamente à participação da liturgia. O espirito Santo encontra-se também na origem das manifestações religiosas do povo de Deus.

A  piedade popular ou religiosidade popular diz Dom Murilo S.R. Krieger, SCJ é a maneira pela qual o cristianismo se encarna nas diversas culturas e se manifesta na vida do povo. Trata-se  de diferentes  manifestações culturais, de caráter privado ou comunitário, que no âmbito da Fé cristã, se exprime não com elementos da Sagrada Liturgia, mas através de formas peculiares, que nascem do jeito do povo, de sua etnia, de sua cultura(cf. Congregação  para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório sobre a piedade Popular e liturgia, 9).

Naturalmente as expressões da piedade popular devem submeter-se às leis gerais do culto cristão e à autoridade da igreja. (SC,13), para isso Dom Armando Martin Gutierrez reconhece a devoção à Virgem do Mearim e autorizou o imprimatur de sua imagem e sua novena.

Queremos com esse Triduo, aglutinar todas as manifestações  da piedade popular à Virgem Maria Mãe do Mearim, que nasceram da Fé de um povo que ama a Jesus e a percepção fecunda  da Missão que Deus confiou a Maria.

fonte: Assessoria de Comunicação do Santuário de São Benedito

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