No segundo semestre de 2014, já prevendo a derrota do seu grupo político na eleição daquele ano para Flávio Dino, a então governadora Roseana Sarney e o marido Jorge Murad decidiram morar fora do Brasil, escolhendo os Estados Unidos. A acertada foi Flórida, um estado pacato, tranquilo é ótimo para se viver. Até as empregadas e babás das netas fizeram cursos intensivos de inglês. Seria a saída definitiva da política, da vida pública brasileira.
Ela ainda chegou a deixar o Brasil já no começo de 2015 e fixou residência na Flórida. Mas como veio a Operação Lava Jato e nela o nome de Roseana sendo citado algumas vezes, foi o jeito voltar com a família para o Brasil. E veio se isolar no Maranhão.
Ontem, ficou confirmadíssimo a passagem do furação Matthew pela Flórida que chega hoje à aquela cidade americana de forma devastadora. Os aeroportos estão fechados e os brasileiros que ali residem estão atônitos, procurando abrigos ou reforçando seus lares. Matthew já passou pelo Caribe e deixou um rastro de quase 400 mortos.
Rick Scott, governador da Flórida, pediu ontem aos moradores que se preparem para a maior tempestade. “Isso significa que as pessoas têm menos de 24 horas para se preparar, evacuar e se abrigar. Ter um plano pode significar a diferença entre a vida e a morte”, afirmou.
Roseana acompanha pela imprensa como ficará a situação da Flórida, onde fez planos para morar com a família até o fim da vida, inclusive da casa que possui por lá.
A ex-governadora do Maranhão já atravessou situações adversas em sua vida, sendo obrigado a se operar mais de 23 vezes lutando contra focos de câncer que lhe incomodaram por muitos anos. Escapou de todos como se alguma ação divina lhe protegesse. E até da vez em que perdeu uma eleição para oposição, voltou ao cargo de governadora após a cassação do mandato de seu opositor.
Agora, morando em São Luís, novos ventos começaram a bater às suas portas como se estivessem convocando para a antiga missão. Nestas eleições municipais, por onde passou, seus candidatos ganharam contra os do governador de plantão, a exemplo de Barreirinhas.
É provável seu retorno à vida pública. Sim, não se pode descartar. Afinal, é de seu pai aquela frase que diz: “A política só tem uma porta: a de entrada”.
Fonte: Luís Cardoso