Após a hipótese de lockdown no Maranhão ser levantada por três defensores públicos, devido o crescimento na taxa de ocupação de leitos de Covid-19 no estado, uma nota conjunta divulgada no início do mês posicionou 11 entidades representativas do comércio maranhense contra a adoção de um novo bloqueio total.
O principal argumento é de que o comércio tem sido rigoroso com as medidas de proteção sanitária, condicionadas pelo Governo do Maranhão para o funcionamento de lojas, bares, shoppings e restaurantes.
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Entre as 11 entidades estão a Associação Comercial do Maranhão (ACM), Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE), Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), Federação das Associações Empresariais do Maranhão (FAEM), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Maranhão (FCDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (FECOMÉRCIO) e Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
Veja a nota na íntegra:
“As entidades representativas do setor produtivo vem a público manifestarem-se acerca da possibilidade de novo decreto de ‘Lockdown’ na capital São Luís e demais municípios do Estado do Maranhão, decorrente de instrumento judicial encampado pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão.
Compreendem e estão cientes as entidades e toda a classe empresária da situação de aumento do número de casos da Covid-19 e de uma segunda onda de contaminação no Estado e, adicionalmente, da elevação do número de leitos ocupados nas redes pública e privada, o que reforça a necessidade da adoção e prática dos protocolos de segurança sanitária de uso e entendimentos já consagrados no meio social.
No entanto, acerca da possibilidade de decretação de um novo ‘Lockdown’ em todo o Estado do Maranhão, ressaltam as entidades que, em nenhum momento, foram convidadas a participar de qualquer debate com o Poder Público relacionado ao tema, a fim de permitir a colaboração do empresariado e demais classes que serão diretamente impactadas pelo possível fechamento das atividades econômicas, caso o pleito formulado pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão seja acolhido pelo Poder Judiciário.
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O entendimento comum entre as entidades representativas do setor produtivo é que um novo decreto de ‘Lockdown’ consistiria em um golpe muito duro para todos os segmentos produtivos (empregadores) e para os empregados neste momento de retomada da atividade econômica, que, há quase um ano, vêm sofrendo os impactos da crise gerada pela pandemia, enfatizando que desde o início da pandemia têm atuado firme para cumprir e auxiliar no cumprimento das medidas sanitárias emanadas do Poder Público, sempre no sentido da cooperação e do reforço aos cuidados necessários para que todos possamos vencer, juntos, os desafios e a crise gerados pela pandemia.
Reiteram as entidade estarem à disposição para participar de todo e qualquer diálogo relacionado à matéria, bem como ratificam o compromisso de, como sempre, cumprir, apoiar e defender o cumprimento estrito das regras e orientações sanitárias de combate ao novo Coronavírus, não desejando referendar o inócuo debate sobre o que teria mais valor, se a vida ou a economia.
São Luís(MA), 03 de fevereiro de 2021″
fonte: g1.globo.com/ma