São Paulo: Cirurgia para retirada de bolsa de colostomia de Bolsonaro termina após mais de 8h

Bolsonaro foi submetido à avaliação clínica pré-operatória Foto: Reprodução

Terminou por volta das 15h desta segunda-feira a operação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), 8h30 após ele ter dado entrada no centro cirúrgico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Até o fim da tarde são previstos a divulgação de um boletim médico e de um briefing do porta-voz da Presidência, general Rego Barros.

Bolsonaro foi internado na manhã de domingo para reconstruir o aparelho intestinal e retirar a bolsa de colostomia que utilizava desde o atentado sofrido em setembro do ano passado em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial.

A cirurgia começou por volta das 6h30 e demorou mais do que inicialmente previsto. Durante todo o procedimento, porém, a assessoria de imprensa da Presidência garantiu que tudo corria bem.

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro, filho mais novo do presidente, passou toda a manhã dentro do centro cirúrgico. O irmão dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e a primeira-dama Michelle também estavam no hospital.

A previsão dos médicos é que Bolsonaro permaneça em repouso total pelos próximos dois dias, período em que o vice, Hamilton Mourão, ocupa a Presidência interinamente .

Ao todo, Bolsonaro deve ficar internado por até dez dias. Neste período, um gabinete provisório será montado no Hospital Albert Einstein para que ele possa despachar com ministros.

Desde setembro, este foi o terceiro procedimento cirúrgico a que o presidente foi submetido. Após levar uma facada durante o ato de campanha, no dia 6 de setembro, o então candidato foi submetido a uma cirurgia de emergência em que os médicos abriram o abdômen para corrigir as lesões causadas pelo ataque. Na ocasião, foi retirada uma parte lesada do intestino grosso, que foi ligado à bolsa de colostomia. Também foram realizadas três suturas no intestino delgado.

Em 12 de setembro, menos de uma semana depois, os médicos notaram a obstrução de uma alça do intestino delgado, provocada por aderências em partes inflamadas do órgão. Foi necessário reabrir o abdômen para desobstruir o intestino.

Nesta segunda-feira, o presidente fez a terceira cirurgia. Dessa vez, o objetivo foi retirar a bolsa de colostomia e religar o intestino.

A retirada da bolsa costuma apresentar baixo risco de complicações, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO . Embora pouco comum, um dos cenários possíveis provoca o rompimento da sutura do intestino durante a recuperação. Neste caso, seria necessária nova cirurgia e, talvez, a recolocação da bolsa de colostomia.

Também são consideradas como riscos em cirurgias deste tipo a formação de aderências no intestino e infecções no lugar do corte.

Fonte: oglobo.globo.com

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