Roniel Laurindo e Rodrigo das Neves – Suspeitos/Fotos: 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil – Pedreiras – MA
A Polícia Civil do Maranhão por intermédio da 14ª DRPC de Pedreiras, prendeu na manhã de ontem (17), Rodrigo das Neves Silva, vulgo “Júnior” e Raimundo Roniel Mota Laurindo, “Niel”, pela prática do crime de furto qualificado, na forma do art. 155, €4°, I e IV do Código Penal.
A vítima compareceu a 14ª Delegacia Regional e de imediato a equipe plantonista se deslocou ao local, havendo localização de parte dos objetos na casa vizinha à vítima, razão pela qual iniciou-se busca pelo proprietário da casa vizinha, Júnior. Com a prisão, este de imediato informou aos policiais onde estavam os outros objetos furtados, bem como quem o ajudou na prática do crime, contando que teve ajuda de Niel e PSCO (individuo ainda não localizado).
Participaram da diligência o Delegado Périkles Lima juntamente com os investigadores Thyago e Portela.
Corpos das vítimas foram encontrados em uma residência no bairro Alemanha, em São Luís. — Foto: Douglas Pinto/TV Mirante
Dois corpos foram encontrados mortos na tarde deste domingo (17) em uma casa no Rua Pires Saboia, no bairro Alemanha, em São Luís. Segundo a polícia, a principal suspeita é que o crime tenha sido cometido a alguns dias, já que os corpos foram encontrados em estado de decomposição.
O casal identificado como Maria Célia Coelho, de 48 anos e Adérito, de 44 anos, tiveram seus corpos encontrados por parentes que ao fazer uma visita, sentiram um forte odor vindo da casa. Segundo a polícia, uma das hipóteses é que Maria Célia pode ter sido vítima de feminicídio, já que o corpo do seu marido foi encontrado em outro cômodo da casa, e a principal suspeita, é que ele teria cometido suicídio.
Familiares de Maria Célia informaram à polícia que Adérito tinha muito ciúme da esposa, e por ser alcoólatra, as brigas entre o casal eram constantes.
De acordo com a polícia, a Delegacia de Homicídios deve investigar o caso, ouvir os depoimentos de vizinhos e parentes para descobrir os detalhes e a motivação do crime. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) esteve no local e auxilia na investigação do caso.
A final da Taça Guanabara de 2019 ficará marcada na história do futebol carioca. Não por questões estatísticas ou pelo enredo do título invicto do Vasco, que venceu o Fluminense por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã, com gol de Danilo Barcelos. Mas pela vaidade de dirigentes dos dois clubes sobre a polêmica do setor Sul do estádio, que manchou a festa nas arquibancadas, vazias até os 30 minutos do primeiro tempo.
O improviso nas ações em consequência de uma ordem judicial que obrigava a partida acontecer com os portões fechados deixou um clima de tensão fora do estádio, o que provocou confusão entre policiais e torcedores. No fim, a Justiça reviu a decisão e 29 mil torcedores estiveram presentes na partida.
Se nas arquibancadas a supremacia era do Vasco, com um número muito maior de torcedores depois dos portões abertos, no campo, o domínio foi do Fluminense em todos os momentos. A oposição de estilos se definiu logo cedo, tal qual ocorreu no encontro na fase de grupos da competição.
A revanche, porém, confirmou a vocação vascaína de se defender e sair em velocidade. Enquanto o estilo de Fernando Diniz, de organização e intensidade, sofreu um revés por não ser objetivo e incisivo como deveria.
O Fluminense tentou a todo custo atrair o Vasco para o seu campo de defesa, para que pudesse trocar passes mais verticais na construção do ataque. O Vasco, por sua vez, só se atirou à frente no segundo tempo, e demorou a morder a isca tricolor. O primeiro tempo acabou com uma chance de perigo para cada lado, com Bruno César e Yoni Gonzalez.
O meia vascaíno, aliás, teve atuação abaixo da crítica, o que contribuiu para a dificuldade de criação da equipe de Alberto Valentim. Restava ao Vasco bolas esticadas para Marrony e Maxi Lopez, este sem velocidade para criar problemas.
Na segunda etapa, já com o estádio tomado pela torcida, principalmente a do Vasco, o jogo ganhou contornos mais dramáticos. O Fluminense teve a chance mais clara da partida. Dodi levantou na pequena área, e Everaldo, sem marcação, cabeceou para fora.
Sem vantagem do empate para nenhum dos lados, o Vasco achou um gol aos 35 minutos do segundo tempo, em falta cobrada por Danilo Barcelos após carga desnecessária de Marlon perto da linha lateral. Danilo alçou a bola na área, mas ela foi direto no gol.
O tempo que o Fluminense normalmente usava para a construção de cada uma de suas jogadas não existia mais. Com a necessidade de mais velocidade e jogo vertical, a equipe de Fernando Diniz perdeu em organização.
O jogo mais truncado deu ao Vasco a vantagem defensiva. Se já estava bem postado sem o placar mexido, com o o gol a postura se consolidou para garantir o título. O comportamento dos jogadores do Vasco irritou o time do Fluminense, e os últimos minutos foram com muita confusão também dentro de campo.
Festival de Marchinhas em Pedreiras (2017)/Foto: Raira Maria (Arquivo do Blog)
Sábado (16), a FUP – Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo, divulgou a relação das 10 músicas classificadas que irão participar do XIII Festival de Marchinhas Carnavalescas de Pedreiras, que este ano acontecerá no Bar do Índio, dia 23 de fevereiro. A escolha foi feita por uma comissão formada por compositores, maestro e cantor, que fazem parte da Escola Municipal de Música “João Gomes de Menezes”. O evento abre oficialmente a realização do Carnaval realizado pela prefeitura de Pedreiras, através da FUP.
Segundo a comissão organizadora, vinte e três (23) marchinhas participaram da seletiva. As dez classificadas já entram ganhando o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), acerto que foi discutido durante uma reunião realizada no dia 22 de janeiro, onde participaram artistas e uma comissão da FUP, responsável pelo festival. No mesmo encontro, ficou decidida a premiação:
Premiação do 1º ao 10º lugar, com o seguinte valor:
1° Lugar – R$ 3.000,00 2º lugar – R$ 2.000,00 3º lugar – R$ 1.000,00
Melhor intérprete – R$ 500,00
4º ao 10º lugar a premiação será de R$ 500,00
Veja a lista das marchinhas classificadas, seus autores, intérpretes e a ordem de apresentação:
1ª – Será que vale a pena – Compositor e intérprete: Adriel Lima
2ª – Do Lítero à União – Compositora: Elisa Lago / intérprete: Lorena Cristina
3ª – Minha Fantasia – Compositor: José Alves da Fé / intérprete: Igor Costa
4ª – Festa no céu – Compositor: Paulo Pirata / intérprete: Beto Menezes
5ª – Pedreiras da alegria – Compositor e intérprete: Leandro Batukada Boa
6ª – Fonte de amor – Compositor e intérprete: Tim Veras
8ª – Sou nordestino sim – Compositor e intérprete: Madson Castro
9ª – Ninho dos garotos – Compositor e intérprete: Chagas Melo
10ª – Lá vem o padre véio – Compositores: Joaquim Filho e Henrique Pedras Verdes / intérprete: Ana Rosélis
No ano passado não foi possível a realização do Festival de Marchinhas, que causou um grande constrangimento por parte dos artistas. Onde ficaram sabendo que por contenção de despesas o evento não aconteceria. Somente agora, o prefeito Antônio França disse que a não realização, seria por falta de público, mas agora, o local escolhido, Bar do Índio, já é conhecido pelos seus participantes e o festival terá uma grande participação popular.
Festival de Marchinhas em Pedreiras (2017)/Fotos: Raira Maria e Valéria Leite (Arquivo do Blog)
O último Festival foi realizado no dia 19 de fevereiro de 2017, na Praça da Bíblia, na Prainha, a Marchinha “O Liso”, de autoria de Edivaldo Santos, interpretada por Leandro Batucada Boa, foi a grande vencedora.
Ponte no povoado Maribondo – Pedreiras/Foto: Antônio Francisco
Uma ponte no povoado Maribondo, Município de Pedreiras, está tirando o sossego dos moradores e condutores de veículos que trafegam todos os dias na MA – 381, Rodovia João do Vale, de responsabilidade do governo do estado, através da Secretaria de Infraestrutura.
Essa não é a primeira vez que os moradores chamam à atenção das autoridades, mas até agora nada foi feito para amenizar a situação. Após as chuvas de ontem (15), a situação ficou mais complicada. Uma das cabeceiras está comprometida, e, a erosão só aumenta, com isso, a ponte pode desabar, e o tráfego na MA – 381, ficará interditado.
Ponte no povoado Maribondo – Pedreiras/Foto: Antônio Francisco
Quando chove, a correnteza do riacho fica mais intensa, isso está preocupando os moradores que temem o pior.
Esperamos que desta vez, a manutenção da estrada, venha de fato acontecer.
A MA – 381, Rodovia João do Vale, liga os Municípios de Pedreiras a Joselândia.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, durante entrevista Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo/05-02-2019
O secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, vai deixar o governo. Em conversa com o presidente Jair Bolsonaronesta sexta-feira, Bebianno foi convidado a ocupar a diretoria de uma estatal, mas não aceitou e, por isso, ficou decidido que vai sair do governo, segundo relato de auxiliares do presidente.
A permanência de Bebianno no governo tinha sido costurada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas Bolsonaro não ficou satisfeito. Queria rebaixar o auxiliar de posto, o que não foi aceito por Bebianno. O ministro teria dito que a oferta era uma demonstração de “ingratidão”.
Segundo esses auxiliares, o presidente e seu ministro até teriam combinado uma nova conversa na segunda-feira, mas a divulgação pela imprensa da intenção de Bolsonaro de exonerá-lo teria acelerado o processo.
Ao longo da semana, Bebianno tentou ser recebido por Bolsonaro diversas vezes, mas vinha sendo ignorado. Nesta tarde, o presidente, finalmente, resolveu atendê-lo. Em um primeiro momento, a conversa teve a participação do vice-presidente Hamilton Mourão, de Onyx e de Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Ao final, o ministro e o presidente se reuniram sozinhos em um diálogo ríspido, com ataques de ambos os lados.
Envolto numa crise provocada pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que trabalha pela demissão do desafeto no governo, o ministro passou os últimos dias tentando se segurar no cargo. Bebianno enfrenta um processo de desgaste provocado por denúncias envolvendo irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL, partido dele e de Bolsonaro.
Simplício Araújo – Secretário de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão/Foto: Arquivo Câmara dos Deputados
O governador Flávio Dino anunciou nesta sexta-feira (15), a recondução de Simplício Araújo para a Secretaria de Industria, Comércio e Energia. Candidato a deputado federal, Simplício foi o primeiro suplente de sua coligação e ocupou o cargo de secretário no primeiro mandato de Dino.
Mesmo com 74.058 votos obtidos, mais votos que Gil Cutrim (72 mil), João Marcelo(65 mil) e Pastor Gildenemir(47 mil), o presidente do Solidariedade no Maranhão ficou sem a vaga em decorrência das atuais regras de coligações.
Agora vai assumir o mandato e a pedido do governador Flávio Dino (PCdoB), abrirá a vaga na Câmara dos Deputados para o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira (Pros) que é o segundo suplente da coligação com 57 mil votos.
Simplício Araújo aguarda o chamado da Câmara dos Deputados, após o pedido de desligamento do Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB).
A Câmara dos Deputados tem até 48 horas para fazer a convocação.
Na tarde desta quinta-feira (14/02), no auditório da Universidade Estadual do Maranhão, especificamente, na cidade de Codó, a comunidade local, recebeu a equipe do Pacto pela Paz, para acompanhar palestra proferida do Ten Cel PM Ivan Gois, que instruiu sobre a Lei n° 10387, sancionada pelo Excelentíssimo Governador do Estado- Dr. Flávio Dino, suas conquistas, a diminuição da criminalidade e a importância da participação popular através dos Conselhos Comunitários pela Paz.
Ao final da palestra, foram escolhidos por aclamação popular, os 19 (dezenove) Conselheiros Comunitários pela Paz da cidade de Codó, através da pronta ação do Investidor de Polícia Civil- Klinger Moura. O Ten PM Jorge Ferreira, encerrou a dinâmica com a disciplina de Mobilização Social e estruturação dos CCPs.
Agora, com a formação e capacitação de Codó, estão reunidos 91 (noventa e um) CCPs no Estado do Maranhão.
O programa Pacto pela Paz é coordenado pelo Delegado de Polícia Civil Dicival Gonçalves da Silva, profissional comunitário, sempre preocupado com a participação popular e com esse estreitamento da comunicação no trabalho conjunto.
O Secretário de Segurança Pública do Maranhão- Dr. Jeferson Portela, tem sempre registrado a importância dos Conselhos Comunitários pela Paz na labuta diária para alcançar as políticas públicas eficazes, pois tais resultados contribuem, igualmente, para diminuição da criminalidade.
O TC PM Maurício Robson- Coordenador Regional do PPP, incentivador da mobilização local, firmou com a comunidade a participação nas reuniões para que a demandas cheguem mais brevemente à Coordenação Executiva do Pacto pela Paz. A diretoria ficou assim definida: Presidente: Maria do Carmo Vice-presidente: Ana Celma 1a Secretária: Cristiane Teixeira 2° Secretário: Manoel Lopes Diretor de assuntos sociais: Fernando Antônio Nonato.
O deputado Rubens Pereira Junior assume secretaria no governo de Flávio Dino e abre vaga para Gastão Vieira na Câmara — Foto: Sara Resende/G1
O governador Flávio Dino (PCdoB) confirmou, nas redes sociais, outras mudanças na sua equipe de governo. O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) assume a partir de agora a Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano.
A atual secretária de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Flávia Alexandrina vai para a Secretaria de Gestão e Previdência que era comandada por Lilian Guimarães e que assume novo cargo, agora secretária de Transparência e Controle.
Flávio Dino também confirmou a permanência do suplente de deputado federal, Simplício Araújo (Solidariedade) na Secretaria de Indústria e Comércio.
Durante esta semana, o governador do Maranhão já havia confirmado os nomes de Rogério Cafeteira (DEM), na Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel) e Rodrigo Lago, na Secretaria de Comunicação e Articulação Política.
Com a indicação do deputado federal Rubens Júnior e do suplente Simplício Araújo que passam a ocupar cargo no governo do Maranhão quem assume a vaga na Câmara dos Deputado é o segundo suplente Gastão Vieira (Pros) que foi ex-ministro de Turismo do governo Dilma Rousseff e ex-secretário de Educação do governo Roseana Sarney.
Uma operação na manhã desta sexta-feira (15) prendeu oito funcionários da Vale nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
A ação foi deflagrada pelo Ministério Público de MG, com apoio das polícias Civil e Militar, e ocorreu para apurar a responsabilidade pelo rompimento da barragem em Brumadinho, no último dia 25, que deixou ao menos 166 mortos. O número pode subir para 315, dado que ainda há desaparecidos.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além dos oito mandados de prisão temporária. Os investigados presos possuem cargos de gerência e de equipes técnicas.
São eles:
Joaquim Pedro de Toledo (segundo a Promotoria, gerente-executivo operacional da Vale, que gerenciava a equipe responsável pelo monitoramento da barragem que se rompeu; qualquer anomalia era comunicada a ele)
Renzo Albieri Guimarães Carvalho (subordinado de Toledo, deveria lhe repassar informações relevantes da barragem, segundo a Promotoria)
Cristina Heloíza da Silva Malheiros (subordinada de Toledo, responsável pelo monitoramento in loco da barragem)
Artur Bastos Ribeiro (subordinado de Toledo, participou de troca de emails em que se discutiu anomalia nas medições de pizômetros, aparelhos que medem pressão da água, da barragem)
Alexandre de Paula Campanha (gerente-executivo de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo (gerente de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
Hélio Márcio Lopes de Cerqueira (engenheiro da Gerência de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
Felipe Figueiredo Rocha (da gerência Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
As prisões são temporárias, com prazo de até 30 dias. Segundo a Promotoria mineira, os detidos são investigados para determinar a autoria ou participação em “centenas de crimes” de homicídio qualificado, considerado hediondo.
O juiz Rodrigo Heleno Chaves, de Brumadinho, afirmou, na decisão que autorizou a prisão, que a prisão é imprescindível para as investigações do inquérito policial. “Trata-se de delito de complexa apuração, praticamente praticado na clandestinidade. Somente com a prisão deles será possível aferir quais as pessoas da Vale que tomaram conhecimento dos fatos e optaram pela postura que ocasionou os gravíssimos danos humanos e ambientais”, escreveu.
“Ao que parece, os funcionários da Vale assumiram o risco de produzir o resultado pois, mesmo diante de novos elementos aptos a demonstrar a situação de emergência (…), não acionaram o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM)”, escreveu, acrescentando que os funcionários “deveriam obviamente ter agido de maneira preventiva e acionado o PAEBM, o que evitaria que centenas de vidas fossem ceifadas.”
O juiz ressalvou, no entanto, que não faz “qualquer prejulgamento dos fatos, pois é possível que com o aprofundamento das investigações conclua-se de maneira diversa.”
Um dos presos é Alexandre de Paula Campanha, gerente-executivo de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos. Ele foi citado no depoimento do engenheiro da Tüv Süd Makoto Namba à Polícia Federal. A empresa foi a responsável pelos relatórios que atestaram a estabilidade da barragem.
Segundo Namba, Campanha teria interpelado o engenheiro, questionando-o: “A Tüv Süd vai assinar ou não a declaração de estabilidade?” De acordo o relatório da PF sobre o depoimento, Namba declarou ter sentido que a frase foi “uma maneira de pressionar o declarante e a Tüv Süd a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato.”
Joaquim Pedro de Toledo era comunicado por seus subordinados de qualquer anomalia na estrutura da barragem. A decisão por adoção de providências para sanar qualquer problema era dele.
Eram seus subordinados Renzo, Cristina e Artur. Os três teriam conhecimento do estado crítico de instabilidade da estrutura. Uma troca de e-mails envolvendo Artur, Hélio Cerqueira —também preso nesta sexta, e da gerência de Campanha —e dois engenheiros da Tüv Süd nos dois dias que antecederam o rompimento deixa claro que eles sabiam da anormalidade presente nas medições dos piezômetros, equipamento que mede a pressão da água.
Junto com Felipe, Cerqueira gerenciava os dados que denotaram o estado crítico da barragem. Marilene era uma das interlocutoras com a Tüv Süd e, portanto, uma das responsáveis pela auditoria da barragem que a prestadora fez, que atestou a sua estabilidade.
Um dia antes do rompimento da barragem, Cerqueira havia alertado uma empresa de tecnologia contratada pela Vale de que as leituras de piezômetros estavam com falhas e que isso poderia acarretar em multas da Agência Nacional de Mineração. Artur Bastos também estava nessa troca de emails.
Felipe e Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, também presa, ganharam, em 2018, um prêmio por projeto de gestão de risco de barragens de rejeito. Ele foi concedido a uma equipe de seis engenheiros, da qual também fazia parte Makoto Namba, da Tüv Süd. Concedido pela ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), o projeto premiado era um estudo de caso da barragem de Itabiruçu, em Itabira (MG, a 160 km de Brumadinho).
Para efeito de comparação, a barragem de Itabiruçu comporta até 222,8 milhões de m³, quase 20 vezes o conteúdo expelido no rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, que liberou cerca de 11,7 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro.
Os oito funcionários da Vale serão ouvidos pelo Ministério Público Estadual, em Belo Horizonte. Também são apurados crimes ambientais e de falsidade ideológica.
Além deles, quatro funcionários da Tüv Süd foram alvo de busca e apreensão em São Paulo e Belo Horizonte. O Ministério Público pediu a prisão desses funcionários, alegando que teriam participado de um esquema patrocinado pela Vale no sentido de maquiar dados técnicos, o que foi negado pela Justiça.
Também foi feita busca e apreensão de documentos e provas na sede da Vale, no Rio. Foram apreendidos computadores, celulares e documentos. O material será analisado pelo Ministério Público de Minas Gerais.
Segundo a Promotoria, as medidas estão amparadas em “elementos concretos colhidos até o momento nas investigações”.
Em nota, a Vale diz que continuará contribuindo com as investigações.
Em 29 de janeiro, quatro dias após o rompimento, foram detidos para depoimentos os engenheiros André Yum Yassuda e Makoto Namba, da Tüv Süd, e César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Arthur Gomes, funcionários da Vale. Eles ficaram dez dias presos e foram liberados no último dia 7.