“Consciência Negra: Eu quero uma pra viver“. Esse é o tema do Iº Seminário de História, que está sendo realizado na Escola Olindina Nunes Freire, que atualmente funciona no antigo Palmeirinha. Serão dois de Palestras, Danças, Exposições, Dramatizações e Peças Teatrais.
Silvino Filho, professor de Literatura, disse que foi um passo muito importante para discutir a situação do negro do Brasil. Segundo ele, serão discutidas várias temáticas, para mostrar que os alunos estão envolvidos na afrodescendência. Fez questão de lembrar que no próximo domingo (20), dia da consciência negra, a discussão sobre a raça será expandida, não em uma semana, mas todos os dias.
“Trabalhar a questão racial, tem que ser diária, e, não necessária uma semana ou um mês. A Lei 10.619, garante que durante o ano inteiro, todas as escolas trabalhem a situação do negro no Brasil, que essa temática seja dentro da sala de aula, e o Olindina faz isso na prática“, concluiu o coordenador do Movimento Negro de Pedreiras, Isael Sousa.
A Secretária de Educação e Diretora do Olindina, professora Iaciara Rios, disse que o seminário não é mais surpresa, por que todo ano existe essa preocupação de trabalhar o tema relacionado a consciência negra, trabalhar a desigualdade, inclusão dentro da própria escola, uma vez que o Olindina tem aluno com deficiência visual, auditiva, pois, os alunos aprendem com essas pessoas e os temas apresentados.
Convidado especial, o juiz Dr. Marco Adriano, titular da 1ª Vara da Comarca de Pedreiras, expôs um pouco de sua trajetória de vida. “Eu o saúdo e louvo a iniciativa do Colégio Olindina Freire. É importante debater esse tema, exatamente quando se inicia a semana da Consciência Negra; e, é importante, primeiro, pra que o negro se conscientize das dificuldades que a sociedade o impõe, e tome uma postura propositiva, que supere essa postura passiva de esperar que aconteça algo. E, sim, que ele busque mostrar para a sociedade que ele é capaz de superar esses obstáculos e alcançar o seu espaço; eu sou prova disso, alcancei o cargo de juiz, num tempo que não existiam cotas. Minha família tem toda uma trajetória de superação, de dificuldades, uma origem humilde. Tenho um avô que foi pescador, tenho tri-avó que é índia; então, a gente tem que mostrar pra sociedade que nós temos o nosso valor“, disse Dr. Marco Adriano.
Todas as turmas se transformaram e stands. Numa delas foi dedicado um espaço ao representante mundial de Pedreiras, maranhense do século XX, que era negro, o cantor e compositor João do Vale.
Hoje (17), várias atrações farão parte do Seminário, como por exemplo: danças e peças teatrais.