Os vereadores de Trizidela do Vale retomaram nessa quarta-feira (02) os trabalhos na câmara, após o recesso parlamentar. Uma sessão solene marcou o início das atividade no segundo semestre de 2023.
Diversas autoridades estiveram presentes: secretários municipais, pastores, servidores municipais, o comandante da 13ª CIA do Corpo de Bombeiros, Capitão Breno, e o prefeito Deibson Balé. Todos desejaram um semestre com trabalho voltado à população trizidelense, onde fizeram questão de estreitar o relacionamento entre os poderes executivo e lesgislativo, como forma de melhorar cada vez mais a participação dos vereadores, que terão pela frente debates importantes, principalmente, vindo do chefe do poder executivo, que deverá encaminhar à casa, alguns projetos, e outros que já estão aguardando discussão e votação.
Vereador Corró, vereador Hamilton do Gás e o prefeito Dr. Deibson Balé/Foto: Sandro Vagner
“Iremos trabalhar com a mesma corrente, com força, dedicação, atender o povo, atender a demanda. É isso, nós estamos aqui para trabalhar para o povo. Importante a união do poder legislativo com o poder executivo, onde há união, há força, é isso que nós queremos, pra que Trizidela se desenvolva.” Destacou o presidente da câmara, vereador Francisco Martins “Corró”.
“Sempre me coloquei e continuo aqui à disposição de todos os vereadores, para que juntos possamos unir forças e tentar solucionar todas as demandas e necessidade da população.” Enfatizou o prefeito Deibson Balé.
O gestor municipal aproveitou e fez um pequeno resumo, principalmente das ações mais recentes, incluindo várias obras, como, por exemplo, a reforma e ampliação da U. E. Santo Antônio de Pádua, mais uma vitória pra educação do Município. Deibson Balé levou ao conhcimento de todos, que, mais uma vez, Trizidela do Vale ficou em 1º lugar na avaliação do TCE-MA – Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, relativo ao primeiro semestre de 2023, com o índice de transparência “A”, alcançando a maior nota entre os 217 municípios maranhenses, com 9.93.
Foto: Sandro Vagner
Na próxima quarta-feira (09), será realizada a primeira sessão ordinária.
Ontem (31), uma motocicleta de cor preta, placa: OIR-4533, foi roubada nas proximidades do Hospital Municipal de Trizidela do Vale. Após tomar conhecimento do crime, a Polícia Militar, através do 3º PPM, ao comando do 19º BPM de Pedreiras, deu início a uma busca na tentativa de recuperar o veículo e prender o suspeito, sendo realizadas diversas incursões em Pedreiras e em Trizidela do Vale, mas sem êxito.
“Cheiroso” – Suspeito de roubar uma moto
Videomonitoramento
Um aliado que sempre vem ajudando a resolver alguns crimes, o videomonitoramento, mais uma vez contibuiu com o trabalho dos policiais, que diante das imagens, observaram que o meliante responsável pelo roubo da motocicleta teria deixado a cidade com destino ao Município de Joselândia, precisamente no povoado Lambedor, e um elemento conhecido pela alcunha de “Cheiroso” estaria de posse da moto.
Guarnição de Joselândia
A comunicação das polícias de Trizidela do Vale e de Joselândia, culminou na recuparação da moto, que estava no local indicado, sendo resgatada pelos policiais, mas o elemento, ao avistar a polícia, empreendeu fuga.
Capitão Fraga
Hoje (01), o Capitão PM Fraga, ressaltou mais uma vez o trabalho ágil dos PMs, bem como a importância do funcionamento do serviço de Videomonitoramento que foi instalado em Trizidela do Vale, através do prefeito Deibson Balé.
Capitão PM Fraga – Comandante do 3º PPM/Triz. do Vale/foto: Sandro Vagner
“A gente usou todo o nosso aparato tecnológico, agradecer aqui o grande investimento que foi feito em Trizidela do Vale, pelo nosso prefeito Deibson Balé, que trouxe o videomonitoramento. Videomonitoramente esse que foi utilizado nas primeiras horas da manhã, a gente conseguiu pegar as imagens de toda ação, não só do videomonitoramento, mas também de câmeras particulares, a gente conseguiu identificar o indivíduo, e chegamos a um consenso, de fato, que a motocicleta tinha se evadido das cidades de Pedreiras e de Trizidela do Vale, e teria seguido com destino a Joselândia.”
Segundo o Capitão Fraga, a participação da população também foi fundamental em informar que o veículo estaria em Joselândia, com o elemento conhecido como “Cheiroso”, que voltou a entrar pra o rol dos indivídudos observados, passível de ser preso a qualquer momento.
Participaram da ação policial:
Guarnição
VTR DE JOSELANDIA
Apoio
VTR DE TRIZIDELA
VÍDEO MONITORAMENTO DE TRIZIDELA DO VALE
No período de 16 de março a 30 julho de 2023, o Tribunal de Contas do Estado – TCE-MA, finalizou os trabalhos de avaliação e apresentou o Ranking de Avaliações obtidos nos procedimentos de fiscalização que foram disponibilizados no site oficial do Tribunal de Contas do Estado.
O Município de Trizidela do Vale teve a maior Nota, ficando em 1º lugar, com o índice de Transparência “A”, alcançando uma nota de 9,51.
Para o secretário de fiscalização do TCE, Fábio Alex de Melo, o ranking da transparência tem o potencial de estimular boas práticas e uma competição positiva pelos melhores resultados, favorecendo a adoção de medidas que contribuam para maior transparência em relação às ações dos fiscalizados. “O ranking divulgado pelo TCE foi elaborado a partir de critérios objetivos e está focado no cumprimento das normas pertinentes à transparência da gestão pública. Trata-se de um passo importante e capaz de estimular os fiscalizados a melhorarem cada vez mais seus portais de transparência, aspectos positivo para o fortalecimento do controle social”, afirmou. (fonte: tcema.tc.br)
Essa é a segunda vez que Trizidela do Vale fica em primeiro lugar em Transparência, em 2022 o Município teve a mesma classificação, ficando com a nota 9,95.
Trizidela do Vale é administrada pelo médico Deibson Balé, jovem com visão futura, onde vem realizando uma grande gestão, que também é aprovda pela população do Município trizidelense.
Prefeito Deibson Balé, durante evento em Trizidela do Vale/Foto: Sandro Vagner
“Isso mostra o resultado do nosso trabalho, voltado para a nossa população, com responsabilidade e transparência. Estou feliz em saber que Trizidela do Vale continua no caminho certo“. Disse o prefeito Deibson Balé, ao tomar conhecimento da matéria.
Raimundo Francisco da Silva (foto em destaque), 52 anos, motorista responsável por causar a morte de três crianças, insistiu para levar os menores para casa de carro. De acordo com familiares, ele chegou a ser repreendido por testemunhas e pelas próprias crianças, mas insistiu que estava apto a conduzir o veículo afirmando que “dava conta”, pois era “motorista”. O condutor engatou a marcha errada e acabou entrando na água.
A tragédia ocorreu na tarde desse sábado (29/7), quando o carro em que estavam os irmãos Sarah Vitoria Barbosa, de 1 ano, Henrique Gabriel Barbosa Maciel, 3 anos, e Miguel Luís Barbosa Maciel, 4, caiu na Barragem da Lagoa do Japonês, na DF-295, próximo à divisa de Goiás com São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal.
Raimundo fugiu e foi preso logo depois. Segundo a PCDF, ele vai responder por homicídio qualificado. Os agravantes são: dirigir embriagado e fugir do local.
A família saiu de Marajó, em Cristalina (GO), Entorno do DF, e passou a tarde na lagoa. Perto do fim da tarde, o grupo decidiu ir embora. Além das crianças e de Raimundo, estavam no automóvel Silvania Antônia Barbosa, 24, e Maria Adna Antônia de Jesus, 57. Elas são, respectivamente, mãe e avó das vítimas.
“Mal parava em pé”
Uma testemunha que pescava no local disse ter ouvido um barulho do outro lado da margem e, quando se levantou para ver o que era, percebeu que um carro tinha caído na água. Ela conta que ligou para o Corpo de Bombeiros e que, ao chegar ao local, as duas mulheres e Raimundo haviam saído do veículo e tinha uma das crianças — um menino — no chão, aparentemente sem vida.
A testemunha disse ainda que “todos estavam embriagados” e que, inclusive, Raimundo “mal parava em pé”. Após ver o cenário trágico, ainda segundo a testemunha, o homem “saiu discretamente do local” enquanto ela tentava informar a localização ao Corpo de Bombeiros.
De acordo com Adna, a filha teria dito que esperaria para embarcar no veículo quando Raimundo estivesse longe da represa. No entanto, ele teria dito: “Você está pensando que eu estou bêbado? Eu não estou bêbado, não. Pode entrar todo mundo aqui”, relembra Maria Adna.
“Na hora em que a gente entrou no carro, em vez de ele colocar a marcha ré, colocou a primeira e jogou o carro para dentro da barragem. Meu netinho maior ainda gritou para ele parar, mas, em vez de ele tentar parar o carro, parecia que ele acelerava mais”, revela a avó.
Quatro pessoas que estavam em uma residência na cidade de Coroatá, foram surpreendidas pela ação das Polícias Militar e Civil, que foram cumprir mandados de prisão, dois maiores foram presos e dois adolescentes apreendidos. O quarteto é suspeito do crime que deixou Pedreiras e Trizidela abaladas, que teve como vítima a adolescente Maria Raimunda Silva Estevão, de 17 anos de idade, conhecida como “Bebezinha”, que segundo as investigações, foi assassinada com um tiro na cabeça, e teve o corpo jogado nas águas do Rio Mearim, sendo encontrada com as mãos e os pés amarrados para trás, por pescadores.
Maria Raimunda Silva Estevão “Bebezinha” – Vítima/Divulgação
A ação das polícias aconteceu quinta-feira (27). Durante a gravação de um vídeo que circulou nas reddes sociais, o Tenente-coronel Maurício Bezerra, comandante do 24º BPM de Coroatá, informou que as prisões e apreensões foram todas sincronizadas entre as polícias de Pedreiras e de Coroatá, assim, também, como a participação do serviço de inteligência dos Municípios.
No momento da abordagem, segundo informações, foram encontradas com o grupo, drogas prontas para venda, culminando em tráfico de drogas, mais um crime que pode complicar ainda mais a situação dos conduzidos.
Nesta sexta-feira (28), a delegada de plantão, Lorena Brasileiro, não entrou no mérito da questão, por ser de competência, segundo ela, do delegado regional de Pedreiras, Diego Maciel Ferreira, que dará sequência ao inquérito policial.
Uma menor conversou com nossa produção, ela confirmou o flagrante com as drogas (maconha e crack), e disse que ela e outro adolescente seriam transferidos para São Luís, para um Centro Socioeducativo de Internação Provisória. Os dois maiores (um homem e uma mulher) já estariam no presídio de Pedreiras, no In Sono.
Documento falso usado pelo enfermeiro Alberto Rodrigues com o nome de Guilherme para atuação como médico. (Foto: Divulgação/ Reprodução)
A Câmara Ética do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (Coren-MA) suspendeu, de forma, cautelar o exercício da profissão de enfermeiro de Alberto Rodrigues da Silva, o qual atuava como falso médico em hospitais públicos do Maranhão e é investigado pela morte de uma mulher, na qual ele fez uma cirurgia plástica dentro do Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues, a 324,8 km de São Luís.
Alberto Rodrigues fica impedido de exercer sua profissão até que o processo movido contra ele seja finalizado junto ao Conselho de Ética da entidade.
O acusado foi preso no último domingo (23), de junho, após a Justiça do Maranhão emitir um mandado de prisão preventiva contra ele. A detenção ocorreu no Lago dos Rodrigues e ele foi tratado à delegacia para prestar depoimento, mas optou por permanecer em silêncio. posteriormente, foi encaminhado ao Sistema Penitenciário do Maranhão.
Durante a cirurgia, Erinalva passou mal e foi levada para outro hospital. O médico que a atendeu percebeu que ela havia passado por uma abdominoplastia, em que é feita a retirada de excesso de pele e gordura do abdômen. Erinalva não resistiu e acabou morrendo.
Devido ao déficit de delegados, escrivães e investigadores nos quadros da Polícia Civil, o Ministério Público do Maranhão acionou judicialmente o Estado do Maranhão nesta terça-feira, 25, solicitando que o Poder Executivo estadual seja obrigado a realizar concurso público para suprir a falta desses profissionais.
A Ação Civil Pública (ACP) foi ajuizada pela titular da 3ª Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial de São Luís, Márcia Haydée Porto de Carvalho.
“Diante do cenário catastrófico já estabelecido, a realização de novo concurso público a curto prazo é medida indispensável para estabelecer o efetivo policial dessa instituição em número mínimo necessário para o pleno desenvolvimento da atividade-fim da Polícia Civil”, declarou a promotora de justiça.
Além da realização do concurso em caráter de urgência, o MPMA pediu à Justiça que obrigue o governo maranhense a informar o número de aprovados nos últimos concursos para a Polícia Civil, e a lista de candidatos remanescentes que ainda podem ser nomeados e os classificados no cadastro de reserva.
De acordo com o MPMA, a falta de recrutamento e seleção de profissionais para o trabalho na área da segurança pública, nos últimos anos, resultou no total de 657 cargos vagos. No Maranhão, faltam 158 delegados, 438 investigadores e 61 escrivães.
Márcia Haydée destacou que o Ministério Público vem acompanhando, atentamente, a prestação do serviço desempenhado pela Polícia Civil e, apesar dos problemas estruturais, a situação mais grave é a defasagem do efetivo de funcionários.
Na ACP, a promotora de justiça reforçou que o Supremo Tribunal Federal decidiu, recentemente, por maioria, que a intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à concretização de direitos fundamentais não viola o princípio da separação dos poderes quando há deficiência grave ou ausência de serviço.
Na avaliação da representante do MPMA, o déficit de profissionais é um problema que vem se arrastando ao longo dos anos e a situação não pode ser atribuída especificamente a uma determinada gestão. Entretanto, a falta de investimento na área da segurança compromete o trabalho do policiamento ostensivo e de captura realizado pela Polícia Militar, assim como todo o empenho das instituições do sistema de justiça no processamento dos crimes.
“Se os inquéritos policiais e outros procedimentos investigatórios não conseguem reunir prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, como pode o Ministério Público denunciar o suspeito de um crime? Certamente, o destino desses inquéritos são o arquivamento”, questionou Márcia Haydée.
O Ministério Público ressaltou, ainda, a diferença de efetivo entre a Polícia Civil e a Militar, que têm 1.783 e 10.760 profissionais, respectivamente. Além disso, o número de servidores nos quadros da Polícia Civil é inferior ao efetivo de 2010, mesmo com o aumento da população e da criminalidade.
“Em face dessa defasagem, as forças militares têm sido mais atuantes nos flagrantes, por vezes, substituindo a Polícia Civil no tocante ao exercício da função investigativa. O resultado são inquéritos policiais que, quando concluídos, pela fragilidade da prova, têm dado lugar a nulidades e absolvições”, afirmou a promotora de justiça.
Marco Aurélio (Pres. da CAEMA); Dirce Prazeres (Prefeita de Lima Campos) e Jailson Fausto (Sec. Articulação política) Reprodução
Na manhã desta terça-feira (25), a prefeita Dirce Prazeres e o secretário de Governo Jailson Fausto estiveram na sede da CAEMA, em São Luís, em reunião com o presidente do órgão, Marco Aurélio.
Em pauta, assuntos importantes para a cidade de Lima Campos, como a questão da falta de água constante na cidade, a construção do reservatório do bairro Aeroporto e também a manutenção do reservatório em frente ao centro de Saúde Paulo Borgea, visto que a caixa d’água dali representa um grande perigo para a população, tendo a mesma que ser demolida ou restaurada.
Os representantes limacampenses foram muito bem recebidos pelo presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão — CAEMA.
Após auditorias em prefeituras do Maranhão, o Ministério da Saúde apontou uma série de irregularidades entre os recursos repassados às gestões locais e o efetivamente empregado no atendimento à população. Segundo reportagem do site Metropóles, prefeituras do Maranhão fraudaram dados do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber R$ 53 milhões com dados falsos colocados no sistema de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
As auditorias pedidas pelo governo federal foram conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF). Nove prefeituras já foram acionadas para devolver valores. No total, o MPF diz que há problemas parecidos em 21 cidades maranhenses.
O Ministério da Saúde encaminhou pedidos de devolução dos valores indevidamente recebidos, que já foram executados.
Veja cada município auditado
Turilândia
A cidade registrou, de forma fictícia, que havia feito consultas médicas em atenção especializada, quando não fez nenhuma. O Ministério pediu a devolução de R$ 3,7 milhões enviados ao município devido aos dados falsos.
Bacuri
A cidade inseriu dados errados sobre consultas realizadas por profissionais de nível superior em 2021. Com base nisso, recebeu R$ 5,9 milhões a mais do que deveria. Foi pedida a devolução dos valores ao Fundo Nacional de Saúde.
Afonso Cunha
A prefeitura registrou que havia feito consultas médicas em atenção especializada, além de ultrassonografias de próstata e transvaginal. Todos são dados fictícios, já que a cidade não tinha capacidade para esses procedimentos. Foi pedida a devolução de R$ 8,3 milhões.
Miranda do Norte
A capacidade instalada e de profissionais do município não permitia que houvesse sido realizada a quantidade de consultas médicas em atenção especializada registradas de setembro a dezembro de 2021. O número de atendimentos de urgência também não batia com a realidade. Foi pedida a devolução de R$ 5,7 milhões.
Bacabal
O município exagerou a quantidade de consultas de profissionais de nível superior na atenção especializada e recebeu indevidamente R$ 5,9 milhões.
Paulo Ramos
Foram inseridos falsamente dados de consultas de médicos e profissionais de nível superior na atenção especializada em 2020 e 2021. A proposta foi de devolução de R$ 10,4 milhões recebidos indevidamente pela Prefeitura.
Bernardo do Mearim
O município registrou, de outubro a dezembro de 2020, que teria feito consultas médicas em atenção especializada e consultas de profissionais de nível superior na atenção especializadas, sendo que as unidades não realizavam esses procedimentos. Foi pedida a devolução de R$ 2,6 milhões.
Barra do Corda
O município inseriu indevidamente dados sobre consultas médicas na atenção especializada e atendimentos de urgência em 2021. O pagamento indevido, segundo a auditoria, foi de R$ 3,8 milhões.
Tuntum
Em 2021, o município registrou números maiores de consultas na atenção especializada do que aqueles verificados pela auditoria nas unidades de saúde. Também não foi encontrada a documentação que comprovasse o número de atendimentos em uma Unidade Básica de Saúde do município. O Ministério da Saúde propôs a devolução de R$ 6,8 milhões à União.
Katia Wanessa Menezes, 43, uma das sobreviventes da chacina da Candelária – Eduardo Anizelli/Folhapress
No rosto de Katia Wanessa Menezes estão as marcas dos 12 anos que morou nas ruas do Rio de Janeiro, entre 1989 até 2001. Foi nesse período que viveu uma das noites mais difíceis de sua vida e que ficaria presa em sua memória para sempre: a chacina da Candelária, em 23 de julho de 1993.
Ela tinha 13 anos quando o grupo formado por policiais e ex-PMs abriu fogo contra as mais de 70 crianças e adolescente que moravam no local, no centro da capital fluminense. Aos 43 anos, ela ainda se arrepia ao lembrar do episódio.
Foi justamente por causa dessas memórias que Wanessa, como prefere ser chamada, decidiu se afastar de tudo que era ligado ao caso e, como ela mesmo define, se esconder. Só este ano que retomou o contato com a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que acolheu os jovens depois do ataque. Também foi recentemente que a agora empregada doméstica contou aos filhos o que viveu.
“Não queria contato com nada nem ninguém. Não queria me lembrar daquilo, porque me lembrava das minhas duas vidas, da minha família em casa e da família que me abraçou na rua”, conta.
Wanessa fugiu aos 9 anos da casa em que morava com o pai, no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio. Sua mãe tinha morrido há pouco tempo devido a problemas nos rins, e seus dois irmãos, bem mais velhos que ela, já não moravam mais com eles.
Ela conta que um dia seu pai ficou bêbado e tentou abusar sexualmente dela. “Ele me pegou pelo braço e disse ‘você vai ter que ser minha mulher agora’. Eu consegui me soltar dele e fugi pela janela”, diz Wanessa, que afirma que nunca ter comentado sobre o assunto com seus irmãos para “não sujar a imagem do pai”.
Na rua, foi morar na região da Central do Brasil e, em seguida, se aproximou dos jovens da Candelária, ambos no centro do Rio. Ela então decidiu se juntar ao grupo. “Eles tinham uma regra que um era responsável pelo outro, e que os mais velhos protegiam os mais novos”.
Além de acolhida, Wanessa se identificava com a “nova família”. De acordo com ela, todos que chegavam à Candelária tinham a sua própria história, e muitos tinham fugido de abusos dentro de casa. A sobrevivente lembra de um menino, em particular, que ela apelidou de Pirroto.
“Ele tinha muitas marcas nas costas, e eu ficava intrigada. Um dia me contou que eram queimaduras de cigarro. E não era uma só, as costas deles eram toda tomada de marca de cigarro”, diz Wanessa, que completa: “Ele tinha chegado lá há pouco tempo, então quer dizer que ele já vinha sofrendo abuso em casa há bastante tempo”.
NOITE DO CRIME
Quando aconteceu a chacina, Wanessa conta que tinha acordado um pouco antes dos assassinos chegarem ao local. Sem sono, pensou em andar até o chafariz que fica em frente à Igreja, mas logo nos primeiros passos ouviu os tiros. Ela diz que pegou as duas meninas que estavam do seu lado, Simone e Gina, e as jogou para dentro de um bueiro. Depois, se escondeu debaixo de um carro.
“Só escutei os tiros e vi um [dos garotos] caindo no chão. Todo mundo gritava ‘corre, corre, corre’. Foi o barulho dos gritos que ficou gravado na minha mente. Eu fiquei bastante tempo escutando aqueles gritos. Eu dormia e só escutava ‘corre’ e aquela ‘choração’ no fundo. É horrível”.
Depois da chacina, Wanessa chegou a ficar em dois abrigos para crianças e adolescentes, mas, em pouco tempo, decidiu voltar a morar nas ruas.
A mulher de 43 anos conta que tinha contatos esporádicos com os irmãos e chegava a frequentar a casa deles. Porém, sempre que o pai aparecia, fugia novamente.
“A rua não é a mesma coisa que você vê de dia”, ela continua. “Você está parado e chega um carro para te agredir. Você passa e escuta ‘tá com fome? Vamos ali fazer um negocinho’. A rua é horrível, horrível”.
Para tapear a fome, Wanessa relata que usava cola de sapateiro. O efeito do produto dava a impressão de estar saciada. “Com a cola, você comia um pão e depois poderia ficar semanas sem comer. Só tinha que beber água, mas isso dava para fazer em qualquer lugar”, conta.
DESEJO DE FAMÍLIA
Wanessa diz que sempre sonhou em ter sua família desde o tempo em que morava na Candelária.
Três anos depois do massacre, teve seu primeiro filho. Ela continuava sem teto e estava morando em Marechal Hermes, bairro na zona norte do Rio.
O pai da criança também era morador de rua. Eles cuidaram juntos do filho até ele ter pouco mais de um ano. Depois, o bebê foi para a casa da família paterna, e ficou lá até os 15 anos, quando passou a morar com a mãe.
Wanessa saiu das ruas aos 21 anos, quando soube que seu pai tinha morrido. A sobrevivente da chacina voltou, então, para a mesma casa da qual tinha fugido, aos 9. É lá que mora até hoje.
Ela teve mais quatro filhos. Três, de 18, 17 e 10 anos, são frutos do mesmo casamento. Já a caçula, de 1 ano e 3 meses, é de um relacionamento mais recente, que já terminou. Hoje, Wanessa se diz orgulhosa de ser mãe solo.
Quatros filhos moram com ela, apenas o mais velho, de 27, saiu de casa. Wanessa conta que ele é usuário de crack e vive de bicos pela cidade. A mãe diz que sua luta hoje é para que ele não viva o mesmo que ela passou e consiga sair dessa.
“Hoje, se a rua não te mata, a droga mata”, diz Wanessa, que afirma só ter usado cola no período em que não tinha casa.
“Eu fiz sozinha minha família. Sempre falei que teria uma e consegui”, fala, longo completando: “Queria ter cinco filhos, porque se eu morresse um irmão ia ajudar o outro”.