Brasília: Bolsonaro demite ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no início da tarde desta quarta-feira. Álvaro Antônio foi informado da decisão em reunião pouco depois das 14h, no Palácio do Planalto, que não consta na agenda do presidente. A informação de que o titular do Turismo seria demitido hoje foi antecipada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Minutos depois da saída de Álvaro Antônio, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado, chegou ao Planalto para encontrar Bolsonaro, de quem é aliado de longa data. Questionado se assumirá o ministério, Machado se limitou a acenar negativamente com o dedo indicador.

Esta é a primeira troca no Turismo desde o início do governo Bolsonaro. Marcelo Álvaro Antônio, que é deputado federal licenciado pelo PSL de Minas Gerais, era aliado do presidente desde os tempos da Câmara dos Deputados. Ele estava com o então candidato à Presidência no dia do atentado a facada em um ato de campanha, em Juiz de Fora (MG).

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A demissão ocorreu um dia depois de o ministro do Turismo usar um grupo de WhatsApp que reúne todos os ministros do governo federal para atacar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Planalto. A briga foi confirmada à reportagem por três fontes, depois de ser revelado pela coluna Radar, da revista “Veja”.

Segundo uma pessoa que viu as mensagens, Álvaro Antônio acusou Ramos de conspirar para tirá-lo do cargo junto a Bolsonaro. Nas palavras de outra fonte do Planalto, ele “entrou no pau” contra o ministro da Segov, irritado porque ele estaria negociando cargos com o centrão do Congresso, entre eles o próprio Ministério do Turismo.

O presidente Bolsonaro, por sua vez, teria se irritado ao ver a exposição de mais uma briga entre integrantes do governo. O ministro do Turismo então voltou ao grupo para se retratar com Ramos e colocar panos quentes na discussão, admitindo que se excedeu.

Procurada pela reportagem, a assessoria do ministro Ramos informou que não se manifestaria. Já a de Marcelo Álvaro Antônio não tinha resposta até a publicação deste texto.

fonte: oglobo.globo.com

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