Brasília: PF deflagra operação que atinge presidente da Funasa e apura desvio de R$ 50 milhões no ministério do Trabalho
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Gaveteiro, que apura o desvios do Ministério do Trabalho. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Entre os alvos de busca está o ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho do governo Temer Ronaldo Nogueira, que hoje é presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ligada ao Ministério da Saúde. Para a coluna, Nogueira negou ser alvo de buscas da PF.
A PF chegou a pedir a prisão de Nogueira, mas ela foi negada pela Justiça.
Também são alvos de buscas o ex-deputado federal Jovair Arantes e ex-assessor da Casa Civil do governo Bolsonaro Pablo Tatim.
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A Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa da área de tecnologia. O objeto dessa contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados da pasta e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
As investigações apontam que a contratação da empresa foi um meio usado pela Organização Criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões de reais do órgão.
Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do país.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Fonte: oglobo.globo.com
Para a justiça ser justa, devolveria em forma de benefícios de onde foi desviado os determinados valores.