Curitiba: Médico cardiologista suspeito de abuso sexual é preso em Presidente Prudente

O médico Augusto César Barretto Filho – Reprodução

O médico cardiologista Augusto Cesar Barretto Filho, acusado de assediar sexualmente pacientes em seu consultório em Presidente Prudente, foi preso ao se entregar por volta das 15h desta sexta-feira (18). A Justiça Estadual de São Paulo havia decretado sua prisão preventiva na quinta (17).

O médico está sob a custódia da Delegacia da Mulher de Presidente Prudente. Ele deve ser transferido para o sistema penitenciário ainda nesta sexta.

Augusto Cesar Barretto Filho foi denunciado sob acusação de violação sexual mediante fraude, num caso ocorrido em julho do ano passado. Outras 32 mulheres procuraram a polícia e prestaram depoimento relatando episódios semelhantes, que teriam ocorrido há até 25 anos. 

Nesta quinta, o juiz João Pedro Bressane de Paula Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente, recebeu a denúncia e acatou o pedido de prisão, feito pelo Ministério Público. A prisão preventiva vale por tempo indeterminado, até decisão em contrário. 

Os relatos são semelhantes: as mulheres acusam o cardiologista de assediá-las durante os exames clínicos. 

Algumas afirmam terem sido tocadas nos seios e na região íntima enquanto estavam deitadas na maca. Outras relatam que o médico esfregou o pênis ereto em suas mãos e braços. Há pelo menos um caso em que o médico teria se masturbado, enquanto a paciente estava de costas.

No caso denunciado pelo Ministério Público, ocorrido em julho de 2018, a paciente afirma ter sido tocada na região íntima enquanto estava sendo examinada, além de ser obrigada a encostar no órgão genital do cardiologista. Ela disse ter ficado em choque, sem reação, mas chorou e pediu para que ele parasse.

“São mais de 30 mulheres descrevendo o mesmo comportamento. Por indução, se conclui que estão falando a verdade, até porque uma não conhece a outra”, afirmou a delegada Adriana Pavarina, da Delegacia da Mulher de Presidente Prudente. “[Do contrário], seriam 30 mulheres falando a mesma coisa, de maneira falsa? Isso é juridicamente impossível de se acontecer.”

O cardiologista também é alvo de uma sindicância do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), sob suspeita de assédio. Ela foi instaurada em julho do ano passado e continua em andamento.
A defesa de Barretto Filho ainda não se manifestou sobre as acusações. O processo corre em segredo de justiça.

Fonte: folha.uol.com.br 

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