
A tempestade que caiu entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira na Grande São Paulo causou a morte de sete pessoas, deixou quatro feridos, interrompeu a circulação de trens, deixou centenas de pontos de alagamentos e fez com que famílias fossem resgatadas por botes e helicópteros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
A chuva atingiu com mais intensidade cidades do ABC paulista e os bairros das zonas Sul e Leste da capital paulista. Entre meia-noite e 10:20h desta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros registrou 76 ocorrências de desmoronamentos e 698 chamados para alagamento.
Quatro pessoas da mesma família morreram após o desabamento de uma casa em Ribeirão Pires, no ABC, por volta da meia-noite. Além das quatro vítimas, outras duas pessoas estavam na casa no momento do acidente para uma festa de aniversário.
Outras três mortes ocorreram por afogamento, segundo o Corpo de Bombeiros: duas pessoas próximo à Avenida do Estado, na Vila Prudente, em São Paulo, e um motoqueiro que tentou atravessar a enchente no bairro Taboão, em São Bernardo do Campo.
Na Avenida do Estado, o Córrego do Tamanduateí transbordou, arrastando carros e deixando a via intransitável.
Em outro desmoronamento, no bairro São Rafael, na Zona Leste de São Paulo, três pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança, em estado grave. Outras três casas desabaram no Jardim Zaíra, em Mauá, sem deixar feridos.
Os bombeiros usaram helicópteros com cestos para resgatar famílias que ficaram presas nos telhados das suas casas. Botes infláveis e até motoaquáticas foram utilizadas nas operações de resgate.
A Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga o ABC ao centro de São Paulo, não circulou durante a manhã por causa de alagamentos. Ônibus ficaram ilhados. Na divisa entre São Paulo e São Caetano do Sul, por exemplo, passageiros passaram a noite toda dentro dos coletivos, sem conseguir sair do lugar.
Além de São Caetano, ao menos três cidades da região metropolitana ficaram com seus acessos à capital paulista interditados no início do dia: Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.
A Prefeitura de São Paulo cancelou o rodízio municipal de veículos e liberou a Zona Azul, a cobrança do estacionamento nas ruas.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que a água da chuva invadiu as fábricas de Ford e Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo, e o Shopping Central Plaza, em São Paulo.
Motoristas e pedestres passaram a noite no estacionamento do centro de compras enquanto esperavam a chuva diminuir. Ao longo da noite, o primeiro andar foi tomado pelas águas
Na churrascaria Varandão, em São Bernardo, a água fez os carros boiarem no estacionamento e invadiu o salão, arrastando mesas e cadeiras.
Fonte: oglobo.globo.com