Dois elementos não identificados, que tinham realizado assalto a mão armada, com revólver, a um casal, no Santo Antônio dos Gerônimos, zona rural de Lima Campos, tiveram que abandonar a motocicleta, uma Honda – NXR 160 – Bros, placa PSP – 5696 – Pedreiras, na estrada vicinal no Povoado Olho D’água, depois que o alarme disparou e o veículo parou.
A ação dos bandidos foi acompanhada por alguns moradores. A dupla tentou invadir uma casa, mas, sem sucesso, resolveu cair no matagal.
A Polícia Militar foi acionada e chegou em três minutos, levando o veículo para o pátio do 19º BPM de Pedreiras.
Governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) Foto: Divulgação
Em meio à crise no sistema de saúde do estado do Amazonas, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), diz que o estado pede “socorro” por conta da falta de oxigênio hospitalar para atender ao aumento no número de pacientes com a Covid-19. Diante da crise no abastecimento do produto, o Ministério da Saúde anunciou que irá começar a fazer a transferência de pacientes do Amazonas para hospitais de seis estados.
— Hoje, o estado do Amazonas, que é referência para o mundo, e que todo o mundo volta seus olhares para cá quando há um problema relacionado à preservação ao meio ambiente, está clamando, pedindo por socorro. Considerado por muitos o pulmão do mundo, uma floresta que produz uma quantidade significativa de oxigênio, hoje o nosso povo está precisando desse oxigênio — disse o governador hoje em coletiva.
Segundo o governo do Amazonas, a demanda por oxigênio hospitalar nos últimos dias é mais do que o dobro da registrada durante o primeiro pico da Covid-19 em Manaus. Entre abril e maio, a demanda diária de oxigênio chegou a 30 mil metros cúbicos. Nos últimos dias, a demanda chegou a 70 mil metros cúbicos.
O cenário é ainda mais crítico porque, ainda de acordo com o governo, a capacidade da fábrica de oxigênio hospitalar instalada em Manaus é de 28 mil metros cúbicos, o que gera um deficit diário de 42 mil metros cúbicos do produto.
Nos últimos dias, o Ministério da Saúde encaminhou 386 cilindros de oxigênio para Manaus por via aérea como medida paliativa. Também estão sendo encaminhadas balsas com mais cilindros.
Manaus foi uma das cidades mais afetadas pela Covid-19 no início da pandemia, no primeiro semestre de 2020. Nos últimos dias, porém, o número de novos casos, mortes e internações estão pressionando as autoridades locais.
De acordo com a Prefeitura de Manaus, na quarta-feira foram registrados 198 enterros em um único dia. O maior número já registrado desde o início da pandemia. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), nesta semana, o número de internações chegou a um pico diário de 250, quase o dobro do registrado no ápice da epidemia entre abril e maio de 2020.
Transferência de pacientes
Franco Duarte disse que o plano de transferência de pacientes do Amazonas para outros estados será operado, em parceria, pelo governo do Amazonas, Ministério da Saúde e Ministério da Defesa. A Defesa ficará responsável pelo transporte dos pacientes de Manaus para os estados de Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Brasília e Paraíba. O retorno dos pacientes ao Amazonas deverá ser feito pela Gol Linhas Aéreas, a partir de contrato firmado com o Ministério da Saúde. O governo estadual ficará responsável pela triagem dos pacientes a serem transferidos. Em princípio, a transferência será feita apenas para pacientes em estágio moderado da doença.
— Abrimos um plano de cooperação que, inicialmente, era entre Amazonas e Goiás. Agora, abrimos para outros estados. São cinco ou seis estados participando desse plano de cooperação que nada mais é fazer o transporte aéreo desses pacientes, considerados na fase moderada — afirmou Franco Duarte.
Segundo Franco Duarte, o ministério fez uma análise das taxas de ocupação de leitos em diversos estados para que a transferência de pacientes não sobrecarregasse as redes de saúde de outros estados.
O pedido de “socorro” feito pelo governador do Amazonas acontece pouco mais de 20 dias depois de ele ter recuado e revogado um decreto assinado por ele no final de dezembro impondo medidas de restrição ao comércio e atividades consideradas não-essenciais. O recuo aconteceu após a pressão de empresários, políticos e entidades de classe.
O governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consorcio Nordeste e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, informou que são cerca de 750 pacientes do Amazonas que devem ser transferidos para outros estados. Segundo Dias, serão realizadas transferências para o Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará, Distrito Federal, Goiás , Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Ele pediu o apoio da população para a medida.
— Aqui se trata de salvar vidas humanas. É esse o caminho. E, também outros estados e também hospitais da rede privada que possam abrir vagas fazer contato com Ministério da Saúde — afirmou.
Trinta pacientes já foram encaminhados de Manaus para Teresina (PI) nesta quinta-feira.
Marcílio Lira Ximenes – Secretário Municipal de Saúde de Pedreiras
Abriu-se se hoje (14) um grande debate no grupo de WhatsApp (sandrovagner.com.br), sobre a situação da Covid-19 em Pedreiras, principalmente pelo relaxamento de algumas pessoas, e visivelmente de boa parte dos comerciantes que não está obedecendo as determinações dos Decretos vigentes no Município.
Em contato com o secretário de saúde, Marcílio Ximenes, o mesmo disse ao Blog que já está tomando algumas medidas, uma delas será a volta da fiscalização no comércio de Pedreiras.
Agora há pouco, no mesmo grupo de WhatsApp (sandrovagner.com.br), Marcílio Ximenes fez a postagem de uma Circular da Vigilância Sanitária, onde confirma o que já teria dito recentemente ao Blog.
O Decreto foi publicado ontem (13), no Diário Oficial do Município de Pedreiras, com a data do dia 11 de janeiro de 2021.
Segundo a redação, a partir do art. 1º ao art. 8º, a prefeita de Pedreiras, Vanessa Maia, relata os motivos que a levaram a baixar o Decreto.
No artigo 4º, por exemplo, diz o seguinte:
Art. 4°. Fica criada Comissão Especial, subordinada ao Secretário Municipal de Administração,
com a finalidade de examinar os processos de pagamento das despesas originadas em exercícios
anteriores, certificar a sua regular instrução e o atendimento aos requisitos legais para pagamento.
Parágrafo único. Os processos de que trata o caput deste artigo serão autuados, protocolados e
instruídos no respectivo órgão ou entidade de origem e oportunamente encaminhados à Secretaria
Municipal de Administração, para análise da Comissão Especial.
No artigo 7º, segundo a redação, as normas não se aplicam às despesas com pessoal, mas no artigo seguinte, o 8º, a gestora autoriza o secretário de administração, Damião Felipe, a editar normas complementares para o cumprimento do Decreto.
Veja o Decreto
Tentamos falar com o secretário de administração, mas o mesmo informou que estaria em reunião com o pessoal do setor jurídico e financeiro.
Um acidente envolvendo duas motocicletas, na noite desta quarta-feira (13), na rua Manoel Trindade, próximo a AABB, deixou condutores e passageiros feridos.
Segundo informações, uma das motos, com três pessoas, estava indo sentido ao bairro do Diogo, quando foi surpreendida por um condutor que vinha sentido ao conjunto Primavera. Os dois veículos colidiram de frente.
A Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Ambulância do Município, estiveram no local prestando socorro às vítimas.
Foto: Sandro Vagner
O condutor, identificado como “Cafuçú”, que vinha do Bairro do Diogo, sofreu fratura nos dois braços, foi levado para o Hospital. Assim, também, como Flávio Silva Pereira, 24 anos, mas fraturou apenas um dedo.
Foto: Sandro Vagner
Na moto conduzida por Flávio, estavam três pessoas. Maria Antônia, 16 anos, que tinha acabado de ter alta do Hospital, e Reginailson Pereira, 15 anos, estavam indo com destino ao Povoado São Raimundo, município de Pedreiras. Maria Antônia, com fortes dores foi levado para o Hospital.
Foto após a entrevista ao Blog, durante visita a Pedreiras, no ano passado.
Morreu na noite desta quarta-feira (13), em São Luís, por complicações da Covid-19, a ex-prefeita de Pedreiras, ex-deputada estadual, a senhora Maria das Graças Nunes Melo.
Segundo informações, ela estava internada há alguns dias.
Graça Melo foi prefeita de Pedreiras durante o período de 1989 a 1992. Foi ela, que pela primeira vez, em parceira com a extinta Rádio Cultura, promoveu o primeiro carnaval na Praça Corrêa de Araújo. Onde os foliões se divertiam ao som da Discoplay, do Didi.
Durante sua gestão como prefeita, Graça Melo criou o Centro de Convivência dos Idosos, no Diogo, e em parceria com o governo federal, ex-presidente Collor de Melo, conseguiu a instalação do CAIC, hoje, Unidade Integrada Socorro Cantanhede.
Graça Melo também chegou ao cargo de vice-prefeita, na gestão do então prefeito Dr. Lenoílson Passos, no seu primeiro mandato.
No ano passado, ao fazer uma visita a Pedreiras, nós a entrevistamos sobre a sucessão municipal. Em um dos trechos da entrevista, Graça Melo disse: “Sandro, estou à disposição para ser prefeita de novo da cidade de Pedreiras, mas. isso só se o povo me quiser de volta.”
O Blog se solidariza com os filhos, amigos e parentes da ex-prefeita. Que Deus conforte a todos nesse momento de dor.
Miguel Leite – Diretor do Departamento de Transportes de Pedreiras
Dando sequência ao desejo da prefeita Vanessa Maia, de uma gestão transparente, o diretor do Departamento de Transportes do Município, Miguel Leite, participou do Programa Tribuna 101, nesta quarta-feira, 13, e fez um desenho de como encontrou o Departamento.
O prédio que funcionava como garajão, era alugado, segundo Miguel, escondia uma triste realidade, que passou despercebida por muitos pedreirenses. “Lamentável a falta de zelo com o dinheiro público, que deveria ser aplicado em manutenções para a frota de carros do município“, disse.
Miguel destacou que já foram tomadas algumas ações pela gestão Tempo de Reconstruir. Já nos primeiros dias, foi feita a mudança desse garajão, para um terreno próprio do município, gerando assim a economia do recurso do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) que de acordo com o diretor, era usado pela gestão passada para pagar os aluguéis.
Além disso, foram encontrados inúmeros veículos já sem condições de uso, outros sem baixa no IPVA, e com valores altíssimos, referentes a multas , como uma ambulância que tem 68 multas, que irá custar aos cofres públicos de Pedreiras, R$ 12.272.89.
Miguel adiantou que os veículos serão leiloados, e as demais situações serão enfrentadas com o intuito de revolvê-las.
fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Pedreiras
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello Foto: SERGIO LIMA / AFP
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que o governo irá enviar um avião à Índia para buscar 2 milhões de doses prontas da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), que serão entregues pelo Instituto Serum, uma das fabricantes do imunizante.
Pazuello garantiu que a vacinação no país começa em janeiro. No país, o imunizante será produzido pela Fiocruz.
— Vamos vacinar em janeiro — afirmou Pazuello. — Hoje decola o avião para ir buscar 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto.
Pazuello voltou a reafirmar que Brasil está preparado para iniciar a vacinação contra a Covid-19 assim que houver o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o ministro, todos os estados receberão as doses ao mesmo tempo, inclusive o Amazonas.
— Nós temos duas vacinas para janeiro muito promissoras, todos acompanham, a vacina da Fiocruz/AstraZeneca e a do Butantan com Sinovac. São 8 milhões de doses. Quando a Anvisa concluir suas análises de segurança e eficácia, três, quatro dias depois nós estamos distribuindo a vacina no Brasil — disse o ministro.
A Anvisa informou ontem que decidirá no domingo, em reunião da diretoria colegiada, sobre a autorização de uso emergencial das duas vacinas submetidas à agência. A data é o penúltimo dia do prazo estabelecido pelo órgão para avaliação dos pedidos.
— A Anvisa vai se pronunciar no dia 17. Botem aí os números para frente. Se a Anvisa alongar para o dia 20, 22, botem os números para frente, mas é janeiro ( a vacinação)- disse Pazuello.
No pronunciamento feito durante a visita, o ministro da Saúde destacou que o Brasil tem o maior Programa Nacional de Imunização do “mundo”. Citando a pressão politica , disse que não saiu “do rumo” para garantir a vacinação contra o novo coronavírus.
— Nós vacinamos trezentos milhões de doses por ano e vamos fazer igual com a vacina contra Covid-19. O resto é apenas pressão política, pressão partidária, pressão de bandeira, pressão de interesses particulares. Nós não saímos do nosso rumo nenhum minuto —disse.
Na comparação com outros países, o ministro disse que o Japão, que é referência de primeiro mundo, só começa a vacinação no mês de março.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com dois vetos, o projeto de lei complementar que veda a limitação de empenho e movimentação financeira das despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico.
A medida vai beneficiar atividades voltadas à inovação, possibilitando que recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – arrecadados pelo setor industrial e gerenciado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – atendam também programas desenvolvidos por organizações sociais. Para que isso seja possível, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 135/2020, que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro, faz alterações na Lei Complementar nº 101, de 2000, e na Lei nº 11.540, de 12 de novembro de 2007.
“Com a proposição, pretendeu-se incluir, no rol das despesas que não serão objeto de limitação de empenho e movimentação financeira, as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para essa finalidade. Esse rol, até então, somente excetuava as despesas que constituíssem obrigações constitucionais e legais, inclusive as destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias”, informou, em nota o Palácio do Planalto.
O governo aponta, como “alterações positivas”, a inclusão de um trecho que possibilita a aplicação dos recursos do FNDCT em programas, projetos e atividades de ciência, tecnologia e inovação “destinados à neutralização das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, e também à promoção do desenvolvimento do setor de bioeconomia”.
As novas regras elevam para 50% o limite do montante das operações a serem consignadas na Lei Orçamentária Anual para recursos reembolsáveis destinados a projetos de desenvolvimento tecnológico de empresas, sob a forma de empréstimo à Finep. Além disso, limitam em 25% os recursos do FNDCT destinados a operações não reembolsáveis, a cada exercício.
Vetos
Bolsonaro, no entanto, vetou o parágrafo 3º do Artigo 11 da Lei nº 11.540/2007, “tendo em vista que colide com disposições legais já existentes, além de poder configurar, em tese, aumento não calculado de despesas, com impacto significativo nas contas públicas, de cerca de R$ 4,8 bilhões no PLOA 2021, e o risco do rompimento do teto de gastos instituído pela EC nº 95/2016”, justificou o Planalto.
Na avaliação do governo federal, o dispositivo reduzia o espaço do Executivo e do Legislativo para alocação de recursos, conforme as prioridades identificadas para cada exercício, “o que poderia prejudicar outras políticas públicas desenvolvidas pela União, por terem o espaço fiscal para seu atendimento reduzido”.
Bolsonaro vetou também o Artigo 3, que previa que a alocação dos recursos do FNDCT em reserva de contingência na Lei Orçamentária de 2020 seria disponibilizado integralmente para execução orçamentária e financeira após a entrada em vigor da lei complementar aprovada.
“Tal dispositivo contrariava interesse público, pois obrigava a imediata execução orçamentária dos recursos do FNDCT, de aproximadamente R$ 4,3 bilhões, que estavam alocados em reserva de contingência. Sendo assim, forçaria o cancelamento das dotações orçamentárias das demais pastas, que já estavam programadas para o exercício. Além disso, a medida atrapalharia a execução de projetos e ações já planejadas pelas demais áreas do governo federal, além de elevar a rigidez orçamentária”, informou o Planalto em sua justificativa ao veto.
A safra nacional de grãos deve atingir mais um recorde, o terceiro consecutivo, neste ano, com 260,5 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação a 2020. As informações estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, a estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 totalizou 254,1 milhões de toneladas.
A soja continua em alta: as estimativas iniciais de 129,7 milhões de toneladas indicam um aumento de produção de 6,8% (8,2 milhões de toneladas) em relação ao que foi colhido no ano passado e de 1,5% em relação ao segundo prognóstico, divulgado em dezembro.
Já para o milho é esperada uma queda de 1,5% (menos 1,5 milhão de toneladas) em relação a 2020, embora tenha havido um aumento de 1,6% frente à estimativa anterior.
“Em função dos preços mais compensadores da soja, em relação ao milho, os produtores são estimulados a ampliar suas áreas de cultivo da oleaginosa, que em 2021 deve representar mais de 57% da área total utilizada para o plantio de grãos do país”, disse, em nota, o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.
De acordo com o levantamento, a produção de algodão herbáceo, após três anos de recordes, deve chegar a 6,1 milhões de toneladas, com redução de 0,6% em relação ao segundo prognóstico e de 14% em relação ao que foi colhido em 2020.
“A safra de algodão herbáceo vinha crescendo para atender à demanda internacional. Mas o algodão é usado principalmente para a confecção de roupas e, com a pandemia da covid-19, essa demanda caiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra”, afirmou Barradas.
Para o arroz, esta terceira estimativa de 11 milhões de toneladas aponta aumento de 0,8% na produção em relação ao prognóstico anterior, mas ainda há declínio, também de 0,8%, em relação a 2020.
“Nos últimos meses, os preços do arroz atingiram patamares elevados, levando o governo a zerar as tarifas de importação para contê-los. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, e suas lavouras são irrigadas e associadas à alta tecnologia e manejo adequado, permitindo alcançar altas produtividades”, disse o analista.
Safra de 2020
A safra de grãos de 2020 somou 254,1 milhões de toneladas e também foi recorde. De acordo com a última estimativa do ano, ficou 5,2% (12,6 milhões de toneladas) acima da colheita de 2019 (241,5 milhões de toneladas).
O arroz, o milho e a soja somaram 92,7% da estimativa da produção e 87,1% da área colhida. Em relação a 2019, foi verificada alta de produção de 7,1% para a soja, de 7,7% para o arroz, de 2,7% para o milho (2,3% na primeira safra e 2,8% na segunda) e de 2,8% para o algodão herbáceo.
Entre as regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, com 121,7 milhões de toneladas (47,9%); Sul, com 73 milhões de toneladas (28,8%); Sudeste, com 25,7 milhões de toneladas (10,1%); Nordeste, com 22,6 milhões de toneladas (8,9%) e Norte, com 11 milhões de toneladas (4,3%).
Segundo o IBGE, estado do Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,7%, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,1% do total nacional.